Jogos de tabuleiro são em sua maioria coletivo, tal característica acaba forçando você a chamar pessoas caso queira ter a melhor das experiências de jogatina. Há alguns anos me tornei amante dos jogos de tabuleiro, atualmente cuido da minha própria coleção, e estou sempre acompanhando o cenário. Porém estou longe de ser o cara de muitos amigos, e digo mais… sou uma pessoa bem reservada e que gosta de estar na maioria do tempo consigo mesma. Talvez você esteja se perguntando (ou não) como eu acabei me tornando um jogador e colecionador de jogos de tabuleiro… sinceramente, não sei se tenho uma resposta, mas tenho algumas coisas a dizer sobre isso…
Durante um bom tempo da minha infância, adolescência, até minha fase adulta, eu era o cara dos jogos digitais. Sempre fui muito colecionador, mas jogador mesmo, diria casual. Durante os períodos de maior envolvimento com jogos digitais, optei por jogos curtos e que de algum modo trouxessem uma experiência única. Em uma dessas viradas de chave da vida talvez… reencontrei os jogos de tabuleiro, e comecei a jogar e colecionar desenfreadamente. No começo eu fui muito levado pela maré, até porque não tinha muito entendimento sobre jogos de tabuleiro e suas mais diversas mecânicas. Acabei comprando jogos de vários gêneros, investi um bom tempo jogando eles, aos poucos fui me descobrindo como jogador e colecionador de jogos de tabuleiro. Tamanha introdução se faz necessária para que eu consiga contextualizar como o cara reservado de poucos amigos mantém esse apreço todo por jogos de tabuleiro.
Muito talvez a resposta seja experiência diferenciada. Jogos de tabuleiro proporcionam uma experiência não unicamente coletiva, mas majoritariamente tátil, e esse fator tátil quando eu me toquei do potencial, me fez querer jogar jogos de tabuleiro, simples assim. Se eu teria amigos ou não para jogar, o fator coletivo dos jogos de tabuleiro nunca foi um empecilho, e mesmo quando não havia uma única pessoa para jogar, eu ainda queria jogar jogos de tabuleiro. Sou uma pessoa sensorial, jogos de tabuleiro mexem comigo de um jeito motivador, quando bate aquela vontade de sentir algum jogo, quero poder pegar ele, montar na mesa e me divertir. Mesmo quando não tenho mais ninguém para jogar, ainda quero continuar mantendo e expandindo a minha coleção, porque sei que em algum momento, estarei jogando novamente, seja sozinho, com minha parceira, ou meu grupo de amigos.
Precisamos nos desprender de amarras, obviamente tendo bom senso sobre algumas coisas, como evitar comprar jogos que requerem pessoas quando não haverá alguém para jogar, mas ainda sim é válido continuar amante dos jogos de tabuleiro sem necessariamente ser o cara que vai conseguir reunir pessoas sempre que quiser jogar algum jogo. O mercado de jogos de tabuleiro atualmente é amplo e crescente, realmente tem jogo para todos os gostos e principalmente: quantidade de pessoas. Tem jogo para 1 jogador (menos comum), 2, 3, 4 (mais comumente) e o céu é o limite. Quando não tenho alguém para jogar vou de modo solo de algum jogo na coleção, ou mesmo pego algum jogo feito para um único jogador mesmo, quando minha parceira está presente e disponível… aí um mundo de possibilidades se abre. Tem quem goste de simplesmente montar o jogo na mesa, validar o entendimento de regras e treinar jogadas. Quando não tenho alguém para jogar e não quero jogar sozinho, vejo vídeos de jogatina. A gente se diverte do jeito que pode, não é mesmo?…
Como mencionado, jogos de tabuleiro são em sua maioria coletivo, pessoas são peças fundamentais para tornar qualquer experiência de tabuleiro essencialmente memorável, incentivo a experiência solo como alternativa provisória para quem assim como eu, tem seu jeitão mais particular.
Seja aberto para novas e atuais amizades, assim sempre terá alguém para jogar, mas quando não tiver, seja você mesmo, ainda será possível ser realizado com jogos de tabuleiro.
+