Caro Boardgamers
Pessoalmente, eu não tenho nada contra, que as primeiras posições sejam ocupadas por designers de party games e jogos família. Isso é até natural, na medida em que esse jogos, são mais baratos, por isso vendem mais, e portanto estão presentes em uma maior quantidade de coleções.
O que realmente me incomoda e acaba sendo um distorção, na minha perspectiva, é ter na mesma lista alguns dos maiores designers de jogos da atualidade, quiçá de todos os tempos, juntamente com camaradas, que com todo o respeito, têm apenas um ou dois jogos no currículo, ou apenas jogos variantes dentro do mesmo tema. Esse é o caso dos designers Raphael Guiton, Jean Baptiste Lullien, Nicolas Raoult e Jean-Louis Roubira, que obviamente só estão na lista, por conta do Zombicide, os três primeiros, e por conta do Dixit, o segundo. E olha eu que gosto muito tanto de Zombicide, quanto do Dixit.
Até autores não tão profícuos como o Alan R. Moon, que certamente entrou por conta do Ticket to Ride e o Nikki Valens, que certamente entrou por conta dos jogos Arkham Files, mesmo não tendo produzidos tantas obras primas quanto os figurões da lista, ainda assim fizeram alguns jogos, e não apenas um, com foi o caso dos outros quatro. Outra coisa que eu acho interessante, é que a rapaziada costuma maldizer o Vlaada, por conta do Codenames, mas se esquece que ele também fez o Mage Knight, o Through The Ages, o Galaxy Trucker, o Dungeon Lordz, o Dungeon Petz, o Space alerts, entre outros.
Por conta disso, na minha opinião, para ser considerado um designer de jogos e constar nessa lista, deveria haver um requisito mínimo, de quantidade de jogos criados. No caso desses quatro camaradas citados acima, como há apenas uma amostra, ou mais precisamente, apenas um tipo de amostra do trabalho (no caso do Zombicide), fica até difícil avaliar, se esses sujeitos são realmente bons designers ou se apenas deram sorte de, em um momento de inspiração único, produzirem um jogo que fez um sucesso de vendas avassalador no mercado mundial.
Um forte abraço e boas jogatinas.
Iuri Buscácio
P.S. Para vocês verem que não é só na música que existem os "one hit wonders".