Venho com uma proposta.
A você, que odeia textões ou complicações:
FUJA! A piração vai rolar solta =]
A você, leitor de introduções-epílogo:
Há muito que se discutir sobre jogos: quais os melhores, quais as estratégias, quais os melhores em dois, onde comprá-los com desconto, quais os melhores em dois na praia de Carapicuíba quando o clima está ameno mas com ameaça de chuva.
E sob o olhar aficionado, que a tudo opina e ao qual nada falta, é fácil dar por suficientemente resolvidas todas as questões:
(i) Tragedy Looper é o melhor jogo já criado;
(ii) há as estratégias válidas, que eu uso, e aquelas abusadas que claramente fogem ao intuito do designer;
(iii) se é pra comprar é com o André ou o Osmar;
(iv) o melhor é checar seu senso de direção, pois Carapicuíba não tem praia.
Mas vez ou outra o Abismo bate à porta, tilintando baixo como uma curiosidade qualquer. Que são jogos? De que são feitos? Onde vivem e o que comem? Se devoram estantes e sábados, podem ser considerados paradoxos multidimensionais?
A bem da verdade, basta não lhe abrir a porta, que o Abismo vai embora - atazanar outras insignificâncias; mas uma só fresta e a casa é tomada.
E, trajada de presente, a fresta aqui se abriu - como um livro.
Um livro a ser compartilhado.
A você, pragmático:
Qual a ideia? Trazer à mesa e à língua portuguesa um pouco das questões que levaram às mecânicas atualmente utilizadas pelo BoardGameGeek.
Qual o objetivo? Entender um pouco melhor a variedade de mecânicas que povoam nossos amados jogos, trazendo à tona algumas das dificuldades que elas enfrentam.
Como? Uma série de catorze postagens guiadas pelos capítulos do livro “Building Blocks of Tabletop Game Design”, de Geoffrey Engelstein e Isaac Shalev, utilizado como referência na reclassificação de mecânicas do BGG em 2019.
Por quê?
Porque gostamos de falar e pensar sobre jogos – nessa ordem mesmo.
Porque a linguagem nos é limite e trazê-la à tona é expandi-la, não apenas como registro do que se vive, mas também como convite do que se pode viver.
Porque Bárbara, Primeira de seu nome, Tabuleirista destruidora de cubos amarelos e Senhora do meu coração, me deu o livro de presente e me vejo perdendo horas devorando-o. Por que então não perder horas escrevendo sobre ele?
Quando? AGORA! Bem, pelo menos essa introdução. Os capítulos seguintes virão, um a um, toda quarta-feira.
Onde? Aqui mesmo! Toda vez que uma nova postagem for feita, um portal será invocado abaixo:
0. Terminologia
1. Estrutura de Jogo
2. Ordem do Turno
3. Ações
4. Formas de Resolução
5. Fim de Jogo e Vitória
6. Incerteza
7. Economia
8. Leilões
9. Alocação de Trabalhadores
10. Movimentação
11. Controle de Área
12. Coleção de Componentes
13. Cartas
Quem? Eu, você e o Zooboomafoo. Bem, eu vou estar aqui e o Zooboomafoo ainda tem de resolver questões de licença autoral, mas um só lêmure não faz verão, né? Essa jornada vai ser muito mais legal se tiver mais gente comentando e opinando – sobre as mecânicas, traduções, jogos ou o que mais te vier à mente. Então, não deixe de trazer pitacos, críticas e sugestões!
E aí, bora?