Concordo, mas o que parece para nós, leigos, é que tem jogos parecidos muito mais caros.
Wingspan é um belo exemplo, onde concorreu com Everdell e ficaram na mesma faixa. Tenho a impressão de que se a pessoa não tinha nenhum, foi de Wingspan (como meu caso) e muitos comprar Evedell por estarem no hobby a mais tempo e já tiveram/tem o Wingspan.
Mas não é a questão aqui. Não vou defender editora, mas tem jogos com muitos componentes como o Banquete a Odin que se acha a 500 e o recém lançado Hallertau por 600. Tá certo que Hallertau me parece que tem mais componentes de madeira, o tornando mais caro. O problema que o valor está muito aquém da maioria das pessoas, mas claro muitas vezes pode não ser culpa da editora. O problema que saem muitos jogos nessa faixa a cada mês e não vai dar pra comprar tudo que quer, e não tô falando de comprar tudo, mas imagina, queria dois jogos por mês, pagar 1000 reais em jogo por mês, é complicado pro nosso padrão.
Mas uma vez não estou reclamando e repassando a culpa as editoras, foi só um desabafo.
Interessante ponto de vista.
Segmeyer ganhou pontos comigo!!!
Acho, particularnebte, que querer lucrar não é nenhum pecado, só reclamo quando a coisa é surreal.
Entendo a questão do transporte, e sei que passamos por um mome to que há uma pressão inflacionária sobre os valoees dos jogos.. vamos ver se isso vai reduzor com o tempo!!
Parabéns pelo sucesso no texto anterior, gostei bastante, assim como esse, e obrigado pelo conteúdo de qualidade.
Eder Miguel::Parabéns pelo sucesso no texto anterior, gostei bastante, assim como esse, e obrigado pelo conteúdo de qualidade.
Muito bom o texto, como de costume.
evieira::
Assumindo que a Stonemaier cobre da Grok o mesmo que cobra aos seus demais distribuidores (não vejo porque ela faria diferente), esta recebe o jogo a 24 dólares.
Cico::Muito bom o texto, como de costume.
evieira::
Assumindo que a Stonemaier cobre da Grok o mesmo que cobra aos seus demais distribuidores (não vejo porque ela faria diferente), esta recebe o jogo a 24 dólares.
Sobre esse ponto aqui, será que não vai ter uma diferença forte de tributação entre o que a empresa vende no mercado interno e o que ela exporta?
Outra coisa: as importações estão tão complicadas (câmbio mais logística) que a gente tem visto empresas daqui tentarem uma produção mista, fabricando no Brasil uma parte do jogo, como no caso do Maracaibo e Um Banquete para Odin. Mesmo sem a transparência da Stonemayer, alguma coisa deve estar bem complicada no mercado externo para eles estarem investindo nisso.
Por último: grande parte do mercado nacional é uma subsidiária da Asmode, e talvez ela não aplique exatamente preços de mercado quando exporta para a filial
Primeiramente, parabéns pelo texto, até me deu vontade de comentar (algo que raramente sinto). Dando meu pitaco sobre o assunto, partindo de um ponto de vista de um leigo que não acompanha o hobby dos BG a tanto tempo assim, mas que já vem de um colecionismo de quadrinhos, vejo uma semelhança entre o movimento desses dois mercados geeks: o nicho virando cada vez mais nicho. Seja nos jogos com componentes cada vez mais caprichados ou nos quadrinhos de capa dura dominando as prateleiras, temos produtos cada vez mais gourmetizados, mais caros e para um público mais específico. Isso gera algumas consequências:
Prós
- possibilidade de termos acesso a produtos que antes pareciam impossíveis (já que o objetivo não é vender dezenas de milhares de unidades, basta existir uma centena de pessoas capazes de bancar o luxo);
- um mercado muito pequeno (e baseado em quem ganha acima da média), pode acabar sendo mais sólido e resistir melhor a crises;
- produtos maravilhosos, com uma apresentação inegavelmente apelativa.
Contras
- exclui uma parcela grande da população que pode até querer consumir quadrinhos e jogos, mas não consegue pagar os valores elevadíssimos;
- cria uma geração de "lombadeiros" que se preocupam mais com formato do que com conteúdo (belos quadrinhos sem história e lindos jogos com mecânica pobre);
- ao mesmo tempo que permite apostas isoladas (como uma Pipoca e Nanquim trazendo "Luz que fenece" ou a Galapágos trazendo PaxPamir), o mercado é pequeno demais para apostas que exigem investimento de longo prazo (as tentativas de trazer LCG para o Brasil só trouxeram dor de cabeça para as editoras nacionais e o mesmo serve para séries como Corto Maltese ou Peanuts completo no mundo das HQs).
Olhando para o próprio umbigo, sei que sou "parte do problema", pois compro mais quadrinhos/jogos do que consigo ler/jogar, mas gosto de pensar que também sou parte dos consumidores que acabam sustentando essas pequenas empresas (no máximo médias). Espero não ter soado como "o pessimista que acha que antigamente era melhor", nem como "o otimista que acha que estamos melhorando sempre", mas certamente ficou claro que estou mais próximo de ser considerado um passador de pano de editoras do que de ser hatter. Não precisamos tratar empresários como vilões, nem como heróis. Existem muitas críticas válidas para as empresas, inclusive em relação a precificação de produtos, mas definitivamente não existe "solução fácil" como alguns tentam acreditar.
Enfim, nem entrei tanto assim no seu ponto de tentar aproveitar as informações do Stegmaier, mas acho que acabei tocando no mesmo assunto das margens das editoras e de um mercado cada vez mais nichado (tanto que muitos nem tentam mais massificar seus produtos, com exceção do Renato que um dia ainda vai conseguir vender Piratas nas Lojas Americanas).
Parabéns novamente, desculpe pelo longo devaneio e vamos torcer por um mercado cada vez maior, mais forte e mais transparente (como Jaiminho).
Ótimo texto!!!
Nos coloca pra pensar e não só sair bombardeando, culpando os preços caros. Lógico que há casos e casos, mas essa reflexão nesse ponto de vista foi muito bom.
AntonioEuMesmo::Primeiramente, parabéns pelo texto, até me deu vontade de comentar (algo que raramente sinto).
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