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  4. A potência do coração da Montanha

A potência do coração da Montanha

In the Hall of the Mountain King
  • avatar
    B. Côrtes28/04/21 20:30
    avatar
    B. Côrtes
    28/04/21 20:30
    18 mensagens MD

    Autora: B. Côrtes
    Veja também o texto original, com mais imagens, no nosso Blog!
    Estamos também no Instagram

    _________________________________

    In the Hall of the Mountain King – ou apenas “Mountain King”, para as chegadas – é um jogo profundo: a cada partida, a fim de retomar o espaço e reconstruir a brilhante sociedade que um dia nos foi invadida, saqueada e devastada, tentamos provar nossa força escavando túneis cujas duras paredes nos aproximam do coração da Montanha, e procuramos enaltecer nossa sabedoria construindo templos e estátuas para a memória de nosso povo, nomeando um Rei para representá-lo por mérito. Quem somos? Trabalhadoras cuja força, a honra e o valor há muito são desmerecidos por aqueles que dominam a História. Não se espante: somos TROLLS!


    https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/4e701_0jictg.png
    Imagem retirada da campanha de “In the hall of the Mountain King” no Kickstarter

    Assim poderia ser apresentado algum jogo do mais respeitável escalão Ameritosco*, carregado de referências clássicas à Fantasia nórdica, com motivos aventurescos, e uma jornada heróica a ser traçada por Honra. Mas não! Ao abrir a caixa do jogo, nada de miniaturas de personagens. Ao invés disso, (exceto na versão Deluxe, que acabou apelando um pouco mais pro trash), lindas estatuetas conceituais de madeira em tons pastel, cartas, cartinhas e cartonas, um belo tabuleiro de arte simples e, é claro, os clássicos cubos de madeira representando recursos básicos: pedra, ferro e heartstone.

    Típico eurojogo nas mecânicas centrais – coletar e acumular recursos, construir uma economia (a famosa “maquininha de gerar/multiplicar recursos”) e empreender construções -, Mountain King envolve ainda um belo Tetris temático, que são os túneis abertos onde as principais obras – templos e estátuas – de sua sociedade em reascensão serão erguidas. Os Trolls que fazem todo o trabalho são, como é de praxe em eurojogos, “personagens abstratos”, isto é, nada de nome próprio, narrativa pessoal nem poder especial. Cada jogadora opera, na verdade, toda uma horda, que já inicia com 4 trabalhadores e vai crescendo conforme novos trolls, ao acesso de todas na partida, são recrutados. A diferença entre eles é o tipo e a quantidade de recurso que são capazes de gerar com seu trabalho – e daí a maquininha, isto é, a economia em Mountain King funciona.

    Fiquei encantada jogando em 2, 3 e 4 jogadoras. Quanto mais, mais o aspecto competitivo fica manifesto, já que os túneis que escavamos são um controle de área. Também por outro elemento: há “feitiços” em jogo que propiciam a possibilidade de alguma vantagem, que pode ser reivindicada até 3 vezes ao todo (não importando se a reivindicadora varia ou se repete), ao fim do quê o feitiço “esgotado” é substituído, garantindo uma competição ferrenha – mas ainda bastante longe de envolver algum aspecto Sorte.

    https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/c51b5_0jictg.jpg
    Olha como as estátuas ficam lindinhas em pedestais!

    Nas 5 partidas que joguei até agora, os placares foram sempre próximos. Às vezes, coisa de 1 ou 2 pontos de diferença. Um ótimo sinal para quem pira num balanceamento pró-simetria. Vale a pena se aventurar!

    ______________________________________
    *Referência à categoria de jogos conhecida como Ameritrash. De uns tempos pra cá, há quem venha chamando a categoria de “Escola Americana”, entre outras razões, para evitar ruídos de interpretação da expressão “trash”. “Trash”, do inglês, pode ser uma tradução literal para “lixo”. No entanto, no caso dos jogos, geralmente se refere a um imaginário de aventura e confronto, em que a Sorte pode mudar o destino. Eu, pessoalmente, acho avacalhado pra chuchu que isso tenha virado polêmica em algum lugar. Uai, contar com a sorte não é trash? De toda maneira, a fim de promover termos brazuca pro vocabulário tabuleirista ficar mais compreensível por essas bandas, apelo para uma livre tradução. Uma que seja autêntica. Proponho “Ameritosco”.

