"Negócios acontecem no distrito do bazar em Istambul. Mercadores correm com seus assistentes por becos estreitos, tentando sempre se manter um passo à frente da concorrência."

Como de costume, regras mais detalhadas no vídeo aí em cima, e textão em seguida.

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Okk.
Seu objetivo é realizar as melhores ações e trocas de recurso para juntar rubis.

E neste jogo cada jogador controlará uma ficha de mercador, que se movimentará pelo tabuleiro deixando e pegando assistentes para realizar ações. 
Mas aqui, os assistentes que você tem disponíveis ficam em uma pilha logo abaixo de seu mercador, então é quase como se você tivesse um peão que vai aumentando e diminuindo conforme você mexe seus assistentes.



E sobre o andar do jogo, os jogadores vão alternando turnos realizando 4 fases em ordem. A qualquer momento que você não possa realizar o que a fase exige, seu turno se encerra imediatamente e é a vez do próximo jogador.

1. Movimento.
Você pode movimentar seu marcador de mercador, junto com os assistentes abaixo dele, por 1 ou 2 espaços no mapa. Então, deve deixar um de seus assistentes neste local, ou devolver um dos assistentes que já estavam no local para sua pilha. 
Perceba que se você não conseguir pegar ou deixar um assistente, seu turno se encerra.



2. Encontro I.
Se um mercador de outro jogador já estava no local em que você parou, você deve pagar 2 moedas para ele.



3. Ação.
Se seu turno sobreviveu até aqui, você finalmente pode realizar a ação do local em que seu mercador está. E é aqui que o jogo brilha.
Existem 16 locais em um tabuleiro modular, cada um com sua habilidade própria.
Então temos desde carregar seu carrinho de recursos com recursos de um tipo, aumentar a capacidade de seu carrinho, trocar recursos por recursos melhores, trocar recursos por moedas, apostar no dado para tentar ganhar algo, ganhar cartas de ação, e é claro, trocar recursos por rubis.



4. Encontro II.
Após sua ação, ative qualquer peão neutro que esteja no mesmo local que você.
• O Contrabandista lhe vende um item a sua escolha por por 2 moedas.
• O Governador lhe dá o direito de comprar uma carta de ação por 2 moedas.
• O membro de família de outro jogador deve ser enviado para um posto policial, e então você recebe uma carta de ação ou 3 moedas do banco.
Então, role os dados e veja um novo local para o peão ativado.



Feito isso, seu turno se encerra e é a vez do próximo jogador.
O fim do jogo é disparado quando um jogador alcançar 5 rubis em seu carrinho (ou 6 no caso de partidas com 2 jogadores). Cada outro jogador pode realizar mais um turno, e a partida se encerra.
O jogador com mais rubis é o vencedor.



E vale destacar que temos sim espaços onde é possível comprar rubis com dinheiro e recurso, mas boa parte dos locais também possuem rubis de bônus. Por exemplo, ao aumentar a capacidade de seu carrinho ao máximo, você recebe um rubi.



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E ok.
O ponto que mais me encanta nesse jogo é como ele consegue ser leve, e ao mesmo tempo apresentar 16 opções de ação já no início da partida. De fato são muitas informações, mas são apresentadas de forma tão simples e dinâmica que praticamente não ficam dúvidas após a explicação.
Provavelmente foi isso que transformou Istanbul em um clássico.

Outra questão vai para o equilíbrio.
Todos os jogadores começam no mesmo local, com as mesmas opções de ação, em um mesmo padrão de mapa. Então você tem autonomia para escolher a estratégia que quer seguir. Vamos dizer que o jogo não te indica um caminho que seria mais fácil graças a uma habilidade única, aqui é você que escolhe o que é melhor no momento. 
Já vi jogadores reclamarem de que o primeiro jogador tem certa vantagem, já que ele encontra o mapa completamente livre no primeiro turno. Mas realmente acho que o número de rodadas acaba diluindo isso, sem contar a diferença nos recursos iniciais. No fim, essa questão nunca chegou a me incomodar na partida.

E não posso deixar passar o mapa modular. Afinal, as melhores estratégias são as que identificam os caminhos mais curtos entre as melhores áreas de troca. Com isso o mapa precisa ser analisado em todas as partidas. Não temos uma combinação de ações que sempre garantirá a vitória.

Sobre a questão da rejogabilidade.
Fica claro que ela é totalmente baseada na disposição do mapa. Digo isso porque todos os locais sempre estão em jogo, praticamente não existe variação além da ordem dos tiles.
No meu caso, acredito que isso já seja o suficiente para manter o jogo vivo. Graças a esse mapa não vejo receitas de bolo para a vitória, então cada partida possui seu desafio. 

Mas devo alertar que alguns amigos já se cansaram dele.
Nesses casos, a reclamação que mais escuto é que não existe variação de ações partida a partida. Todos os locais sempre estarão em jogo, e sempre fazem as mesmas coisas. Por isso chega a ser comum um jogador se prender a uma estratégia e tentar repeti-la jogo a jogo.
Isso realmente faz com que a rejogabilidade desapareça, e o jogo fique repetitivo independente do mapa. Mas, acredito que seja mais uma questão de jogador do que de jogo.

Outro ponto que merece destaque é a questão do controle de sorte.
O jogo não te obriga a rolar dados, mas dá essa opção.
Se você quiser, pode passar a partida inteira sabendo exatamente o que vai ganhar turno a turno. Por outro lado, temos áreas de aposta como o mercado de chá e o mercado negro. Nestes pontos, você literalmente rolará um dado para saber o que vai ganhar.
Geralmente não uso estes locais em minhas estratégias, mas gosto muito da ideia de que eles estão disponíveis para o jogador que quiser usar.


Agora, só um lembrete...

Istanbul foi feito para ser um jogo leve, sem negociação entre jogadores. 
A temática de mercado pode frustrar jogadores que possuem uma expectativa por jogos econômicos. Nesse caso você pode até se sentir preso às ações do jogo. 
Pense que, no fundo, Istanbul é sobre identificar padrões e traçar rotas, não sobre mercado. Ele nunca pensou em ser um jogo pesado, então não espere isso dele.

O que leva aos pontos negativos...

Talvez ele seja leve demais.
A interação entre jogadores é quase nula, se resumindo a pagar duas moedas para entrar na área de outro jogador, mantar um familiar alheio para a prisão, ou a questão do valor dos rubis que vai subindo conforme eles são comprados. 
Isso, em um euro, permite que você planeje vários turnos à frente do turno atual, o que pode deixar o jogo com cara de programado.

Basicamente você vai identificar um caminho no mapa e, se ninguém passar na sua frente e aumentar algum custo, vai resolver uma sequência de turnos no automático.
Por mim ok, já que os turnos são rápidos e gosto de ficar reanalisando minhas ações jogada a jogada. Mas é fato que o jogo é leve a ponto de você conseguir se programar mais rápido do que as ações são realizadas, e fica aquele vácuo em que você simplesmente coloca o plano em prática.

Mas aí vai de jogador para jogador, como comentei, o jogo foi feito para ser assim.

No fim.
Considero Istanbul um clássico. Simples, e diferente de outros jogos que encontramos no mercado.

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