professor::Aí os mais engajados virtualmente principalmente os que gostam de dar carteirada nos outros a respeito do tempo em que estão nessas comunidades ou do número de jogos de sua coleção, podem alegar que essas pessoas  não são “gamers de verdade”. Na concepção dessas pessoas (os auto proclamados gamers) ela precisa bravar ao mundo que leva a sério o seu hobbie e para ser game você precisa dedicar muito tempo (e dinheiro) em jogos. E mais: essa dedicação não pode ser silenciosa! Ela precisa ser "tuitada", fotografada, compartilhada a todo momento e precisa necessariamente ser visualizada e  curtida por um numero incontável de pessoas.

Uma vez, em um evento de jogos de tabuleiro, estava olhando os jogos disponíveis e um grupo ao meu lado conversava efusivamente. Uma das pessoas perguntou para a outra quantos jogos esta tinha. Ao dar a resposta acanhada, a primeira disse algo muito próximo a "só isso? Tá certo, vindo ao evento você pode adquirir mais". Na hora eu achei o comentário inadequado (para não usar um termo mais inapropriado), pois "quantos jogos você tem" associado à resposta arremeteu-me a ideia de comprar jogo por ostentação e não como forma de diversão e interação. Sem dizer que o jovem questionado ficou super sem graça.
Parabéns pelo post Professor!

 professor::Ela precisa ser "tuitada", fotografada, compartilhada a todo momento e precisa necessariamente ser visualizada e  curtida por um numero incontável de pessoas.

O problema é que esse tipo de atitude é geral, e não só do hobby.

Acho que foi até por isso que me interessei por jogos de tabuleiro, a galera pode até para o jogo pra tirar fotos e talz (eu incluso), mas é algo esporádico e que não atrapalha.

Agora você vai em alguma festa ou sai com os amigos, parece que se cada um não tirar foto de cada momento do evento aquilo simplesmente não está acontecendo. Acho engraçado que ao invés da pessoa curtir o momento, ela tira foto e manda pras redes sociais, depois fica esperando pra ver o que os outros vão comentar. Sinceramente não tenho saco para isso, achei nos tabuleiros uma forma de interação sem tanta interferência de tecnologias.

No mais, ótima postagem, professor!

Excelente! Cometi esse erro várias vezes no passado e ainda me vejo o fazendo hoje, mas com um senso mais crítico de mim mesmo. Para exemplificar, as vezes fico estarrecido com a capacidade de um amigo, dono de luderia, não se atualizar, já que trabalha com isso. O mesmo desconhece alguns termos e nem sequer sabe ou procura saber dos lançamentos. Demorei a perceber isso, mas cheguei a conclusão que é simplesmente uma questão de escolha dele. A luderia dele funciona bem e ele não sente a necessidade de estar o tempo todo nas comunidades, se atualizando ou ficando por dentro do que está acontecendo. Apesar de achar isso ruim para ele do ponto de vista empresarial, ele fez sua escolha e vivem bem assim, ponto. Acho que na vida existe uma máxima e que vale para essa situação: Se o meu agir atinge o outro de alguma forma, mesmo que indiretamente, tenho de rever minhas atitudes e tentar mudá-las.

Me parece q esse tipo de comportamento é generalizados não apenas nos boardgames. O exemplo foi dado acima do cara q vai na balada. Nas redes sociais parece q está se divertindo como se não houvesse amanhã, se estievss ela ao vivo veria q a hora da farra foi um momento específico e no restante a maioria ficou no celular sem assunto rs. Acredito q o ser humano em geral tem uma necessidade de pertencimento a um grupo e tbm de reconhecimento. Com o advento das redes sociais isso ficou mais aparente. O número de curtidas mostra o reconhecimento e de tabela uma espécie de participação. Em Determinado momento da vida, o que era um sintoma passa a ser o "comportamento ideal", portanto, assim como o gamer q tem poucos jogos ou não participa das comunidade é olhado com estranhamento, também acontece com o baladeiro q não posta. Acredito q ele até deve sofrer esse tipo de cobrança dos "amigos de copo".

Falo tudo isso por pura observação pessoal, então tudo o que eu disse está limitado ao meu ambiente social e minha realidade rs

Bom texto, e espero ter contribuído no assunto. 

Ziul::

 professor::Ela precisa ser "tuitada", fotografada, compartilhada a todo momento e precisa necessariamente ser visualizada e  curtida por um numero incontável de pessoas.

O problema é que esse tipo de atitude é geral, e não só do hobby.

Acho que foi até por isso que me interessei por jogos de tabuleiro, a galera pode até para o jogo pra tirar fotos e talz (eu incluso), mas é algo esporádico e que não atrapalha.

Agora você vai em alguma festa ou sai com os amigos, parece que se cada um não tirar foto de cada momento do evento aquilo simplesmente não está acontecendo. Acho engraçado que ao invés da pessoa curtir o momento, ela tira foto e manda pras redes sociais, depois fica esperando pra ver o que os outros vão comentar. Sinceramente não tenho saco para isso, achei nos tabuleiros uma forma de interação sem tanta interferência de tecnologias.

No mais, ótima postagem, professor!

A mais pura das verdades.  Ja presenciei isso varias vezes.

Bom texto professor

Essa necessidade de autoafirmação de algumas pessoas, presente em diversos hobbies, acaba criando uma barreira para novos participantes.

Como se alguém fosse melhor do que outra pessoa porque não joga mais WAR.

Como já dito numa famigerada comunidade de jogos modernos, o sommelier de board game. Ótimo texto professor!

Infelizmente isso é bastante comum, e não só nos BG.

Muitos dos que se consideram "gamers", jogam muito pouco e a seu verdadeiro hobby é comprar/colecionar.

Então dessas pessoas, é normal vc ouvir frases como:

"estou com 10 jogos lacrados que comprei e ainda não viram mesa"
"tenho toda a coleção do designer X"
"tenho todas as expansões de algum jogo"
"se juntar todas as cartas de Magic que tenho compraria um carro"

e por ai vai

Eu não penso dessa forma. Eu sempre posto uma foto da jogatina de terça feira no facebook, a não ser que eu não jogue. E isso foi bom, pois muitas pessoas se interessaram em saber o que eu jogava tanto as terças, e eu explicava e convidava a conhecer, ... até me disponho a ir na casa da pessoa.

Se uma pessoa se incomoda com sua publicação, e acha vc metido por ficar publicando a jogatina, então o problema não é a pessoa que posta, mas sim a pessoa que julga. Isso vale pra tudo.

Se eu vejo uma publicação de um amigo ou parente viajando no Chile, eu curto e pergunto se foi bom, pra quem sabe um dia eu posso ir. Se eu vejo algum com fotos num restaurante de comida japonesa, eu curto e pergunto de o salmão de lá é bom, e passa o endereço e preço do rodízio.

O que tem hoje, é muita gente com inveja, não pode ver o amiguinho ou parente sendo feliz de alguma forma e ja quer desejar a morte dele. Só se incomoda com publicação quem é invejoso, o problema está em quem se incomoda.