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    Comentários:

  • Bruno Marchena
    406 mensagens MD
    avatar
    Bruno Marchena29/04/21 03:16
    Bruno Marchena » 29/04/21 03:16

    Para tudo! Que primeiro parágrafo, senhoras e senhores! Deu uma lavada na campanha do jogo no KS!  :D


    Confesso que na época do lançamento olhei por alto sobre as mecânicas e não tinha me interessado tanto. Fiquei com a sensação de "mais um jogo de tetris". Mas só pela sua descrição da temática já gostei demais. Qualquer semelhança com a nossa realidade não é mera coincidência!


    Ele é profundo estrategicamente ou profundo porque é escavado nas profundezas da montanha? Ou os dois? rsrsrs


    Só mais algumas dúvidas: ele é aquele jogo de treta e de muita interação ou a competitividade dele não força tanto essa interação? Por fim, juro que é a última, essa temática toda legal aparece bem na experiência do jogo ou fica só na descrição do manual (estilo jogo do Feld)?


    Vocês sempre trazem jogos que estão fora dos holofotes e acho isso bem legal, como fizeram com o Cerebria que eu não conhecia e me interessei bastante. Nos últimos anos, tenho cavado esses jogos esquecidos (muitos são bem baratos) e como a maioria só achamos lá fora, é importante perguntar muito para tomar uma decisão bem embasada! Estou só justificando o meu interrogatório! :p


    Ameritosco? kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Estou rindo pra trás aqui! Bom demais! kkkkkk :woot:



    Abraços e mais uma vez parabéns pelo bom texto!





    6
  • VagBR
    10 mensagens MD
    avatar
    VagBR30/04/21 21:17
    VagBR » 30/04/21 21:17

    Além de Ameritosco podemos usar Eurinsosso (Euroboring!!!), tosqueira de um lado e tedioso (so boooring!!!) do outro.

    1
  • Sr Ze
    133 mensagens MD
    avatar
    Sr Ze30/04/21 21:41
    Sr Ze » 30/04/21 21:41

    Caí no tópico pelo apelo da chamada no site, não conhecia o jogo mas o tema atraiu. Gostei muito do texto pela  linguagem original e sofisticada, mesmo que para um jogo pouco interessante. Mas o que chamou mais a atenção foi a adaptação do termo Ameritosco, um tanto pejorativo posto que tosco se refere a "feito sem apuro ou refinamento; grosseiro, rústico", o que não parece corresponder ao resultado final de muitos jogos dessa linha.


    Devo dizer que a adaptação do termo Ameritosco foi muito esperituosa e original, e fiquei me perguntando, com base na fundamentação do termo criado, que os eurojogos que apelam para melhor implementação de um tema e uso de componentes sofisticados e distintos seriam TosquEUROS?

    1
  • Bruno Marchena
    406 mensagens MD
    avatar
    Bruno Marchena01/05/21 19:29
    Bruno Marchena » 01/05/21 19:29

    Sr Ze::Caí no tópico pelo apelo da chamada no site, não conhecia o jogo mas o tema atraiu. Gostei muito do texto pela  linguagem original e sofisticada, mesmo que para um jogo pouco interessante. Mas o que chamou mais a atenção foi a adaptação do termo Ameritosco, um tanto pejorativo posto que tosco se refere a "feito sem apuro ou refinamento; grosseiro, rústico", o que não parece corresponder ao resultado final de muitos jogos dessa linha.


    Devo dizer que a adaptação do termo Ameritosco foi muito esperituosa e original, e fiquei me perguntando, com base na fundamentação do termo criado, que os eurojogos que apelam para melhor implementação de um tema e uso de componentes sofisticados e distintos seriam TosquEUROS?

