Essa é uma reflexão da vida. Cada grupo tem o seu totem de adoração. Se você bebe uma cerveja, está sendo julgado pelo rótulo, copo usado e etc.

Algumas discussões são bem improdutivas, um jogo é uma experiência que desperta experiências boas ou ruins.

Muito hobbysta cuspindo no prato que comeu... eu já me diverti muito com Uno, Banco Imobiliário, Detetive, War, etc. Não são jogos complexos, mas no fundo o que vale é a diversão ou será que existem pessoas que jogam por outros motivos?

Perfeito cara, tem uma galera muito chata no "universo" dos boardgames. Ao meu ver m bom jogo deve cumprir os seguintes requisitos: divertir, exercitar o raciocínio e gerar interação entre um grupo (a não ser quando o jogo é solo), perceba que todos esses requisitos são relativos. O que é divertido para um pode não ser para outro, um jogo complexo para uma pessoa pode ser extremamente simples para outra, assim como a interação pode se dar de diversas maneiras: uma partida de xadrez é extremamente interativa, o movimento de um jogador depende do movimento do adversário, porém esses jogadores podem passar o jogo todo sem se falar, já outros jogos dependem bastante dos diálogos entre os participantes. 
Dessa forma, galera divirtam-se com Munchikin, Zombicide, Terra Mystica, Puerto Rico, Coup, não importa o jogo, o importante é o que aquele jogo representa para você e para seu grupo.

Prof, achei muito legal seu texto.
Só achei ele, em alguns aspectos, unilateral (um dos pontos que inclusive o texto critica).
A sentença "Parace haver alguma recompensa na comunidade para quem fala mal de..." deixou de fora as pessoas que falam mal de jogos modernos, consagrados, e que também buscam "alguma recompensa" com esta atitude. Buscam?!
"Falar mal" de algum jogo é sim uma crítica, mas é um posicionamento que busca "alguma recompensa"? Se sim, deve ser sim pros dois casos (pros clássicos, e pros modernos). Se não, tbm pode (ou deve) ser não pros dois.
Nesses casos eu sempre uso o exemplo da Malhação (sim, a novelinha ).
Eu não gosto de Malhação. A última novela que eu assisti foi Vamp (dá-lhe Matosão!). Mas Malhação existe a mais tempo do que a minha filha e o meu casamento, fazendo sucesso e gerando receita pra maior empresa de comunicação do nosso país, e lançando vários "talentos". Quer dizer que é bom? Não sei, "bom" depende de gosto. Quer dizer que deveria ser respeitado? Acho que sim.
Ou o que dizer do Ivan Lins, ou do Paulo Coelho? Dois artistas com projeção mundial, um músico absurdamente respeitado no exterior, outro escritor consagrado, o cara mais lido do mundo. Os caras deveriam ser respeitados? Claro, sem dúvida. Mas eu posso não gostar, e pro meu gosto achar um lixo pueril!? Claro que posso!!! Pro meu gosto... mas vejo que os caras devem ser respeitados.
E isso quer dizer que eu busco aceitação em algum grupo? Não, não quer dizer. Pode querer dizer pra algumas pessoas. Ou não.
O @Victor adora Race for the Galaxy. Eu odeio navezinhas. E se alguém considerasse que eu "faço parte do mesmo grupo do Victor" por algum outro bom motivo, eu me sentiria honrado, pq acho o cara mestre. O @Sven escreve bem pacas, eu não tenho saco pra escrever bem. Mas se alguém me considerasse do mesmo grupo que ele.... putz, show! Tem noção, é o Sven!
Pra mim, a beleza de uma comunidade tá no discordar. Tá no sentir. No ter opinião. No compartilhar. É daí que sai a riqueza do relacionamento humano... da diferença.
Sabe quando eu acho que começa a ficar feio? Quando a crítica deixa de ser à opinião e passa a ser à pessoa. É no eu dizer que o mesmo cara que adora Race for the Galaxy é um lunático, pq "onde já se viu gostar de navezinha!?", ou quando os caras comentam "essa galera que gosta de jogos de casinha" se referindo aos adoradores de Agrícolas e Cavernas, etc (acho que meu ponto ficou claro). Isso é feio! Típico das pessoas que acham que estão nessa jornada maluca que é a vida pra ensinar, e não pra aprender. E que no fim vão perder o grande barato de viver e se relacionar: descobrir.
Bom, já divaguei bastante, até perder a paciência. Minha mensagem é aquele clichezão que pouca gente consegue colocar em prática: "viva a diversidade!".
Enjoy the ride!

