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O título pode ser um pouco enganador.
The Court of Miracles (Tribunal dos Milagres) está situado no submundo sombrio de Paris do século XVI. Os 2-5 jogadores representam guildas de mendigos e ladrões que procuram construir a sua fama (ou deveria ser infâmia?

) O cenário é semelhante ao descrito em The Prince and the Pauper de Mark Twain, embora isso tenha sido ambientado do outro lado do Canal da Mancha, no submundo de Londres do século XVI.
Em The Court of Miracles ganha primeiro quem colocar no tabuleiro os seus seis marcadores de renome ou tendo os marcadores de maior reputação no tabuleiro quando o 'Penniless King' (um marcador de personagem não jogador) chega ao fim da sua longa trilha que atravessa o tabuleiro.

Ilustrado por Vincent Brugeas e Guilhem Gautrand, e publicado por Lucky Duck Games e Lumberjacks Studio, The Court of Miracles é um jogo de alocação de trabalhadores e controle de área. Os jogadores começam com três ne'er-do-wells (trabalhadores) à sua disposição, e os adversários não conhecem a força da unidade que vão colocar num local para fazer a sua ação até haver um confronto para o controle da área. Isto ocorre quando os três pontos no local são preenchidos ou quando o marcador 'Penniless King' atinge o ponto de disparo apropriado. Os jogadores comparam os pontos fortes das unidades ali colocadas e o controle vai para o jogador com o valor mais alto (ou a melhor posição em caso de empate, como geralmente acontece). Os outros jogadores retiram os seus trabalhadores e o vencedor consegue colocar um dos seus marcadores de reputação nesse local. Controlar uma área dá direito a uma moeda cada vez que outro trabalhador seja colocado neste local (mesmo que seja um trabalhador seu) mas os seus marcadores de reputação são vulneráveis nos locais porque podem ser devolvidos ao seu tabuleiro individual se subsequentemente perderem o controle.
Para colocar os seis marcadores de reputação, terá de colocar pelo menos alguns deles na Renown Square. Isto requer simplesmente um trabalhador colocado num local específico (Les Halles) - não é necessário o controle da área do local. Contudo, terá de pagar para colocar um marcador na Renown Square, por isso precisará ganhar dinheiro suficiente com outras colocações... As regras, a propósito, designam a moeda no jogo de forma bastante clara como "moeda". Tematicamente, deveriam ser referidas como libras (sim, até à parte da carta do século XVI, a principal moeda da França era a libra francesa!).

The Court of Miracles tem um design muito elegante com muitas escolhas sedutoras para os jogadores. Um rival pode ocupar um lugar que você queria, mas há quase sempre outra opção interessante disponível; e há também locais que valem a pena colidir com um rival. Gostamos especialmente do elemento blefe de alocação de trabalhadores, que é realçado à medida que os jogadores tomam ações de atualização que lhes permitem substituir um trabalhador por um provavelmente mais poderoso retirado de uma bolsa - despejando o trabalhador substituído como um corpo flutuante virado para baixo no Sena. Adoramos o maior desafio de jogo com maior número de jogadores, onde há muito mais competição por lugares em cada local do tabuleiro.
Os jogadores vão coletar cartas durante o decorrer do jogo e estas podem ser bastante poderosas, embora algumas sejam bastante pontuais. Cartas que, por exemplo, exigem que outros jogadores lhe deem 1 moeda, mas podem causar uma mudança significativa de sorte se estiver jogando com um total de cinco jogadores. As cartas, a propósito, são todas modeladas em cartas clássicas de tarot, e adoramos a arte atmosférica de Ronan Toulhoat.
The Court of Miracles é belamente produzido e corre perfeitamente com o tema. Se o jogo tivesse sido ambientado no subúrbio escuro da Londres vitoriana, todos nós teríamos mergulhado nos sotaques Artful Dodger e Dick Van Dyke, mas infelizmente, nenhum de nós tinha ideia de como deveria soar um sotaque do submundo parisiense medieval. Quel malheur!
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Traduzido*** por Kaique Vieira
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