Em uma terra assolada por monstros terríveis, uma cidadela torna-se o baluarte da civilização. Enquanto ela permanecer em pé, a sociedade estará segura, mas se o escudo cair… Por incontáveis gerações, a Cidadela esteve sob o comando da Rainha. Alguns dizem que ela era imortal e que seu poder era o que afastavas as bestas. Outros sussurravam em tom de conspiração que, na verdade, “ela” não existia, era só uma mortal substituída de tempos em tempos por membros de uma irmandade secreta. E ainda os loucos balbuciavam que ela não era apenas um dos monstros, mas sim sua imperatriz e que todos estariam condenados a morrer quando ela saísse do trono para devorar seus súditos. Durante um eclipse, a sala do trono foi trancada por dentro. Ninguém sabia o que estava ocorrendo. Todos os servos da Rainha pessoais da rainha, que nunca eram vistos fora do Salão Real, estavam do lado de fora, atônitos. O que ocorrera? Quando a luz voltou, um pergaminho pregado à porta sentenciava: “Os tempos de mudança chegaram com a escuridão. Em uma nova era, um novo reinado deve prosperar. Aquele que entre os líderes dos Clãs se tornar o mais honrado, deverá abrir esta porta quando a Lua desaparecer e se tornará Regente quando a luz voltar. Assim está decretado”. Líderes de todos os clãs se reuniram para determinar que era o mais honrado. Por dias as discussões foram calorosas e quase fatais, até que se o consenso determinou que em seis dias, quem obtivesse o maior êxito em proteger a Cidadela seria com certeza o mais honrado e mais prestigiado. E assim eles partiram para fortalecer seus exércitos, buscando matar o maior número possível de criaturas. Monster Lands Tá na Mesa!
Monster Lands é um jogo de 2017 criado por Víctor Fernández, Gorla Malta, Sergi Solé Pascual e Daniel Schlosser. Para um a quatro jogadores, com duração média de 30 minutos por jogador, em Monster Lands somos líderes de um clã que pode se tornar o novo regente.
- Isso eu já sei. Você já tinha dito no longo e tedioso texto de introdução.
Mil perdões, vossa alteza sevandija, a este humilde bardo que não consegue expressar de modo a que seu parvo conhecimento literário possa compreender. Monster Lands é um jogo de alocação de trabalhadores que usa dados (Nota do Sr. Slovic: Assim como Ganges), de três cores, Vermelho, Roxo e Amarelo, que representam respectivamente Força, Magia e Carisma. A quantidade de dados que o jogador usa varia no decorrer da partida (Nota da Sra. Slovic: Até mesmo durante o turno).
O tabuleiro principal é dividido em duas grandes áreas: A Cidadela e o Exterior. Para fazer qualquer ação no interior do castelo, os jogadores devem alocar um dado, cuja cor varia de local para local, sendo que somente o amarelo deve ser rolado. Já no lado de fora, todos os dados devem ser rolados.
- Por que não fala logo que primeiro você usa todos os dados de dentro e depois rola os de fora? Que enrolação.
Porque não é assim que se joga, apedeuta. Não há dados de Cidadela e dados de Exterior. Todos os dados do jogador podem (Nota da Sra. Slovic: E devem) ser alocados tanto dentro quanto fora. Se usar tudo em uma única área, bem, a estratégia é sua. Também não há ordem entre um lado e outro. Pode colocar sues recursos onde e quando quiser (Nota do Sr. Slovic: Lógico, se ainda tiver espaço disponível).
Os jogadores começam com uma tropa composta pelo Comandante e um Seguidor. Seu contingente pode ser ampliado com visitas a Taverna, logo depois de passar no Arsenal pegar poderosas Armas e Armaduras ou na Loja de Alquimia para comprar Poções, não se esquecendo nunca de coletar Recursos na Mina e escolher as melhores Armadilhas Alojamento dos Caçadores. Em suma, a Cidadela é onde o jogador se prepara para as batalhas.
- Não me diga. A luta é lá fora, né? Cara, como fiquei surpreso, #sqn, com essa porcaria.
Surpreso estou eu, por ainda aguentar você. As Batalhas ocorrem no Exterior e, se tudo der errado, na Entrada da Cidadela. Lá, os locais são um pouco diferentes em relação a cidadela quando o assunto é alocação dos dados. Enquanto no castelo os jogadores podem colocar seus dados em qualquer lugar, desde que haja espaço, no exterior existem trilhas e uma vez que alguém se posicionou em uma delas, ninguém pode mais colocar nada lá. Há trilhas para Combater os monstros, para Conquistar territórios, para fazer Missões e para Defender a cidadela (Nota do Sr. Slovic: Os monstro só atacam o castelo quando, no turno anterior, os heróis não foram suficientemente competentes para derrotá-los). Em todos os locais têm duas trilhas, que podem ser usadas por um mesmo jogador (Nota da Sra. Slovic: Acontece, principalmente com jogadores desatentos que ficam no celular em vez de prestar atenção no jog. Depois não venha reclamar!), já que é necessário indicar qual membro do grupo realizará tal façanha. Dependendo da trilha escolhida, algumas cores de dados não podem ser usadas.
Novos membros trazem novos dados e habilidades, assim como as armas, mas a não ser que esteja especificado na ficha, eles são do jogador e não do personagem, ou seja, dá para usar em qualquer situação e não só na trilha onde o personagem está alocado. Depois de fazer todas as ações, não se esqueça de pagar o salário de seus mercenários (Nota do Sr. Slovic: E esse é um detalhe bem importante, que muita gente esquece). Diferente do Comandante, os demais membros estão ali em busca de fortuna e não por ideologia. Se não há o suficiente para o soldo, o membro com maior Fama desertará. E um detalhe sobre Fama e Prestígio. O segundo é determinado pela quantidade de monstros derrotados, lugares conquistados e missões finalizadas e a primeira é um valor que define o quanto seu mercenário é poderoso. A somatória da Fama do grupo nunca pode ser maior que seu Prestígio. O jogo termina no fim da sexta rodada ou quando alguém atinge 30 pontos de Prestígio. Vence quem tiver a maior somatória entre os Pontos de Prestígios e vários, mas vários mesmos, pontos de Bônus.
No geral, Monster Lands é um ótimo jogo, divertido e que pode dar o nó na cabeça de muita gente (Nota do Casal Slovic: Não recomendamos para iniciantes no hobby, mas quase nunca damos bolas para isso. Quem quiser jogar, que jogue!). A arte, além de bem-feita, faz os jogadores entrarem no clima. Dá para ferrar amiguinho e dá para jogar na mais completa paz e harmonia entre os clãs, vocês que escolhem como jogar. Cada monstro tem uma habilidade única que pode atrapalhar a vida de quem quer derrotá-lo (Nota do Sr. Slovic: Ou só prender. Há essa possibilidade e normalmente é mais fácil, mas rende menos Prestígio). Monstros fazem combo com territórios, caso tenham símbolos idênticos, assim como os heróis e terras conquistadas. Os aventureiros podem sofre ferimentos e até mesmo morrer, então preste a atenção se seu mercenário é a melhor opção para tal proeza mas a morte de um herói aumenta o Prestígio do grupo e, mesmo que tenha só sido humilhado pela criatura, mas ainda respirando, algum benefício pode ser obtido. Tantas variáveis para se levam em conta! Quem disse que a busca pela Coroe seria fácil?
E é isso, Shisho!
