Uma das coisas que mais gosto quando compro um novo jogo de tabuleiro é ler o manual. Porém nem sempre consigo absorver as regras de alguns jogos facilmente. Dia desses comprei Gloomhaven, fiz a leitura das regras e após uma primeira partida, fiquei durante algum tempo pensando sobre as mesmas. Não diria que são difíceis, mas exigem atenção, pela quantidade de detalhes.
Deixar detalhes passar em jogos como Gloomhaven, por exemplo, pode acabar comprometendo momentos únicos da experiência, é trágico e até traumático perceber algo errado em alguma ação de praxe. Na empolgação para jogar Gloomhaven o quanto antes, acabei comendo as regras com farinha, e talvez isso tenha contribuído para algumas falhas bobas no entendimento das regras. O sentimento de que algo não fazia sentido ao decorrer da jogatina foi crescendo, então procurei entender onde estava errando. Fiquei tão curioso sobre meus próprios erros nas regras de Gloomhaven que resolvi ler novamente as regras e ver vídeos para me ajudar com o entendimento minucioso do jogo. Apanhei um bocado no começo, provavelmente por conta do meu afobamento, mas consegui desmitificar os principais detalhes das regras.
Há diversos tipos de regras, todas geralmente tem o mesmo intuito: ensiná-lo a jogar. Independente de como foram elaboradas, as regras costumam te dizer todos os fundamentos para o funcionamento de um jogo. Existem várias razões para cometermos erros durante nossas jogatinas, tanto que até quando estamos fazendo tudo certo, pode acontecer de uma simples falha de edição das regras nos levar ao erro, talvez até por isso seja interessante criar o hábito de verificar se não saiu alguma errata do manual do seu jogo no site da editora.
Dizem que errar é humano… em algum momento, mesmo com toda experiência, vamos ir por um caminho distante do que dizia as regras. Quando uma jogatina é comprometida por alguma falha na reprodução das regras, somos dominados por um sentimento de frustração, em alguns casos isso pode acabar nos desanimando a continuar.
Depois de algumas experiências comprometidas pelas regras inconsistentes, fui aprendendo a controlar minha frustração, e continuei jogando quando o erro não parecia tão comprometedor, em alguns casos recomecei o jogo sem aquele pesar, alguns da mesas já demonstraram uma certa resistência, mas consegui convencê-los de que seria mais recompensador se começássemos de novo ao invés de insistir em jogar com problemas que poderiam desencadear um sentimento de frustração coletivo.
As vezes a gente se deixa levar pela representatividade de algo e acabamos nos deixando levar demais por empecilhos que não deveriam ser vistos de lupa. O lúdico precisa se fazer presente, jogos de tabuleiro existem principalmente para enriquecer nossas amizades através da diversão. É tudo uma questão de equilíbrio, aquele clichê que todo mundo tá cansado de escutar por aí.
Atualmente procuro evitar errar na interpretação das regras da mesma forma que evito me deixar abater. Quero me divertir, assim como você e nossos amigos também querem. Até quando a gente erra, dá para tirar algum divertimento, no meu caso, através do aprofundamento, pois como deixei explicito lá no começo: uma das coisas que mais gosto quando compro um novo jogo de tabuleiro é ler o manual.
Cada um lida com o manual do seu jogo de um jeito particular, tá aí a mágica da coisa, compartilhando sua experiencia, todos aprendem um pouco com isso.
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