Jogatinas
O mês começa com a estréia do presente de grego que demos ao N4t4n431 no final do mês anterior, a mini-expansão Cooked Books para Mombasa. Com esse time fixo que joga Mombasa nós sentimos a recompensa por frear as aquisições e focar mais em jogar os ótimos jogos que já temos. Recomendo muito que vocês ai parem de comprar e comecem a jogar!
Agora, sobre essa mini-expansão, nem vimos no jogo os novos livros que ela traz (que dão pontos), mas a área de alocação para o Escriturário tem seu valor. É possível levantando um bom dinheiro, o que ajuda muito o pobre jogador que fica "preso" por um turno tentando andar nos malditos livros. Difícil de achar e cara, não vale a pena para quem joga uma vez por ano.
Depois de alguns dias de ausência do mundo dos joguinhos, nos reunimos na casa do Xupim pra jogar algo. Chegando lá, entrei numa partida de poker sem fichas (?!), mas ao menos aprendi as regras. Jogo esquisito.
Depois ofereci o Wildlands pra por na mesa. Jogamos Bruno, N4t4n431 e Xupim e eu no mapa das ruínas do jogo base. Tomamos um pau do Xupim, também conhecido internamente como O Escolhido dos Joguinhos, sempre vencendo os mais experientes. Brincadeiras a parte, acho que faltou marcação no jogo dele, só isso.
Depois disso recebi a notícia de que a reunião tinha um propósito maior: assistir o Game Awards. Essa parte de video-games eu sou super antiquado, parei de jogar no PS1, mas o pessoal adaptou a conversa pra eu entender melhor o que estava acontecendo nesse Oscar dos jogos digitais. O resultado foi eu sair de lá com um PS4 emprestado. Alguém me segure!
Também sai do Game Awards com um parceiro pra visitar o isR34L no fim de semana em Joinville. O grande objetivo nem era jogar, nem ver o isR34L, mas sim conhecer pessoalmente O Mito, A Lenda de Olhos Azuis, Aquele que veio para trazer o Ameritrash aos Euroboys, O Jogador de 18xx mais jovem do país, O Estudante de GO, O Amante dos Pax, O que possuí a única cópia da Camiseta exclusiva Spiel des Djows: marciusfabiani.
marciusfabiani e seu fiel filho-escudeiro chegaram poucas horas depois da gente e pudemos começar a jogatina no meio da tarde já com o aclamado Pax Pamir: 2nd Edition (temos review aqui). Acho esse jogo fantástico pelo clima que ele cria: belicismo escancarado, trairagem construída friamente, plot twists eminentes e muita carta com homem (acho que são homens) barbado. Eu ainda não entendo o jogo direito, nem cheguei a pontuar nessa partida, mas fiquei tentado a jogar mais no futuro.
Em seguida o jogo que o marciusfabiani mais fez propaganda, o ápice, a epítome do Ameritrashismo e um dos jogos favoritos do Tom Vasel: Cosmic Encounter. Nunca pensei que iria jogar tal afronta ao game design na vida. Enquanto a explicação de regras vinha, a quantidade de texto presente me fez pensar que eu teria um AVC e não chegaria até parte do gameplay. O jogo começou meio travado, mas engatilhou e se tornou uma experiência bem diferente do que estamos acostumados por aqui. Os poderes são bem roubados, a negociação frenética, porradaria não para também. Comecei a entender melhor o que faz esses jogos tão atraentes, como diz o marciusfabiani: "Tem que vestir a camisa".
Já no inicio da madrugada foi a vez de Troyes. isR34L continua com seu fetiche por uso de dados nos joguinhos modernos. Gostei bastante da "compra" de dados do amiguinho, uma espécie de roubo sujo-mas-nem-tanto, garantindo uma boa interação além de busca de oportunidades. Arte old school agradável, iconografia quase 100% entendíveis (tivemos que consultar uma vez ou outra o manual), e um dos temas mais descolados com as mecânicas que eu já conheci. Okay, faz parte. Fiquei com impressão boa mas não explodiu minha cabeça, sinto que o jogo chegou "tarde" pra mim, com certeza numa época mais eurozinha eu teria tido um orgasmo mental e pedido a segunda partida as 4 da matina.
Na manhã nos despedimos do amigo marciusfabiani, logo depois chegou o Bob_. Com ele foram 2 partidas de Cryptid. Me esgotei mentalmente com um family game, é disso que eu FALO CARAI! No aguardo da versão nacional (abandonaram será?) pra comprar um contêiner e distribuir cópias para o povo brasileiro.