    Para pacificar os mundos, vamos pensar aí nos Amerigames (Axis & Allies, Runewars, Twilight Imperium?), Amerikitsch (Zombicide, Gloomhaven, Nemesis?), Eurokitsch (Rising Sun, Game of Thrones, Scythe?) e Eurogames (Agricola, El Grande, Orleans, Burgundy, Dominant Species?)!
    Todas as duas escolas têm a sua ala kitsch!

    :D

    2
  • Sr Ze
    133 mensagens MD
    avatar
    Sr Ze02/05/21 11:18
    Sr Ze » 02/05/21 11:18

    Bruno Marchena::
    Para pacificar os mundos, vamos pensar aí nos Amerigames (Axis & Allies, Runewars, Twilight Imperium?), Amerikitsch (Zombicide, Gloomhaven, Nemesis?), Eurokitsch (Rising Sun, Game of Thrones, Scythe?) e Eurogames (Agricola, El Grande, Orleans, Burgundy, Dominant Species?)!
    Todas as duas escolas têm a sua ala kitsch!

    :D

    Salve, Bruno. Sua contextualização a partir do conceito de kitsch é mais coerente e permite uma melhor interpretação e dá sentido as propostas dos jogos, bem como o direcionamento ao público específico de cada formato.
    Penso que é no sentido de pacificar os mundos que certos termos que depreciem jogos e jogadores devem ser evitados, posto que tosco tem uma interpretação bem distinta de kitsth:
    • "Kitsch é uma palavra de origem alemã derivada de 'verkitschen', que pela tradução literal significa sentimentalizar. Esse termo nasceu na época da Revolução Industrial, nos estudos de arte e estética com um significado pejorativo, classificando objetos como de mau gosto, exagerados e até cafonas."

    Ainda que a palavra tenha origem pejorativa ela é distinta de algo tosco, kitsch é um proposta intencional de fazer algo mais sofisticado (cujo resultado é relativo e duvidos), enquanto tosco se refere a mal feito, sem esforço, sem planejamento ou dedicação.
    Nesse sentido Rising Sun pode ser considerado kitsch, sentimentalizado e apelativo, até mesmo "brega" para alguns, mas não é possível afirmar que ele tosco, que foi feito sem esmero e dedicação e busca ter acabamento e qualidade. O mesma interpretação é aplicável ao Gloomhaven.
    Acredito que a pacificação vem de argumentos que falem bem daquilo que você gosta sem necessariamente descredibilizar escolhas alheias, mas também entendo que "polemizar" atrai atenção e amplia o sentimento de pertença para grupos que pretendem construir sua identidade a partir da negação do outro (algo hegeliano).

    0
  • Bruno Marchena
    406 mensagens MD
    avatar
    Bruno Marchena02/05/21 14:47
    Bruno Marchena » 02/05/21 14:47

    Sr Ze::
    Bruno Marchena::
    Para pacificar os mundos, vamos pensar aí nos Amerigames (Axis & Allies, Runewars, Twilight Imperium?), Amerikitsch (Zombicide, Gloomhaven, Nemesis?), Eurokitsch (Rising Sun, Game of Thrones, Scythe?) e Eurogames (Agricola, El Grande, Orleans, Burgundy, Dominant Species?)!
    Todas as duas escolas têm a sua ala kitsch!

    :D

    Salve, Bruno. Sua contextualização a partir do conceito de kitsch é mais coerente e permite uma melhor interpretação e dá sentido as propostas dos jogos, bem como o direcionamento ao público específico de cada formato.
    Penso que é no sentido de pacificar os mundos que certos termos que depreciem jogos e jogadores devem ser evitados, posto que tosco tem uma interpretação bem distinta de kitsth:

    • "Kitsch é uma palavra de origem alemã derivada de 'verkitschen', que pela tradução literal significa sentimentalizar. Esse termo nasceu na época da Revolução Industrial, nos estudos de arte e estética com um significado pejorativo, classificando objetos como de mau gosto, exagerados e até cafonas."