Interessante reflexão.  Mas acho que você está realizando um pré-julgamento com o pessoal que gosta de eurogamers.  Talvez porque o professor utilize mais a Ludopedia.  Na maior comunidade do Facebook do hobby no Brasil (não estou dizendo que é boa ou ruim, mas só que é a maior naquela plataforma) eu costumo observar justamente o contrário.  Sempre que é postado algo de algum euro mais bem sucedido, vejo muito ataques da galera que gosta dos amerigames (ou jogos de combate, ou de alta interação).

No fundo, no nível pessoal, acho isso uma grande baboseira (a briga entre estilos).  Já disse mais de uma vez na Ludopedia e no Facebook, brigar por papel, madeira, plástico e papelão é o fim da picada.

Em tempo, essa questão das agressões por estilos "divergentes" (entre aspas pois não concordo que são divergentes, são só estilos de jogo), uns dois anos atrás me fez criar a comunidade "Eurogamers Brasil" no Facebook.  Não por elitismo, mas por ser um espaço saudável que não fique sempre algum troll ou hater fazendo críticas infundadas aos jogos que o pessoal postava.  Coisas que já vi no BGBR: "Vai jogar um jogo de homem", "jogo de fazendinha", "jogo de tédio", "mais chato que aula de matemática", etc.  E como pessoas inteligentes que somos, imagino que a diversão seja algo muito pessoal e que muitos não admitem é que uma pessoa pode se divertir com sei lá "De Vulgari Eloquentia" como Twilight Imperium (Third Edition)

Assim como em qualquer comunidade, fórum, grupo e etc, cada um tem que saber filtrar tudo que é exposto e discutido.
Uso a Ludopedia como fonte de informações para decidir se comprarei um jogo ou não e para descobrir novos jogos. No entanto, sempre faço uma avaliação sobre o conteúdo do comentário da pessoa para verificar se é relevante ou não.
Além disso, quando um tópico começa a descambar pra troca de farpas entre usuários, simplesmente deixo de acompanhar.

No geral, acho as discussões da Ludopedia bem sadias e com bastante conteúdo, com uma galera bem unida e colaborativa, descambando em casos isolados. 

joaoclaudio pois é. Esse tipo de coisa é verificado em vários âmbitos de nossa vida social. Infelizmente. E não sei dizer quando começa ou se terá fim, já que é ma coisa que percebo haver mesmo entre os pequenos na escola, algo que acontece de forma bem gratuita na maioria dos casos.

@igorfernandespi Falar mal desse jogos de forma tão leviana deve melhorar a auto-estima dessas pessoas. Não entendo de outra forma. O que mais me incomoda é a agressividade com a qual isso ocorre.

MOITA1980 a base que eu tenho para o que falo é a observação dentro e fora da Ludopedia. Realmente não tenho nenhum contato como Face e nem desejo, visto que o que acontece lá não tem parâmetros para uma conversa sadia. Isso pode ser uma falha minha sim. Mas acredito que o meu universo amostral é bem expressivo e não excluo em momento algum que fora do rótulo de "eurogamers" haja o mesmo comportamento. No Youtbe mesmo tem vários exemplos disso: pessoas conhecidas falando absurdos do tipo que associam jogo bom ao jogo que te faz dar risadas o tempo todo e não deixando a aberta a possibilidade de contestação.

