por Nelson Lima
Inspirado na cidade francesa de mesmo nome, Carcassonne se propõe a evocar o mapa da região, com campos, castelos e mosteiros (e, às vezes, dragões e princesas!).
Esse é um dos mais importantes
eurogames de todos os tempos. Ah, você sabia que essa categoria não-oficial de
board games começou a tomar forma depois da Segunda Guerra Mundial? Nesse novo momento da História dos povos, os jogos foram concebidos com a intenção de evitar conflitos diretos entre os jogadores, talvez para evitar o clima que se instalou na Europa daqueles anos difíceis. A proposta era vencer a partida por meio da manipulação das opções dos demais jogadores, sem confrontação direta. No caso de Carcassonne, isso se dá pela colocação inteligente dos ladrilhos que formam o mapa e a alocação do famoso
meeple (símbolo da
Ludoteca).
É o desenvolvimento da estratégia na interação com os outros jogadores que cria a dinâmica do jogo, que, a cada momento, apresenta um novo mapa que demanda novas decisões e adaptações.
Existem campeonatos oficiais de Carcassonne, em que os jogadores profissionais mostram o quanto o jogo pode ser elaborado, apesar de muito acessível aos novatos no hobby. É fácil de aprender, mas difícil de dominar completamente todas as estratégias e opções.
É sempre agradável montar o mapa do tabuleiro. As paisagens bucólicas chegam a formar imagens que facilmente dariam quadros muito bonitos. Esse é um jogo que você vai querer jogar com família e amigos e que, ao mesmo tempo, poderá te projetar ao pódio do campeonato europeu. Poucos jogos são assim. Se não conhece, vale muito, muito a pena tentar.
Se você só puder ter poucos jogos na sua coleção,
escolha Carcassonne. É infinitamente jogável e rejogável e a quantidade de expansões é provavelmente uma das maiores do hobby.
Quem gosta de Carcassonne vai querer jogar também Kingdomino, Queendomino, Isle of Skye e Yangtze.
Agradecimentos a Jordy Rodrigues pela consultoria.
[Raio X originalmente publicado em 23 de agosto de 2018, no Blog da Ludoteca - blog.ludoteca.com.br]