Texto publicado originalmente em meu blog Images and Worlds em 27/09/2014.
Inaugurando o primeiro artigo sobre jogos com as minhas filhas, o jogo escolhido pela mais velha foi o Small World. Essa na realidade foi a sua segunda opção. Primeiramente ela tinha escolhido o Cook-off, mas como minha filha mais nova não queria jogar (maldita tv), achei melhor deixar o Cook-Off para uma próxima vez, afinal, ele é para 4 pessoas ou mais.
A Dora já tinha jogado o Small World algumas vezes. O jogo em si não tem muito segredo. Você escolhe uma raça com o seu poder, dentre uma lista de 6 combinações. Conquista terrenos com os indivíduos da sua raça, e no final do seu turno conta os pontos (número de terrenos + bônus) e recebe o valor correspondente. Eventualmente em algum momento do jogo você escolhe fazer a sua raça entrar em declínio e escolhe outra. Até o jogo terminar no 10 turno. Quem tiver mais pontos é o vencedor.
Acredito que as principais dificuldades nesse jogo sejam a escolha da raça e quando entrar em declínio. Vejo que a escolha da raça aos poucos vai se tornando muito mais eficaz, quanto mais se fica familiar com as mesmas. Nesse jogo em particular a Dora me aniquilou com as suas escolhas. Como ela começou, já de cara escolheu o Sorcerer, talvez mais pelo fato de jogos anteriores que eu escolhi essa raça, e ela a vê como “poderosa”. Eu acabei escolhendo os Ghouls para ter a oportunidade de continuar utilizando-os, mesmo depois de entrar em declínio.
Como no início não estava havendo muito confronto, acabei aproveitando essa raça ao máximo e demorei para entrar em declínio. Quando decidi que entraria em declínio na jogada seguinte, na sua vez a Dora escolheu outra raça, e foi nesse momento que eu perdi o jogo. Ela escolheu o combo Amazon/Stout, que era bem o que eu iria escolher. No final do jogo eu ainda entrei em declínio mais uma vez, mas foi um erro. Minha primeira raça em declínio estava me dando 8 pontos, enquanto a segunda passou a me dar 3. Devia ter aguentado mais dois turnos do jeito que estava. Já a Dora, com as Amazonas, aniquilava pelo menos um terreno meu por turno, mesmo tendo que gastar 6 ou 7 amazonas. Muito boa estratégia da parte dela. Embora deixando de conquistar mais terrenos, dessa forma ela não me deixava progredir. No turno 8 a Dora entrou em declínio no final da sua jogada, por conta do poder do Stout, e no turno seguinte já veio com uma terceira raça.
Contagem final:
Dora 94 pontos
Eu 66 pontos.
Obviamente que de alguma forma eu ainda ajudo na contagem dos pontos, na explicação do que cada raça faz, a lembro dos bônus, ao conquistar uma floresta, ou de que ela pode utilizar o poder, como nesse caso, entrar em declínio no final do turno, ao invés de perder um turno completo.
Mas eu acho que essas dicas e lembretes são importantes, e eu vejo que ela toma as suas decisões baseadas na sua capacidade de entendimento do jogo e a cada partida ela me surpreende, como o fez dessa vez.
Esse foi um jogo que ela gostou desde a primeira vez que jogamos, e talvez o que a mais atraia seja a variedade de combinações de raças e poderes, nunca sendo os mesmos, tornando o jogo divertido. De qualquer forma estou de olho nas expansões, principalmente o Grand Dames of Small World.
Segundo palavras da Dora, ¨Eu gosto de jogar Small World por causa daquela moça. E porque é legal!¨ (aquela moça é a amazona).
