Eu amo Great Western Trail.
Joguinho bão dimais da conta.
Provavelmente é meu jogo favorito do
Alexander Pfister (tenho que pensar um pouco sobre isso porque eu também gosto muito de Maracaibo, mas definitivamente tá entre esses dois).
Eu tenho amigos em vários grupos de boardgames,
e GWT já esteve na minha casa emprestado por muito tempo. Já joguei ele
trocentas vezes no TTS, e as últimas partidas, foram pra testar com a expansão, que pra mim melhora o jogo mais ainda com as suas
milhares de possibilidades.
Logo,
eu nunca vi a necessidade de tê-lo. Mas depois que foi anunciada a segunda edição,
eu decidi que era hora.
Agora temos 3 GWT chegando por aí!
E sem olhar a arte, só sabendo que a capa era outra (
o que é um avanço da porr4), que ele teve review das regras, e que parece que está mais equilibrado, e que ele tinha insert próprio
já era o suficiente pra eu compra-lo, sem pestanejar.
Ao abrir eu me deparo com algumas coisas que me incomodaram...
Porque sumiram com os indígenas?
Ocas verdes e Ocas azuis.
Todos nós sabemos (se não souberem,
qualquer estudadinha de história te mostra facilmente o assunto) que os índios foram parte importante daquele período, e as negociações com eles foram um dos meios que os
colonizadores viram pra arrumar “dinheiro novo” (de uma forma resumida)
para as embarcações e colonos.
Então trocar essas fichas por fichas de
“bandidos” me parece muito
genérico.
Famigeradas fichas de bandido (no centro do tabuleiro)
Eu gostei de algumas mudanças, c
omo a trilha dos pontos de venda dos gados, e o nome dos gados batem muito mais historicamente com o jogo e o seu período. Mas
“apagar” os indígenas
da história do jogo me parece um tanto
estranho.
Há também a mudança da token dos construtores,
agora todos são “construtoras”.
Fichas de construtoras (trilha central)
Sobre isso eu acho que seria muito mais simples, você fazer fichas de construtor
Es e construtor
As, condutor
Es e condutor
As, Cow
boy e Cow
girl (
porque não?).
Em mais uma
constatação de sua preguiça, ainda por cima fica
completamente tosco você mudar todas as tokens de somente uma das profissões (e sem
contexto histórico nenhum por traz para embasar) e não mudar das outras.
Se é por inclusão, inclua em tudo, porr4!
Puerto Rico é outro jogo que eu amo.
Jogaço!
Ele se mantém no meu
Top 10 mesmo anos após sua concepção e
não importa quanto tempo eu tenho de hobby, sempre que eu jogo ele seja no BGA ou na mesa, volta e meia eu fico surpreso sobre
como ele roda maravilhosamente bem.
Provavelmente se trata do jogo de tabuleiro que eu mais joguei na minha vida. Logo depois dele vem
TI (que é meu top 1).
E nele também tem essa
pecinha:
O famoso colono(Peça preta).
E por mais que essa pecinha doa, ela retrata a realidade.
E aqui, pra mim senhores,
Andreas Seyfarth acertou em cheio.
A história tá aqui pra ser lembrada, para ela não ser repetida.
É importante ressaltar que, em
1520,
o Rei Carlos I da Espanha emitiu um Decreto Real emancipando povos indígenas que habitavam algumas ilhas do
Caribe.
Essa emancipação aconteceu, pois a população dessas
tribos indígenas já era extremamente baixa. Diferente do Brasil,
na América Espanhola os nativos foram escravizados por muito tempo, e com essa escassez de mão de obra escrava indígena, os escravos africanos começaram a
compensar essa perda, MAS esse número foi proporcional ao baixo interesse comercial que a
Espanha começou a demonstrar pela colônia (Puerto Rico).
Uma das melhores opções de custo benefício do mercado brasileiro.
O comércio de escravos foi maior nas ilhas vizinhas, como
Cuba e
Saint Dominique, atraindo mais o comercio de escravos para lá do que para
Puerto Rico.
Isso aconteceu provavelmente por conta de maiores interesses agrícolas nas ilhas vizinhas.
Ou seja,
a população de escravos africanos em Porto Rico era bem menor do que em seus vizinhos.
(Sim, o jogo é tão bom que me fez estudar)
Fonte.
Puerto Rico merece todos os prêmios e referências aos jogos mais atuais, ele é uma obra de arte atemporal e eu nunca vou me cansar de elogiar esse jogo.
Por fim,
eu aplaudo o Andreas por sempre bancar o colono, seja lá em qual edição o Puerto Rico ou o
San Juan estejam.
E você Pfister, bola fora, foríssima.
“Um povo que não conhece sua história está fadado a repeti-la.”
EDIT:
Esse Link muda o meu post inteiro, só fazendo esse adendo aqui. Não vou refazer minha crítica, só lamento por essa decisão.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Errei algum fato?
Manda PM.
Quer mandar elogio ou crítica sincera?
Tmj.
Quer me dar um tema pro próximo?
Manda PM.
Quer me ofender?
Vai tomar de volta.
Considere seguir o #canalversus!
Tudo nessa vida é equilíbrio, meus amigos.
#terçou