O que escrevo não tem pretensão de ser a verdade absoluta e acredito que sua colocação é muito bem vinda além de contribuir bastante para o aprofundamento dessa questão. De coração "mesmo", obrigado por se importar com o assunto e de vir aqui e deixar sua contribuição.   

Roberto Rocha Algumas vezes sonho que grande maioria dos usuários dessa comunidade pudessem compreender isso que você mencionou. Mas de forma sucinta você falou algo de uma grandeza sem limites.

RMaia8 Estamos vivendo uma época em que parecemos que somos feitos de açucar. Se alguém chega para outro e fala algo do qual discorde, isso tem consequências que podem atingir a estratosfera. Quando você torna o seu discurso público, nada mais natural que esteja susceptível às criticas e isso é bom. Se tcodo mundo concordasse com todo mundo não haveria evolução em nenhum aspecto do conhecimento humano. É discordar que move o mundo.

Na ciência todo passo evolutivo aconteceu por que alguém se incomodava com a situação de estabilidade do conhecimento humano. E que bom que surgiram pessoas que criticaram e discordaram das coisas quando elas estavam confortáveis para todos. A crítica é algo bom, seja ela doce ou áspera. O que não pode haver é a crítica injusta e sem fundamentação. Não pode haver o discordar por que eu discordo e só isso. Se você discorda, vamos conversar para ver onde podemos encontrar o ponto em comum de nosso entendimento.

O que eu noto não é isso. Noto a critica, o "eu discordo" seguido de inúmeras falácias que desqualificam o alvo de sua critica sem dar a ele a possibilidade de continuar conversando de forma adulta e madura. É isso em grande parte, o que ocorre nas discussões.

Então falar mal não é algo pelo qual se possa condenar alguém se isso não for uma calúnia. Falar mal não é ruim se isso não desqualifica o argumento de defesa do seu alvo. Falar mal não quer deveria significar uma declaração de ódio ao outro. Você pode falar mal no sentido de ressaltar os pontos negativos que acredita que algo possua. O que você não pode fazer é esperar que o fato de você estar falando mal de algo o torne superior ao seu alvo ou negue  ele sua defesa. Você não pode falar mal de forma que isso viole o direito de seu alvo, por que em um estado de direito existem Leis que devem ser obedecidas. Alegar o desconhecimento dessas Leis não o torna impune às suas consequências.

Quando eu falo de aceitação de grupo, eu não quero que entenda que o grupo é criado por alguém de fora do grupo. Dessa forma não sou eu quem criou o rótulo. Quem cria o grupo e  quem dita suas regras é quem faz parte do grupo. É o individuo que rotula a si próprio para se diferenciar dos demais, psicologicamente falando.

Particularmente falando eu acho esses rótulos uma grande bobagem e demonstra bem mais necessidade de mais reflexão por parte de quem os adota para si. O jogo, que só existe quando é jogado foi feito para entreter. Existem aos milhares, com seus tipos e características. Todos podem proporcionar a diversão que se procura nele. Gostar de um tipo ou de outro não o diferencia de outra pessoa nem tampouco lhe torna melhor ou pior.

Acho que acaba sendo uma forma de pessoas e grupos reafirmarem uma identidade. E como em tantas coisas, acaba virando um lance de fronteira, de defesa tão grande do seu próprio conjunto de crenças, gostos, opiniões, que normalmente acaba virando ataque às crenças, gostos, e opiniões dos outros. Como torcedores de um time, atacando torcedores de outro time pois estes gostam da mesma coisa (futebol), mas de um jeito diferente (torcendo pra outro time), logo estão errados. Ou pessoas que seguem uma religião, atacando pessoas que seguem outra, só porque crêem de forma diferente no mesmo princípio. No fundo estamos aqui pelo mesmo motivo: o amor aos boardgames. Que a forma de gostar de alguns não seja motivo para ataques de outros. Precisamos nos unir em torno do nosso hobby. Só temos a ganhar. Experiências, diversão, amizades, e muitas horas de jogatina.