Apesar de não existir mais, a Pan Am continua sendo uma das empresas aéreas mais conhecidas do mundo devido à sua importância no desenvolvimento de aviação mundial. Sempre inovando, a companhia foi pioneira no uso de aviões a jato, classe econômica e reservas por computador. Agora, você pode participar desta história. Venha, que Pan Am: The Game Tá na Mesa!
Pan Am: The Game foi criado por Prospero Hall em 2020. De dois a quatro jogadores, com duração média de 60 minutos, em Pan Am os jogadores assumem o papel de uma empresa aérea e competem entre si, e a Pan Am, para conseguir rotas pelo mundo inteiro.
- Peraí… O jogo se chama Pan Am e não jogamos com ela? Que canoa furada!
Nada de canoa, Teco-Teco! Você nem conhece o jogo e já está falando mal dele. Durante sua trajetória para se tornar um império da aviação, a Pan Am comprou inúmeras empresas menores, e isso é bem retratado no jogo.
Conforme as rodadas vão passando, a Pan Am vai comprando rotas pelo globo, dominando cada vez mais mundo a aviação, mas ao contrário do que se pode pensar, isso não é ruim para os jogadores. As vendas das rotas são bem lucrativas e no fim de cada rodada, o jogador pode comprar ações da gigantesca companhia e esse é o real objetivo do jogo: no fim, vence quem tiver mais ações.
- Então é um jogo puramente capitalista, que oprime as pequenas empresas em prol de um monopólio cruel.
Nem tudo e branco ou branco como você acredita, camarada bolshevik. O jogo mostra uma interessante parte da história da indústria da aviação. Durante o jogo é possível ver a criação de grandes aeroportos, o surgimento de novas linhas aéreas ligando cidades distantes, a evolução das aeronaves. Além de ser uma boa aula para gerenciamento de empresas (Nota do Sr. Slovic: Boardagames podem ser ótimas ferramentas pedagógicas).

Somente os mais capazes conseguem sobreviver a este terrível mundo das grandes empresas aéreas. Precisamos alocar nossos engenheiros pelo tabuleiro para fazer nossas ações, mas nada é tão simples assim. Pan Am apresenta uma interessante regra de leilão, já que em certos lugares só pode ter um tralhador alocado. O dinheiro é bem escasso, já que grande parte do que ganhamos deve ser usada para comprar as Ações da Pan Am, por isso as decisões devem ser tomadas com extremo cuidado (Nota da Sra. Slovic: Não há dinheiro em engenheiros para fazer tudo que é preciso). Devo construir um aeroporto ou comprar novas Concessões de Pouso e Decolagem? Aumentar minha frota ou criar uma nova rota?
O jogo é dividido em sete rodadas, sendo que no início de cada há uma carta de evento (Nota do Sr. Slovic: O evento vem como uma manchete de jornal de um fato que realmente aconteceu. Dá para ver como esses acontecimentos históricos afetam a direção da partida). Essa carta também determina o valor das Ações, que são compradas no fim do turno, logo depois da expansão da Pan Am, espalhando sua influência pelo mundo (Nota a Sra. Sloivc: É legal de ver o símbolo da empresa se espalhando pelo tabuleiro cada vez mais).

No geral, Pan Am é um jogo muito bom. Tem poucas regras, que são facilmente entendidas, mas esconde por trás dessa fachada um jogo de planejamento estratégico de longo prazo, onde não há muito tempo para se adaptar as mudanças que os Eventos trazem. (Nota da Sra. Slovic: Um pequeno descuido nas decisões pode ser fatal. O mercado da aviação não perdoa). As miniaturas dos aviões é um show a parte. As artes das Cartas e do Tabuleiro remetem a aviação dos anos de 1960 (Nota do Sr. Slovic: Tudo para fazer o jogador entrar no clima).
E é isso!