Império, do latim imperium, que significa poder e/ou autoridade. Um vasto território, não necessariamente contínuo, onde habitam diversos povos, nações e etnias, comandado por um soberano, Imperatriz ou Imperador. O mundo já foi palco de vários impérios: Romano, Britânico, Mongol, Otomano, Estadunidense, Qing, Asteca… A lista é enorme. E agora você tem a oportunidade de conduzir seu próprio Império a glória ou levá-lo ao esquecimento. First Empires Tá na Mesa!
First Empeires é um jogo de 2022, criado por Erick Vogel. De dois a cinco jogadores, com duração média de 45 minutos, em First Empires os jogadores devem expandir sua civilização, conquistando novos territórios, buscando a supremacia.
- Todo jogo de civilização é longo e chato. Mas como esse é rapidinho, deve ser bobo e infantil. Ou seja, tô fora!
Reclama de jogo é longo, depois reclama de jogo curto. Nem conhece o jogo e já diz que é infantil. É por isso que ninguém mais quer jogar com você. A arte da caixa do First Empires pode até ter uma arte pueril, mas não se engane. É um jogo rápido, mas de queimar os neurônios com as decisões que você tem que tomar. As regras são simples. Na sua vez, o jogador deve fazer três ações: Rolar os dados, Movimentar os exércitos e Desenvolver sua árvore tecnológica, que devem ser realizadas exatamente nesta ordem.
O Tabuleiro individual do jogador tem cinco colunas, cada uma associada a uma tecnologia, que tem sua própria cor e símbolo (Nota da Sra. Slovic: Que são os mesmos que estão no Mapa do Tabuleiro Central), que está ligada a um aspecto do jogo: Quantidade de dados lançados (engrenagem laranja), quantidade de re-rolagens (cruz azul), pontos de movimento (cavalo roxo), cartas de objetivos (montanha verde) e população (trigo amarelo). Todos os símbolos estão nos dados.
- Ué… Era um jogo de civilização e agora virou de Cthulhu com dados não-euclidianos de cinco lados. Alguém está misturando as bolas aqui!
Como diria Jack Estripador, que poderia colocar seu nome no caderninho dele, “vamos em partes”: primeiro, First Empires usa o bom, velho e comum dado normal de seis lados. Segundo, dados de 5 faces existem e não tem nada de não-euclidiano neles. Terceiro, você deve ter pensado em Cthulhu porque se olhou no espelho. Há um sexto símbolo (nota do Sr. Slovic: Uma espada de cor preta) que é usada em invasões.
Depois que um jogador lançou seus dados, ele pode se movimentar pelo mapa. Se o território está vazio, não há problema, mas se está ocupado, seus exércitos só podem entrar se estiverem em maior número que o defensor (Nota da Sra. Slovic: Em outras palavras, você deve ter mais meeples entrando do que a quantidade de seu oponente no local). Caso sua força seja menor, cada dado com a espada aumenta seu exército em um. Os meeples do derrotado são colocados em um território controlado por ele (Nota do Sr. Slovic: O que significa que se o jogador só tiver um território, ele não pode ser invadido).

Assim que terminar seu movimento, o jogador pode incrementar sua tecnologia. Cada símbolo nos dados rolados dão o direito a ele subir na coluna correspondente, mas para isso ele deve ser dono de um território da mesma cor (Nota do Sr. Slovic: Ou seja, para subir na coluna laranja, ele deve ter essa cor em um dado e ter meeples em um território com o desenho da engrenagem). Caso ele tenha tirados dois dados iguais, é preciso estar em dois territórios da mesma cor.
Sempre que subir uma tecnologia, o jogador ganha Pvs e, dependendo do nível, mais dados, re-rolagens, pontos de movimento, cartas de objetivo ou meeples. Além disso, sempre que alcançar um determinado nível, que varia de tecnologia para tecnologia e de jogador para jogador, ele deve colocar uma cidade no mapa. No fim da partida as cidades dão Pvs para seus donos. Caso um território com cidade seja invadido, elas são tiradas do tabuleiro e se tornam Pontos de Vitória para o conquistador.
No fim de 7 ou oito rodadas (Nota da Sra. Slovic: Depende do número de participantes), conta-se a pontuação conquistada com as tecnologias, cartas de objetivo (Nota do Sr. Slovic: Que devem ser baixadas assim que o jogador completá-la), as cidades no mapa e as conquistadas. Quem tiver mais pontos é o grande vencedor.
No geral, First Empires é um jogo bem legal. Rápido, com regras simples e turnos bem dinâmicos (Nota do Sr. Slovic: Quando você menos perceber já é sua vez de jogar novamente). Não espere encontrar as civilizações de sempre como Japão, Alemanha, Vikings… Aqui temos Mulapa, Huaxia, Wallmapu… A arte é bonita, mas em um estilo muito diferente das imponentes imagens épicas dos jogos de civilização. E todos os componentes do jogador cabem em uma simpática caixinha. First Empires é uma opção interessante para quem quer um jogo sobre impérios, mas não tem 4 horas para gastar em uma partida.
E é isso, Shishô!