Desde de que o mundo é mundo, a humanidade nunca ficou parada por muito tempo. Sempre indo de um canto parta outro em busca de novos lugares. Mas se antes a procura era por comida, agora os destinos são monumentos a conhecer e paisagens a admirar. Seja na primeira classe de um avião, ou a bordo de um navio ou mesmo a pé, há muito a ser percorrido para visitar os mais belos lugares da Terra. Venha fazer parte desta aventura. Trekking the World Tá na Mesa!
Trekking the World é um jogo de 2020 criado por Charlie Bink. De dois a cinco jogadores, com duração média de 45 minutos, em Trekking the World os jogadores tentam ser o maior viajante, buscando visitar o maior número de lugares e tendo as melhores experiências possíveis.
- Parece um jogo sobre mochilão. Coisa de hippie e vagabundo.
Deixe de ser preconceituoso e quadrado. É uma antiga tradição, principalmente na Europa, que filhos de famílias abastadas viagem pelo mundo após a formatura, para conhecer um pouco mais sobre a vida (Nota da Sra. Slovic: Claro que como tinham dinheiro, continuavam a ter o mesmo padrão de vida mesmo longe de casa, o que não ajudava em nada a prender algo de muito diferente). E muitas pessoas não tão abastadas (Nota do Sr. Slovic: Ou um tanto desapegadas) gostam de viajar pelo globo somente levando uma mochila e evitando os meios transportes mais luxuosos. O objetivo de Trekking the World é conseguir a maior quantidade possível de Pontos de Viagem, que são obtidos conhecendo lugares novos e coletando suvenires (Nota da Sra. Slovic: Neste quesito, lembra muito Tokaido).
Em seu turno cada jogador deve realizar duas ações. A primeira, que é obrigatória, é se mover pelo tabuleiro. Usando Cartas de Viagem, o jogador move meus meeple e caso tenha um cubo no destino final, deve pegá-lo. Cada cubo representa algo que foi obtido na viagem, como Cartões Postais e Roupas, e pode dar pontuação no fim da partida. A segunda deve ser escolhida entre três opções: comprar Cartas de Viagem; fazer um Tour ou; realizar uma ação de Jornada.
Se decidir comprar, o jogador pega duas cartas, que podem ser abertas ou fechadas. As Cartas de Viagem, que tem um valor (Nota da Sra. Slovic: Que varia de um a três) e uma cor (Nota do Sr. Slovic: São quatro, vermelho, azul, verde e roxo). O número indica a quantidade de movimento que o jogador pode fazer na ação de mover e a cor é utilizada nas outras duas ações. Ao fazer um Tour o jogador vai pegar uma das Cartas de Passeio que estão abertas. Para isso seu meeple precisa estar no local indicado pelo Passeio e gastar uma quantidade de cartas que está determinado na carta. Para pegar uma Carta de Passeio só importa a cor da carta de Viagem e não seu valor. Já ao fazer uma Ação de Jornada, o jogador gasta duas Viagens de mesma cor e realiza o texto descrito carta de Jornada. Na preparação da partida são sorteadas duas cartas de Jornada, que ficam disponíveis para todos os jogadores.
- Você só fala de carta! Isso é um jogo de tabuleiro ou de cartas?
Como diria um filósofo muito mais inteligente que você: “As duas coisas”. Trekking the World tem um tabuleiro central que representa o globo terrestre (Nota do Sr. Slovic: Aqui a Terra não é plana. É possível ir diretamente das Américas para a Ásia ou Oceania) e outro individual onde os jogadores colocam os cubos que pegaram durante suas andanças. O jogador que retirar o último cubo de um continente ganha um token de pontuação. O jogo termina imediatamente quando alguém consegue cinco cartas de Passeio ou o quinto continente fica sem cubo. Soma-se os pontos e quem tiver mais vence a partida.

No geral, Trekking the World é um ótimo jogo. Quem não o conhece pode achar que é um jogo bobo de ficar andando por ai, mas se engana. Apesar de ter regras bem simples ele é um tanto complexo em sua jogatina. Claro que o jogador pode ir de um lado para o outro sem se preocupar com nenhuma estratégia, mas se não observar bem o que os adversários estão fazendo, quais cartas de Passeio estão abertas e onde ficam esses lugares ou não escolher bem as Cartas de Viagem a serem compradas, dificilmente irá vencer (Nota da Sra. Slovic: Claro que há exceções, que são mais legais quando acontecem em sua primeira partida). Cada meeple tem uma forma única. A arte das cartas do Tour são lindas. E não pense que só vai encontrar os monumentos de sempre como o Big Bang ou a Estátua da Liberdade (Nota da Sra. Slovic: Que nem estão no jogo!) e se prepara para conhecer os Lençóis Maranhenses, a Velha Havana, Capadócia e Ha Long Bay, principalmente porque no verso da carta tem um texto bem didático sobre o local.
E é isso, Shishô!