Vamos acompanhar o Djowzinho em mais um mês movimentado
Mudei um pouco a estrutura pra favorecer as partes que tem mais conteúdo ultimamente. No início eram as movimentações na coleção, agora são as jogatinas e impressões dos jogos. Espero que tenha mudado pra melhor. OSS!
Jogatinas
Os jogos do mês no dia seguinte a ultima partida do anterior, mas no mesmo local e mesmo jogo:
Railways of Nippon. Cheguei alcoolizado e o pessoal já tinha começado, então só acompanhei
isR34L,
N4t4n431,
Lanzen e
Xicão nessa empreitada ferroviária. Acabaram tendo dúvidas nas regras e fiquei de apoio com o
Compendium em mãos.
Na sequência ficamos em 5 e soou
O Alerta de Limite de Jogadores chegando no máximo. Por sorte o
isR34L trouxe um jogo que comportava esse número de jogadores.
Ancestree, um design alternativo do
Eric Lang (cadê as miniaturas?) com pontuação e
draft 7 Wonders-like. O tema diferentão de construir a arvore genealógica da família rendeu humor negro e politicamente incorreto, deixando a sessão bem leve. Jogo divertido, rápido e com regras simples.
Esse Eric Lang foi tão rápido que coube um
Honshu no meio da jogatina. Esse eu curto bastante o fator montagem, mas ainda peno pra entender como a ordem do turno pode ser tão influente após escolher o primeiro player. Sinto que ainda não entendemos algo direito.
A noite trocamos de cenário e fomos pra minha casa pra apresentar o
Clans of Caledonia para o
isR34L. Apesar das minhas tantas partidas acabei tomando um sopapo dele, o que me fez admirar ainda mais o jogo, pois um marinheiro de primeira viagem pôde enfrentar jogadores experientes apenas por estar jogando diferente deles. O Meta-jogo evoluindo na nossa cara!
No meio da semana jogamos na casa do
N4t4n431 e nosso mais novo parceiro de jogatina, o
Xico, apareceu. Jogamos duas partidas de
Isle of Skye (sem expansões). Me admiro como esse jogo sempre rende grandes reviews pós-jogo com altas discussões sobre precificação, montagem de cenário e gerenciamento da grana. Grande abraço pra você
Pfister!
Eu estava obcecado pelo
Railways, fato. Pedi pra joga-lo novamente e foi uma partida polêmica onde o
N4t4n431 venceu com 1 ponto de diferença para mim. Apesar de não ser mega-competitivo, me senti prejudicado por uma situação de Entrega, e o manual não deu conta de explicar. Entrei em modo
Rule-Berseker e a partir desse dia eu jurei que iria entender de vez essas regras…
… e dias depois colocamos a prova todo o estudo sobre as regras do
Sistema Railways. Com
Lanzen e
Xicão tivemos talvez a primeira com as regras corretas. O curioso é que muitas das dúvidas sem resposta no manual surgiam por conta de interpretação incorreta das regras básicas. Com as "novas regras" tivemos mais interação e menos estratégia
turtle, o jogo ficou até mais leve e dinâmico. Era bom errado, ficou melhor ainda certo!
Recebemos o amigo
Glauco e após uma hora pra colocar a conversa em dia decidimos jogar um
Isle of Skye pela restrição de tempo e simplicidade das regras. No meio da primeira rodada o amigo iniciante já tinha entendido bem as regras.
Root, o jogo com assimetria pesada mais popular dos últimos tempos chegou as nossas mesas. Talvez seja o
Codenames/Ticket to Ride/Catan do designer
Cole Wehrle, com um universo e tema que pode ser explorado nos próximos anos com as versões
Roll and Write,
Card Game,
Dice Game, Campanha,
Legacy, Dominó e etc, anote ai!
No feriadão o
isR34L trouxe sua tão esperada cópia do base + expansão
Ribeirinhos e nos deleitamos com aquela arte e tema fantásticos e a tonelada de regras que interagem com outras regras criando um potencial de dúvidas incrível.
Chegando atrasados,
Lanzen e eu acompanhamos a partida corrente e enquanto o AP comia solto lá pegamos a caixa da expansão e lemos as regras, assistimos um video e aprendemos a jogar com as duas facções. As regras básicas do jogo pegamos no início da nossa partida. Joguei de
Lagartos Cultistas, o que parece não ser recomendado pra uma primeira partida e me diverti horrores lendo o manual e o
lore da facção, vesti a camisa do tema e fui pra mesa de peito aberto pra receber porrada. Foram muitas consultas ao manual, diversas dúvidas, muito
AP e Downtime, mas no final das contas foi uma partida em 5p muito divertida! Rolou aliança, negociação e muita piada com o papel de cada facção (Os comunas, os capitalistas, os religiosos etc).
Claro que no dia seguinte íamos jogar novamente, então foram mais 2 partidas de 3p com os Lagartos e a cada nova partida era descoberto que eu vinha jogando algo errado. Terminamos descobrindo como os Lagartos são fortes e na minha terceira partida eu me tornei a maior ameaça e o jogo brilhou pra todos. Ao mesmo tempo que era necessário segurar uma facção, as outras tinham que ir marcando uns pontinhos e ficamos num cabo de guerra que eu não via há tempos. Excelente sessão, em 3 players reduzimos bastante o tempo de jogo.