    Ainda que a palavra tenha origem pejorativa ela é distinta de algo tosco, kitsch é um proposta intencional de fazer algo mais sofisticado (cujo resultado é relativo e duvidos), enquanto tosco se refere a mal feito, sem esforço, sem planejamento ou dedicação.
    Nesse sentido Rising Sun pode ser considerado kitsch, sentimentalizado e apelativo, até mesmo "brega" para alguns, mas não é possível afirmar que ele tosco, que foi feito sem esmero e dedicação e busca ter acabamento e qualidade. O mesma interpretação é aplicável ao Gloomhaven.
    Acredito que a pacificação vem de argumentos que falem bem daquilo que você gosta sem necessariamente descredibilizar escolhas alheias, mas também entendo que "polemizar" atrai atenção e amplia o sentimento de pertença para grupos que pretendem construir sua identidade a partir da negação do outro (algo hegeliano).

    Opa!

    Usei o termo kitsch como referência à produção cultural de massa. Me referia mais a isso que até ao sentido estritamente literal da palavra. Mas é bem por aí! Sobre descredibilizar as escolhas alheias, não dá para destacar nenhuma parte de seu todo. Acompanho fielmente as postagens da Joga Mana e tenho certeza que jamais tenha sido essa a intenção do texto.

    Sobre a expressão "algo hegeliano", a minha situação atual me trouxe uma reflexão de domingo. Estou isolado por causa da pandemia, suscetível a qualquer loucura mental aleatória, diante de um texto sobre um jogo que fala de trolls que tiveram a sua História apagada e suas riquezas materiais e culturais saqueadas, estou com um Spirit Island na mesa pronto para jogar e, o que é pior e melhor ao mesmo tempo, estou degustando uma cervejinha forte, ruim e barata porque o dinheiro está curto.

    Queria que compreendesse que não estou falando nada em direção contrária à sua ideia, foi apenas a reflexão avulsa de um ser levemente alto de cerveja e que optou por compartilhar seus devaneios a partir do nosso diálogo (muito bom por sinal)!

    Os povos originários já fazem e falam e praticam isso há milhares de anos antes das teorias hegelianas ("o sentimento de pertença para grupos que pretendem construir sua identidade a partir da negação do outro"). E praticam com muito primor, sem praticar o genocídio com quem é tido como diferente (mas isso é uma outra conversa comprida), sem relativizar escravidão, tirania, assassinato, prisões etc! 

    Mas a academia prefere não dar voz a estas culturas e ainda dizem que Hegel foi bastante avançado por ter estudado a Revolução Haitiana (ainda com sua ideia de universalidade, alicerce do pensamento colonial), MESMO QUE relativizasse a escravidão:

    "A escravidão e a tirania são assim, na história dos povos, um grau necessário e por isso algo relativamente legítimo. Aos que permanecem escravos, não se faz nenhuma  injustiça absoluta; pois quem não possui a coragem de arriscar a vida pela conquista da liberdade, esse merece ser escravo; e se, ao contrário, um povo não somente imagina que quer ser livre, mas tem efetivamente a vontade enérgica da liberdade, nenhum poder humano poderá retê-lo escravidão de ser governado como simplesmente passivo" - Tio Hegel


    É impressionante o que é capaz de nascer de dentro de um escritório! Rsrs Precisamos pôr o homem em seu tempo, diriam. Mas há homens e mulheres desse mesmo tempo que diziam coisas melhores e eles não estão na academia, nas livrarias, na mídia ou em nossos discursos. Nós fomos acostumados a dar autoria de tudo para quem mais se assemelha à nossa sociedade "moderna". A sociedade moderna transforma a experiência em referência bibliográfica e aí o amor, a liberdade, a identidade e até os board games passam a ser "amor platônico (Platão, 340 a.c.)", "liberdade focaultiana (Focault, 1970)", "identidade levi-straussiana (Levi-Strauss, 1950)", jogos euros, ameritrashs e por aí vai...

