Em Scythe se passa em 1920, em um universo de história alternativa , na época da Guerra polonesa-soviética, onde as máquinas dominaram, mas a agricultura e vida rural ainda são fortes.
É curioso ver essa dicotomia entre os dois temas.
Aqui devemos colher recursos e fortalecer nosso exércitos e trabalhadores.
Scythe usa um sistema altamente estratégico e customizável, aumentando e muito o fator replay.
Cada facção possui poderes distintos e é sorteada uma trilha de ações, que pode combar ou não com sua facção.
Essa trilha de ações delimita o fluxo do jogo, ao mover seu peão para uma ação, você pode executar tanto a ação de cima ou de baixo na ordem que quiser.
No seu próximo turno, o peão deve se mover para um espaço distinto e assim seguir fazendo upgrades, coletando recursos, construindo e se locomovendo.
Scythe é belíssimo, com miniaturas de encher os olhos, seja dos seus comandantes com seus companheiros animais, os mechas, força motriz de seu exército e até os trabalhadores com meeples personalizados.
Um tabuleiro robusto com uma bela arte.
Falando em arte, as ilustrações são soberbas, todo jogador já se pegou admirando os mínimos detalhes de uma carta de evento, mostrando um robô gigante caminhar pelas planícies de trigo.
Um fato curioso é que a arte não foi encomendada para o jogo, mas sim o oposto, o jogo se inspirou nas artes do artista já renomado Jakub Rozalski, que produzira um artbook intitulado Howling at the Moon, que já trazia a temática robôs gigantes e vida rural.
Por esse visual rebuscado, Scythe acaba passando uma ideia errada para novos jogadores.
Não é raro em conversas com os jogadores, descobrir que a grande maioria ao jogar o jogo pela primeira vez, esperava um jogo massivo de combate, focado em expandir seus territórios e exterminar seus inimigos.
Acaba que o jogo têm esses aspectos, mas o combate, apesar de usar um sistema interessante de discos de pontos associados a cartas de poder, é pouco frequente, podendo até terminar o jogo sem batalhar uma vez sequer, a depender da sua estratégia.
Mas o oposto, jogar focado em combate, não acho uma estratégia produtiva, já que os pontos vindos do combate, são restritos.(usando a trilha de objetivos padrão).
Falando em pontos, no jogo há várias formas de medir poder, seja pelo próprio poder militar, popularidade e dinheiro.
Ao atingir certas marcas no jogo, sejam as básicas ou sorteadas, o jogador marca com uma estrela, por exemplo, por ter vencido um combate ou chegado no máximo de poder militar.
Ao se usar todas as 6 estrelas, o jogo termina imediatamente e os pontos são analisados e convertidos em dinheiro. Aquele com mais dinheiro é o vencedor.
Scythe é sem sombra de dúvidas um ótimo jogo, porém com uma grande curva de aprendizagem que pode frustrar os jogadores nas primeiras partidas, até que finalmente entenda e exergue as engrenagens que movem esse colosso de ferro.
Duração: 3 horas e 20 minutos.
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Grande abraço e até a próxima Quarta-feira ao meio-dia.
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