Bob_ deu um waza-ari e fomos almoçar. No retorno, de sobremesa veio a segunda partida de Pax Pamir do fim de semana. Foi uma partida super tensa. Fiquei pensando se em 3 o jogo realmente funciona bem, devido a toda a tensão gerada. Mas sim, funciona, só dependendo dos players ficarem ligados nos alinhamentos (algo que eu não tenho capacidade) e prestar atenção na melhorar hora de trocar de barco. Fiquei com dor de cabeça, mas que jogo bom!
Já de volta as terras tubaronenses, levei Hadara para um jogo de casais, com a cunhada e esposo, ambos não-gamers. Deu certo e foram logo duas partidas seguidas, com convite deles pra eu trazer o jogo outro dia. Acho que pra esse tipo de grupo da pra colocar vários tipos de jogos, mas me parece que o tempo de jogo é importantíssimo pra rolar a simpatia, e Hadara tem essa característica.
No dia seguinte conseguimos juntar 3 players pra estrear minha cópia do recém chegado Clank!. Lanzen e Cassianourio nunca tinham jogado, e eu mesmo estava muito enferrujado (mais sobre minha primeira partida ali embaixo). Fui abrindo o manual e explicando o jogo, que pra minha surpresa, é bem mais simples do que eu lembrava. Dessa vez eu curti demais jogar, foi bem rápido e downtime mínimo, tanto que a segunda partida já rolou em seguida. Passei a apreciar as decisões de game design e o jogo subiu muito no meu conceito. Recomendo!
Prêmio Spiel des Djows de Maior Comeback de Jogo de Deck-Building com Mapa Central
Coleção
+ Clank!: Um Deckbulding de Aventura (Trocado pelo Hyperborea)
Minha primeira experiência com Clank! foi desastrosa. Explicação não grudou no meu cérebro, tinha expansão misturada, um downtime grande e um App pra temperar com aleatoriedade um jogo que não pedia por isso. O Djowzinho Eurogamer ficou com ódio no coração. Acho que não peguei o feeling do jogo.
Depois de acompanhar o Top 100 do dcoelho e ter visto Clank! no TOP UM, eu precisava revisitar o jogo, dessa vez com mais calma e o mindset correto.
Fiquei de olho nas oportunidades de troca e rapidinho deu bom. O relato da estréia está ali em cima na parte de Jogatinas.
+ Return to the Night of the Zealot + Pacotinhos (MM)
Seguindo na linha de queimar dinheiro, continuo recebendo expansões de Arkham Horror: The Card Game. A primeira Return To…, a série de expansões-de-expansões que promete dar uma renovada em aventuras mais antigas, nesse caso, da própria caixa base. Como da pra ver na foto, é mais ar do que renovação.
Apoio: Rastros de Cthulhu: Mentiras Eternas (Catarse)
Uma mega campanha para um conjunto de regras muito bem bolado. Zero esperanças de jogar, mas o completismo me obriga a pegar isso e botar na estante ao lado livro de básico.
Destaques
Cadê a parte da Wishlist djow?
A sessão Wishlist morreu. Ainda vou falar dos jogos novos e antigos que estou de olho, mas não quero continuar denotando que estou numa busca desenfreada pelos títulos em questão. Também pretendo compartilhar conteúdos que me chamaram atenção na comunidade, seja na Ludopedia, Facebook, Medium, Instagram etc com base nas técnicas de Crossposting aprimoradas pelo Guilherme.felga.
O mesmo, inclusive, fez uma reflexão muito interessante sobre o termo usado em 100% dos reviews: streamline.
Após jogar Cosmic Encounter, flertei com O Trono de Ferro assistindo o video do Covil. É muito dedo no olho! E ainda no Covil, o excelente TOP 100 do Renato Simões (Tankbr).
Ainda continuo namorando Hands in the Sea, e esse Review do Drive Thru Games quase me convence toda a vez que vou assistir.
Fiquei interessado no Exploding Kittens que a Galápagos trouxe, ia aproveitar a presença do isR34L na CCPX pra pegar uma cópia. Por sorte, esgotou bem antes. Olhei esse video e achei o jogo meio meh.
rafamsilva do Feel The Board fez uma análise sobre o grandioso e recém entregue KS, Tainted Grail. Que produção a desse jogo!
Depois de viciar no Overcooked, quase peguei um Kitchen Rush. Assisti os reviews todos no youtube, mas o review do Rahdo como sempre é uma referência. Parei de olhar o jogo porque já vi que vem segunda edição por ai.
andrebg07 do Jogando Mais falou sobre o jogo coop de R$ 30 de maior hype desde sempre: Bandido.
Até o próximo post confuso com muito conteúdo embolado!