O Hype depende também de um outro conceito negativo: FOMO. Enquanto no Hype ficamos empolgados para viver uma experiência positiva (comprar, ver, jogar, ir...) com recompensa - e vocês apontaram elementos que podem gerá-lo -, do outro lado da moeda, sentimos o "medo de ficar de fora", a apreensão de não fazer parte do grupo que participará da experiência (pela indisponibilidade de cópias, pela perda do timing de ver, por você não conhecer quem tenha o jogo, pela dificuldade em ir...). Há um risco real ou imaginário de que você não apenas não viva a experiência recompensadora, mas há também um risco de que seus esforços sejam frustrados. Logo, você não pode se esforçar pouco, você tem que se esforçar muito e precisa alimentar o desejo para que, na hora, você vá com tudo e consiga!
Então você entrou no seleto grupo de felizardos.
Eu não consigo pensar no hype, como hype, sem pensar também no fomo que o alimenta. Porque, se você estiver empolgado/animado/entusiasmado/desejoso/anelante/ávido por algo que queira muito experimentar e viver aquele momento, mas ao mesmo tempo, "se não der, não deu" e não tem problema com isso. Se está "tudo bem" perder a experiência, alguém consegue considerar que você está "no hype"? Você consegue se ver "no hype"? Eu acho que é "não" e "não".
Daí, para ter saúde mental e emocional, é preciso perceber que o que lhe gera hype, gera também fomo.
E a frase "O hype é real" acabou de ganhar um significado negativo.