Chega uma hora nesse hobby que todos sentem necessidade do próximo passo, de ir além, conhecer mais sobre o assunto, experimentar e discutir novas e velhas mecânicas, buscar jogos mais elaborados ou difíceis, arriscar sua primeira importação ao invés de contar apenas com os lançamentos nacionais (cada vez mais variados e frequentes), e por aí vai...
Comigo não foi diferente, e, como amante da cultura oriental, em especial a japonesa, essa semana resolvi pesquisar sobre a cena de jogos de tabuleiro japoneses. E não estou falando de jogos com temática nipônica como o Takenoko, Hanabi ou Tokaido, criados por um dos meus autores favoritos, o Antoine Bauza, que também concebeu o genial 7 Wonders. Refiro-me aos jogos originalmente japoneses, criados por autores japoneses, como o Machi Koro e o Diamonsters e alguns que até já chegaram aqui no Brasil como o One Night Werewolf e o Love Letter.
Versão original de Love Letter
Jogos, assim como toda produção artística, cultural ou de entretenimento, são um reflexo de seu povo, costumes, crenças, moral, pensamentos, etc. E com os boardgames japoneses não é diferente.
Ainda não posso falar muito de mecânicas, pois não tive tempo de entender qual é a de muitos desses jogos, mas o que posso dizer em um primeiro momento, é que são jogos artisticamente super interessantes. Alguns são super carregados de informação, com arte em estilo anime, bem alegres e outros extremamente elegantes e minimalistas como os dessa editora aqui, a
Oink Games, que possui alguns dos jogos com os designs mais incríveis que já vi. Se são jogos divertidos ou com mecânicas inteligentes e elaboradas, disso eu ainda não faço ideia, porém, já me conquistaram só pelo visual.
Corpos na caixa do Yabu no Naka
Pelo que pouco que pude perceber, grande parte deles são bem simples, rápidos e baseados em uso de cartas. Porém, assim como os jogos ocidentais, outros são bem complexos também. Alguns são independentes de idioma e outros, nem tanto, contando as vezes com manuais e peças traduzidas para o inglês ou mesmo com distribuição mundial como aqueles já citados anteriormente.
A belíssima e elegante caixa do Stamps
Seguem abaixo, os links de alguns desses jogos que mais me chamaram a atenção, principalmente pelo seu visual fantástico.
Falando em Aristo-Maze, o Tom Vassel do Dice Tower até chegou a fazer um review dele nesse vídeo
aqui.
Clima de aventura e estética de anime no Aristo-Maze
E, para quem quiser ter um gostinho desse mundo, a Oink Games, aquela editora japonesa da qual falei, lançou até um jogo para tablets e smartphones. O Mujo. Ele é gratuito e pode ser baixado tanto no
iOS quanto no
Android.
Telas do Mujo no iOS e Android
Como o interesse e a sede de conhecimento só aumentam, acabei conhecendo um canal no YouTube especializado em jogos de tabuleiro japoneses. O Miss Merc007. Os vídeos são apresentados por uma menina super simpática, que acredito ser ocidental, e que mora lá no Japão. Para conhecer esse canal basta clicar
aqui.
E abaixo, os links para alguns vídeos desse canal com os jogos que achei mais curiosos.
O curioso e romântico Dibdib
Por fim, para quem souber francês e quiser conhecer um pouco mais do assunto, existe também esse blog francês. O
Japan Boardgames.
E aí, alguém já teve experiência com esses jogos pra poder falar com mais propriedade?