    Não é à toa que damos nossas escorregadas e buscamos sempre como referência e como marco zero a inteligência do mundo branco e europeu para dar sentido às nossas experiências. Nessas escorregadas, uns dizem que as pirâmides do Kemet foram feitas por alienígenas, que a filosofia maior é Grega (os gregos iam ao Kemet para se formar em filosofia por lá), que os indígenas são atrasados pois não possuem "tecnologia", Estado-Nação ou hierarquia, que quilombolas não merecem priorização nas vacinas pois "somos todos cidadãos, somos todos humanos" e por aí vai... Para a estrutura da sociedade moderna, estes povos são os Trolls de In the Hall of the Mountain King que estão lutando para reconstruir seus templos, estátuas e memórias e "cuja a honra e o valor há muito são desmerecidos por aqueles que dominam a História" (parafraseando o melhor primeiro parágrafo da história da Ludopedia)!



    O jogo pode até parecer mecanicamente desinteressante para muita gente, mas a temática reversa do jogo é sensacional. Ou será que o texto deu um toque de Midas na obra do designer?  Só saberei quando jogar! (=

    Sabe o que é mais genial nesse primeiro parágrafo? O fim! "Não se espante: somos TROLLS!".








    Vou cá ajudar uns espíritos a expulsar os invasores da ilha!


    Abraços!








    2
  • Sr Ze
    133 mensagens MD
    avatar
    Sr Ze02/05/21 17:13
    Sr Ze » 02/05/21 17:13

    Bruno Marchena::
    O jogo pode até parecer mecanicamente desinteressante para muita gente, mas a temática reversa do jogo é sensacional. Ou será que o texto deu um toque de Midas na obra do designer?  Só saberei quando jogar! (=

    Sabe o que é mais genial nesse primeiro parágrafo? O fim! "Não se espante: somos TROLLS!"


    Sobre a temática, não achei ruim, esse foi o motivo pelo qual caí no tópico. Depois de ler a resenha até fiz a associação com o Spirt Island, o qual ainda não joguei, e me pareceu ter o tema melhor implementado. Considerei pouco interessante o jogo pela composição de mecânicas, que podem ser encaixadas em qualquer temática, normal para a categoria e não vem a ser um problema posto que muitos jogos bons não tem relação alguma com história que justifica a escolha da arte.
    Grato pelo diálogo.

    2
  • Rodrigo Deus
    2306 mensagens MD
    avatar
    Rodrigo Deus04/05/21 08:43
    Rodrigo Deus » 04/05/21 08:43

    Fiquei interessado... Vou procurar um para mim!

    1
  • B. Côrtes
    18 mensagens MD
    avatar
    B. Côrtes04/05/21 17:34
    B. Côrtes » 04/05/21 17:34

    Fala, galera!


    Como perdi um pouco o timing do bonde por aqui, vou responder num comentário à parte, pra não encher de respostas fragmentadas. Muito obrigada pelos comentários, é muito massa quando rola essa troca. Adorei ver que o papo rendeu, tanto sobre o jogo em si e sua abordagem temática, quanto à nomenclatura da categoria.

    Bruno Marchena, seus comentários são demais, sério. Do tipo que estampa um sorriso na cara, não tem jeito! Dá pra ver que você se diverte lendo, leva a sério o que quem escreve está falando e faz um uso muito massa do conteúdo pra abrir reflexões. A propósito, bacana esse seu olhar atento pro fato de que a jogamana aborda jogos fora-do-hype, não como uma razão per se, mas porque falamos daquilo que nos chama a atenção de fato. Já que você curtiu ouvir falar de Cerebria, vou lá pro post desse tema trocar uma ideia contigo :] calhou de ser justamente o jogo que eu trouxe àquela seção da curadoria! Feliz que tenha curtido!

    Sobre o Mountain King, de fato não vi muitos holofotes sobre esse jogo no Brasil - talvez vacilo meu, talvez fruto de uma campanha que não se comunicou lá muito bem com certo público. MASSS, respondendo à questão sobre se ele "é mesmo bacanudo", devo dizer que putz, sim, vale a pena, é daora, temática bem implementada e combinação de mecânicas bem gostosinha. Não, não é um jogo de treta: a competitividade se dá numa tensão um pouco mais silenciosa, que eu acho elegante e instigante, porque nos puxa para mantermos a atenção às jogadas das demais pessoas, não deixando que aspectos mais introspectivos o tornem um jogo solitário de vários jogadores. Recomendo pra quem curte eurojogos que trabalham o tema pela própria mecânica: os túneis se construindo transportam pra sensação de expansão dos caminhos de fato, e há ainda coisas que não mencionei na resenha, como a "cascata de recursos", que é uma distribuição de abastecimento dos recursos dos Trolls que impacta as camadas mais baixas da horda a partir do ponto mais alto da hierarquia. É bem simbólico e dá pra discutir certa abordagem de estruturas econômicas pelo mundo real. Nesse sentido, o "profundo" se referia aos dois aspectos da ambiguidade que você notou.