No outro dia foi a hora de aprender um novo jogo, os
Marqueses. Sim, em
Root cada facção é um jogo a parte, e parece que isso que te traz de volta pra ele, querendo dissecar cada detalhe, descobrir novas formas de vencer e lutar nessa
floresta lúdica cheia de maldade, sangue e treta. Meu desempenho com essa raça foi pífio, não cheguei a ler as regras e fui meio capenga sem saber direito o que fazer. A turma já estava sobrecarregada de tantas partidas e as animosidades começaram a aparecer. Se queriam ficar todos amiguinhos, que jogassem um multiplayer solitário qualquer, porque
Root meus amigos, é a
Raiz de Todo Mal.
Prêmio Spiel des Djows de Melhor Surpresa Assimétrica
Ao longo dessas 5 partidas com
AP e
Downtime, longas durações, treta, releitura de regras, pontuação e regras erradas, negociações e intimidações, viradas de jogo e massacre de pássaros (tadinho do
Bob_),
Root se provou um jogo difícil de explicar e dominar, que demanda tempo e paciência, e todas essas características servem como o combustível líquido para Foguete Espacial pro
gamer, impulsionando as mentes curiosas a mergulhar de cabeça nesse universo de regras e conflito florestais.
ATENÇÃO:
Não é um jogo para todos, não pegue uma cópia por acha-lo fofinho, nem por conta do hype. Pegue-o se você tem um grupo dedicado a explorar esse belíssimo e complexo ecossistema.
Finalizamos o mês trazendo a mesa o jogo que
eu mais tinha medo de jogar:
Keyflower. Me apaixonei por ele desde o primeiro video de gameplay, e eu queria que o grupo todo curtisse ele da mesma maneira, então esperei o momento certo pra ensina-lo. Foram 2 anos esperando a quantidade de jogos do grupo diminuir, a quantidade de novos jogos também. Removi todas as promos do jogo, deixei apenas o jogo base disponível na caixa, juntei
N4t4n431 e
Lanzen e fomos pra colonização do Novo Mundo juntos. Conclusão: o
timing para apresentar o jogo foi correto, mas talvez 2 anos seja demais pra esperar (risos tristes). O jogo é ótimo, as regras nem são tão complexas, há fluidez entre os turnos, e a interação é o máximo que um euro raiz pode te dar.
Além do jogo
Fiz uma
gambiarra pra botar sleeves no meu Tesouro Inca Deluxe.
Novamente minha
Oregon C-006–02MM entrou em ação e foi a hora de arredondar e organizar os tokens do
Space Empires: Close Encounters.
A Coleção
+ Wildlands: Map Pack 1 — The Warlock’s Tower & The Crystal Canyons (Miniature Market)
Esse peguei na pre-venda e ficou pendurado lá nos correios por um tempo pois pedi sem querer um novo tipo de envio do MM que não tem um bom rastreio aqui pra gente. No final deu tudo certo e recebi
esses lindíssimos novos mapas.

Da mesma qualidade do mapa original, esse é o primeiro pacote de mapas lançado e o primeiro que tem novas regras, adicionando portais que funcionam semelhantes aos túneis do Scythe.
+ Trays da GMT (Miniature Market)

Foto do site da GMT
A coisa mais cara por peso que se pode achar no Miniature Market. Os trays da GMT são parecidos com os inserts do Banquete A Odin, bem fundinhos e cheios de divisórias. São até baratinhos, mas tem que ser comprado numa pilha de 10 unidades, por isso o preço + frete acaba brochando. Ainda assim, ótimo pra ser usado em diversos jogos, não apenas wargames da editora.
Wishlist
Faz mais de ano que olhei o KS do jogo
Mysthea. O KS começou a ser entregue e reviews brotaram. A vontade de pegar uma cópia voltou, mas chegou a hora de cair na real. O Jogo é
longo, tem
extensa iconografia, tem
conflito direto (o que a Noiva dispensa) e é jogo com
cartinha que exige replays e mais replays pra brilhar. Além do preço e falta de disponibilidade, todos esses motivos acima me fizeram dar
Unsubscribe dele no BGG e tirar na wishlist da Ludopedia.
Quando perguntei o que eram os tais jogos
18xx fui socorrido pela turma mais barra pesada da Ludopedia:
marciusfabiani e
lbleicher.
Apesar das dicas deles relacionadas a quais jogos começar, eu fui direcionado pelo tema e acabei num jogo que se passa na Itália:
1849: The Game of Sicilian Railways. No geral a crítica indica ele como um péssimo jogo iniciante.
Pior que novamente pelo tema fui comecei a olhar
1861: The Railways of the Russian Empire, que dessa se passa na Mother Russia. Esse tem críticas um pouco mais positivas, mas assim como o primeiro, tem uma capa feiona, é caríssimo e de difícil acesso.
Próximo episódio: O mês do trenzinho
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