Gen Con 2015 - Day #2
por David Coelho (Bafo do Dragão)
Segundo dia de Gen Con, o que significa que metade do evento se foi. Otimistas diriam que ainda temos tudo que já vivemos mais uma vez, o que acredito ser um bom pensamento pra seguir, já que essa Gen Con está cada dia melhor.
O dia começou de forma espetacular com um desempenho de atleta nos 100 metros rasos, com barreiras. A correria pra pegar o Mysterium foi a mesma do King of New York em 2014 e, da mesma forma, vencida. O jogo está em mãos e uma das 400 cópias trazidas para a Gen Con vai para o Brasil!

Mysterium na mão
Não consegui fazer a demo do jogo, pois existe uma fila de dias pra conseguir sentar em uma das três mesas disponíveis. Mas não vai faltar oportunidade com o jogo em mãos.
Saindo do estande da Asmodee tive a surpresa do dia. Um de meus amigos me disse que estava no estande da Cool Stuff e, por algum motivo, eu entendi Cool Mini (or not). Então fui para o estande da CMoN. Chegando lá, em uma das mesas de demonstração estava Daniel Alves, um dos designers do Masmorra de Dados, apresentando a nova versão do jogo, Masmorra: Dungeons of Arcadia.

Masmorra: Dungeons of Arcadia com Daniel Alves
Nessa nova versão, o jogo passa a fazer parte do universo Arcadia Quest, jogo que particularmente acho o melhor da CMoN. Algumas leves alterações foram feitas na mecânica do jogo. A primeira é que o jogador pode rolar o dados duas vezes, não mais, três. Outra alteração é que não existe mais eliminação de jogadores. Uma vez que seu personagem morre, você apenas perde experiência.

Nova versão de Masmorra de Dados
Acredito que essas modificações deixaram o jogo com menos down time e menos frustrante. Considero um upgrade no Masmorra de Dados e o fato de ter miniaturas e artes do Arcadia deixaram o jogo mais atrativo ainda. Durante a demo que fiz muitas pessoas passavam perguntando o que era o jogo e se mostravam interessadas.
Tive a oportunidade de conversar com o Daniel mais uma vez, mas dessa vez, na Gen Con, pode ser considerado uma edição especial. Em breve no YouTube do Bafo do Dragão
X-Wing Wave 8
Parti para o estande da Fantasy Flight para ver o que eles tinham reservado de novidades para Gen Con. Eles já haviam disponibilizado a wave 7 do X-Wing Miniature Game, mas surpreenderam ao expor na vitrine a wave 8! A frente da vitrine com as naves não ficou vazia um minuto sequer durante o dia, com muitas pessoas tirando fotos.

Mais naves da Wave 8
Eles também divulgaram a wave 2 do Armada e a expansão do Imperial Assault: Back to Hoth. Para os fãs de Star Wars não faltam opções de onde investir.

Expansão do Imperial Assault: Back to Hoth
Voltando para as filas das demos, hoje consegui jogar: RYŪ, Deus, Ashes: Rise of the Phoenix born. Perde-se muito tempo em filas para conseguir fazer as demos e algumas pessoas não tem a postura ideal para apenas conhecer os jogos e querem ganhar as partidas.
A maioria das pessoas são bem treinadas nesse quesito e assim que entendem o jogo e as mecânicas, levantam e cedem a mesa para que outros possam aprender. Enquanto que alguns poucos tendem a querer fazer jogadas espetaculares e só levantarem que a partida encerrar. Bom, temos que ficar aguardando educadamente seja qual dos dois tipos estiver jogando.
RYŪ
Um jogo de dragon building. Li essa descrição e pensei: - Ok, me ganhou!
Nossos meeples são dragões mas nós temos que construir partes de nossos dragões mecânicos através de gerenciamento de ações e recursos, que adquirimos nos movendo por poucos tiles que formam o tabuleiro. A arte do jogo é bonita na caixa e nos screens usados para esconder nossos recursos. No mais, a impressão é de que tem algo estranho. Me pareceu ser um jogo mediano, que não deve ver muita mesa, mas por ser leve e fácil de aprender, pode divertir.
Jogando Ryu
Deus
Ainda não tinha jogado e estava esperando a Gen Con para conhecê-lo. Gostei muito e fiquei feliz de ter comprado. Me lembrou de leve o Terra Mystica no gerenciamento dos buildings no tabuleiro (apenas nisso). Basicamente usamos cartas para adorar 5 deuses que nos dão buildings e recursos e utilizar as mesmas cartas para contruí-los e ativar efeitos que podem ser acumulados, formando alguns combos.
Deus - Detalhes dos componentes
Ashes: Rise of the Phoenix born
Está rolando um hype nesse jogo, mas quando descobri que era um LCG, fiquei meio com preguiça e ainda estou na dúvida se levo pra casa. Pode ser jogado por até 4 pessoas, mas é recomendado para duas. A caixa base vem com sete personagens que possuem suas características únicas para você fazer o deck building. Você representa um Phoenixborn e precisa derrotar seu adversário levando sua vida a zero utilizando criaturas e magias (Magic?).
O que mais achei interessante no jogo é que a "mana" são dados que você precisa gerenciar. Cada personagem tem sua composição de dados e você pode usar cartas de outros Phoenixborn fazendo splash de um ou dois dados, dependendo da sua estratégia. Permite alguns poucos combos, pos o número de ações por turno é limitado. Bom, é um LCG, o que significa expansões, muito dinheiro e dedicação. Ok, acabei de decidir que não vou levar pra casa. Mas pra quem curte, recomendo.
Linda arte da capa
Enquanto esperava pra fazer a demo do Ashes, encontrei o Rodney Smith, do canal do YouTube Watch it Played. Um dos melhores canais do YouTube para aprender a jogar. O acervo de vídeos dele é gigantesco e ele preza muito pela precisão das regras em seus vídeos. Pude fazer uma pequena entrevista, que também estará no YouTube do Bafo do Dragão, em breve.
Meus objetivos para o terceiro dia são: jogar o Mysterium, Elysium, Discoveries e Queen's Architect. Morar no estande da Asmodee.
Por fim, queria registrar como a Gen Con é um ambiente democrático, onde qualquer um encontra sua tribo e se sente em casa. Recentemente, aconteceu uma polêmica no estado de Indiana, onde uma lei foi aprovada dizendo que comerciantes podem se recusar a prestar seus serviços para casais homossexuais. A Gen Con se posicionou fortemente contra a lei, ameaçando retirar o evento de Indianápolis. Acabou que, na cidade de Indianápolis, essa lei nao tem validade e tudo corre bem. O ponto disso é que a organização do evento criou tags e eventos específicos para o público gay. No final do dia, joguei uma mesa de King of New York com dois integrantes dessa tribo e fiquei feliz de ver as tags em seus badges. Um deles deixou eu tirar uma foto de seu badge.
Tags específicos para o público gay
A Gen Con passa exatamente essa sensação pra gente e a frase mais simbólica que é usada na abertura do evento ilustra isso: - "Welcome home!"
Uma baforada pra vocês.
Veja também:
Gen Con 2015 - Day #1

Gen Con 2015 - Day #3
Gen Con 2015 - Day #4
Clique aqui e veja alguns vídeos da Gen Con 2015