    Mesmo assim, devo concordar com Sr Ze que a combinação de mecânicas poderia ser trabalhada também por alguma outra (não arrisco dizer "qualquer") temática, o que, como Sr Ze mesmo disse, é razoavelmente comum entre eurojogos. De todo modo, acho que isso só vem a benefício do feito: dentre um sem-número de possibilidades para a combinação tema-mecânicas, quem desenhou o jogo escolheu essa, e ela funcionou e está tão bem comunicada nas engrenagens, que nem mesmo é preciso mais do que um mínimo de disposição para vivenciar em profundidade a experiência que ela transmite. A beleza não está em fazer a pessoa que joga entender que cubos de madeira podem "ser" recursos em ferro, mas em fazer essa pessoa sentir isso, sem precisar recorrer a artifícios de literalidade ou apelo meramente visual, como miniaturas - o que, como podem notar, já respondendo Sr Ze também, eu acho um recurso de linguagem realmente tosco, no sentido de pouco sofisticado, mesmo.

    Sr Ze, te agradeço também pelos comentários e a disposição em esmiuçar e adensar a discussão sobre categorias, que eu particularmente acho muito boa e frutífera pro hobby todo! Em relação à minha escolha por "Ameritosco", ela é bastante pessoal e aberta como uma proposta identificadora (também no sentido que você trouxe, de comunidades internas ao nicho), aproveitando o fato de a sonoridade do anglicismo "Ameritrash" (mesmo sabendo que se trata de "thrash", referência a combate/derrota/impacto), lembrar "trash", que é mesmo "lixoso" e usamos no Brasil como referência a algo "tosco" ou "bruto", para além do próprio nicho dos jogos (festa/música/estilo/filme - e por que não jogo? - "trash"). É identificadora, mas não necessariamente descritiva. Entendo que agressiva, de fato, mas não a proponho como um ataque nem uma polêmica - pode ser que seja apenas eu a usá-la no mundo, e está bom. Fica como um causo, sabe como?

    Talvez nisso mesmo (nessa crueza), seja uma expressão facilitadora no estabelecimento de uma vertente e uma preferência em jogos, além de um caminho que estou procurando tomar, de "desanglicização" do vocabulário. Para mim, é uma discussão similar, por exemplo: "War" é ou não é "jogo" (moderno)? Por quê? "Uno" é "brinquedo"?

    Os ameri______ podem ser caracterizados pelo aspecto aventuresco, como também podem ser caracterizados pelo uso de sorte, que pode ser ou não considerado excessivo, e ser ou não considerado, por exemplo, um elemento (des)legitimador, um motivo de favoritismo e afeto ou desafeto. É uma disputa política, e, como tal, contempla perspectivas plurais com maior ou menor adesão popular. A maior adesão, como vemos no mundo real, nem sempre é sinal de maior pertinência ou sentido. Em disputas, como em tudo, adoto certa explicitude de minhas posições.

    Para uns, pode ser uma sacada de humor, e até algo passível de apropriação - no cinema e na música, ser "trash" pode ser um jeito de ser irreverente. Para outros, pode ser mesmo um aspecto antipático do meu perfil de jogadora. Para ainda uns, uma forma possível e honesta de ver. De todo modo, me alimenta muito a curiosidade de saber quem se aproxima e quem se afasta a partir disso. Fico inspirada com tudo o que trouxeram para a mesa dessa discussão, especialmente a densidade :]

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In the Hall of the Mountain King - A potência do coração da Montanha
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