Construímos cidades. Erguemos impérios. Planejamos planetas. Arquitetamos sistemas solares. Forjamos galáxias. Mas nada nos preparou para a tarefa a nossa frente: criar o Universo. Prepare-se, pois Stellium Tá na Mesa!
Stellium é um jogo criado em 2017 por Rémi Saunier. De dois a quatro jogadores, com duração média de 45 minutos, em Stellium os jogadores são os artífices de um universo ainda não existente.
- Não é necessário um jogo para criar nosso próprio universo. Todos temos o poder para transcender as limitações da carne, da planta e da pedra. Vamos dançar e nos tornar um trio de uno com Atoidimüos.
Bicho grilo, o que você tomou desta vez? Se bem que o jogo é sua cara, já que Stellium é um conceito astrológico (Nota do Sr. Slovic: Quando há três ou mais planetas na mesma casa do zodíaco). Durante a partida os jogadores devem colocar vários corpos celestes, que são representados por belíssimas bolas de gude, no tabuleiro, formando alinhamentos celestes para cumprir seus objetivos.
Em seu turno o jogador deve ou pegar uma Carta Objetivo ou retirar uma ximbra (Nota do Sr. Slovic: Sacou?) da sacola e colocá-la em jogo. Cada tipo de esfera representa um tipo de objeto celeste. Há quatro cores: lilás, azul, amarelo e verde, sendo que cada uma tem uma textura própria e, por isso, para ninguém ficar escolhendo o objeto que quer pegar, há um limite de 5 segundos para realizar a ação de retirar a bola de gude.
- Cinco? Pegar? Bola? Saco? Uuuuuhu! Jogo de sacanagem.
Agora acho que já vi de tudo... Um Maluco Beleza possuído pelo Espírito da Quinta Série. Enfim... O tabuleiro é formado por peças redondas (Galáxias) e triangulares (Buracos Negros) e a borda. Os buracos negros são colocados entre as galáxias e permitem que elas girem (Nota do Sr. Slovic: Cria um efeito legal). Depois de montar o tabuleiro, deve-se sortear uma quantidade de objetos celestes para colocá-los em jogo. As casas vazias entre as galáxia e na borda representam os Buracos Negros. Nenhum astro ao entrar em jogo pode ser colocado nesses espaços.

Cada objeto quando entra em jogo faz uma ação que modifica a configuração do tabuleiro. O Azul (Cometa) só pode ser colocado em um espaço já ocupado e empurra quem estava ali um espaço a frente (Nota da Sra. Slovic: O que pode gerar uma reação em cadeia, com um empurrando o outro, até que um astro entre em uma casa vazia ou sai do tabuleiro). Quando o Verde (Planeta) entra, o jogador pode trocar dois objetos adjacentes de lugar. O Lilás (Super Nova) faz um buraco negro atraí um objeto adjacente a ele. E o Amarelo (Estrela) faz a galáxia em que entrou girar (Nota do Sr. Slovic: Pode rodar a vontade, só não pode girar múltiplos de 360°, ou seja, voltar para o mesmo lugar). Após colocar um Objeto do tabuleiro o jogador deve verificar se cumpriu algum objetivo que está na sua mão. Objetivos são Alinhamentos Celestiais que devem estar em jogo nas mesmas configurações que está descrita na carta. Assim que uma carta é pontuada, todos os astros utilizados, exceto um, são retirados do tabuleiro. O jogo termina quando alguém alcançar uma determinada pontuação, que varia conforme o número de jogadores.
No geral, Stellium é um jogo bem interessante. É um daqueles que merece uma bela foto no fim da partida (Nota da Sra. Slovic: E durante também). As regras são simples e fáceis de explicar. As bolas de gude são um show a parte, com suas cores e texturas. Foi uma boa sacada do autor não usar somente bolas lisas, pois o fator sorte durante a escolha da peça ficaria gigantesco (Nota do Sr. Slovic: Equivalente ao que o Banco Imobiliário e Jogo da Vida têm), atrapalhando e muito o andamento da partida. E para minimizar ainda mais o acaso, os jogadores tem quatro tokens que podem ser usados para modificar a habilidade do astro ao entrar no tabuleiro (Nota da Sra. Slovic: Usar a habilidade de uma bola lilás em uma verde, por exemplo), mas saiba usar com sabedoria, pois cada token não usado vale um ponto no fim do jogo.
E é isso, Shishô!