Muito se confunde AMOR com PAIXÃO. O que muitos pais tem por seus filhos é PAIXÃO, não amor. Quando se ama um filho, busca-se o bem para ele, independente se isto vai agradá-lo ou não. Quando se é apaixonado por um filho, busca-se agradá-lo, fazer suas vontades, independente se é bom ou mau para o filho.
Obviamente, é raro alguém que admitiria que busca agradar ao filho ao invés de buscar o bem dele. Na maioria das vezes, é ainda pior, o pai busca agradar a si mesmo (e, consequentemente, agradar ao filho também) ao invés de buscar fazer bem ao filho, como, por exemplo, dar algo para uma criança para se ver livre de seus choros (ou para resolver logo a situação e se ver livre rapidamente do filho para fazer o que é do seu interesse)... e, para encarar esta dura verdade, o pai mente para si mesmo, inventando pretextos dos como "ele não vai sair matando só porque joga um jogo violento", como se ele (que é administrador, advogado, dentista, engenheiro, etc) fosse mais entendido que o consenso que existe entre a maioria dos psicólogos ou pedagogos.
Psicólogos ou pedagogos podem errar quanto a classificação etária, mas, entre achar que eles erram "para menos", tais pais escolhem ACHAR que eles erram "para mais" correndo o risco de colocar seus filhos em perigo. Ora! Estamos falando de entretenimentos e passatempos, nenhuma criança vai morrer se não jogar um jogo, nenhuma criança vai morrer se não assistir tal filme, nenhuma criança vai morrer por esperar completar 12, 14, 16 ou 18 anos (aliás, muito pelo contrário, esperar fará muito bem ao seu caráter).
Até pode existir pais que amam os filhos ao discordar de especialistas, mas, isto subentende, pela lógica, que tais pais foram atrás e estudaram a respeito ao ponto de terem certeza de não estarem colocando os filhos em perigo ao contrariar os especialistas, mas, como sabemos, não é por causa disto que a maioria deixa uma criança entrar em contato com algo não recomendado para sua idade.
Por fim, vale dizer duas coisas:
Existe algo que vale muuuuuuito mais do que fazer o filho ser um gênio na matemática, na física, na música, etc (como alguns pais pensam que seus filhos serão): é fazer seu filho ser uma pessoa boa, honesta, de toda íntegra, não egoísta, altruísta, abnegada, caridosa, isto sim, pode e deveria ser ensinado desde de muito pequeno.
E NUNCA DEVE EXISTIR uma lei que obrigue os pais a fazer isso ou aquilo com seus filhos que não seja CONSAGRADO POR ESPECIALISTAS e PELO TEMPO (como dar educação em matemática, português, etc, presente nas escolas há décadas/séculos, contra as quais não há oposição, beeeeem diferente de coisas que querem ensinar aos nossos filhos hoje, como a ideologia de gênero...), senão pode-se correr o risco de que algum governo obrigue os pais a expor os filhos ao perigo (como infelizmente já acontece pontualmente em alguns lugares fora do Brasil), o que seria uma barbárie. Então, que a responsabilidade pelos filhos ainda seja exclusivamente dos pais (com exceção dos direitos consagrados pelo tempo a que todas as crianças têm direito).