joaoclaudio::Ou pensei em um tema nacional, o jogo vai ser passar no século XVIII, época da exploração do ouro no Brasil. Os jogadores vão explorar o tabuleiro e começar assentamentos que serão a rota de saída do ouro. Aí o editor vira, e se ao invés do Brasil fosse um reino fictício, ao invés de ouro fosse um minério mágico. Sabe como é temos que pensar em um dia vender isso em Essen....
Eu respeito muito o trabalho de um editor. Ele é o cara eu está antenado com as tendências e teoricamente sabe que tipo de produto é o mais adequado no momento. Quando ele propõe alguma modificação no jogo, seja lá qual for considero que sua preocupação é em tornar o jogo um produto melhor.
Contrapartida, o foco sempre na tendência poda qualquer coisa que fuja do que é o padrão de aceitação. E é isso que vemos ano após ano, na indústria de brinquedos, de jogos eletrônico e agora estamos experimentando com os board/cardgames.E sinceramente? O jogo receber um premio, seja lá qual for não muda em nada minha experiência com ele.
Contatto Esse ponto que você adicionou é bastante interessante pois remete ao acesso aos jogos. Estamos diante de muitos lançamentos sim, mas quem está tendo acesso a esses jogos? O que me desperta curiosidade não é o perfil desses consumidores, mas o perfil de quem não é esse tipo de consumidor. Quando se fala em expandir o hobby eu sempre penso em um publico que não é o das comunidades especializadas ou que frequenta os eventos próprios do hobby. E é para esse público que eu penso que os autores nacionais deveriam olhar com mais atenção.
Quer um exemplo de alguém que recentemente fez isso? A Arcano Games com seu Animesaga. Uma proposta ousada que tem uma chance muito grande de cair na graça do público otaku ainda que estes não passem desse jogo.
BossMO exemplo é apenas figurativo para "puxar assunto". O que eu quis enfatizar é a dicotomia entre bem comum entre uma ideia nova o padrão de aceitação do mercado. Mas temos a felicidade de haver jogos para todo tipo de gosto. Um problema que destaco é que os jogos eróticos ainda não se modernizaram e isso pode ser uma oportunidade para autores que desejam aproveitar esse nincho que é bem grande (sem trocadilhos).
lyuhi Você tocou em um ponto que é bem interessante: por que poucos comprariam um jogo com esse tema? Já que supostamente o jogo em si não sofreria grandes alterações caso o tema fosse administrar um resort no caribe? Ao mesmo tempo fico impressionado com a quantidade de jogos baseado apenas em rolagem de dados e/ou trilha que lotam sites onde "jogos adultos" são oferecidos.
Roberto Rocha Vejo um conflito bem interessante aqui que se resume ao público alvo. O tema delineia o público. O que o tema não faz é garantir que um público consuma mais do que outro. Um jogo de administração de qualquer coisa para o público costumeiro pode não não impactar tanto quanto um jogo mais inteligente para um publico que está acostumado a jogos simplórios.
Alexandre Matte Eu gostaria muito que os "nosso jogos" fossem pensados para "a nossa gente". Essa coisa de fazer jogos com os olhos em Essen, no mercado americano em minha opinião é desprezar o nosso próprio mercado. Aliás desde que os portugueses chegaram aqui estamos fazendo a mesma coisa: desejando a aceitação dos gringos como iguais. Quando americanos e europeus criam jogos eles não estão preocupados se aqui no Brasil nós conhecemos a história do vilarejo medieval onde aconteceu qualquer coisa que eles julgam ser interessante.