Será necessário falar um pouco de mecânicas ainda, mas o foco é em pensar como se espelha e se compara o feeling de sentar pra jogar um, ou o outro desses 2 jogos... Então vamos lá! Não é uma mecânica, mas ambos entregam o que alguns chamam de “gerenciamento de crise” e isso “comba” totalmente com fazer trabalho em equipe bem feito, ou guardar o jogo/refazer o setup inicial várias vezes
. Consideramos pandemic muito mais difícil, com taxa de vitória/winrate muito menor, dá pra ver isso ao deixar os 2 no “ligados no mínimo”, ou seja no mais fácil. No caso do ilha, vira passeio e aprendizado, no caso do pandemic você estará jogando uma partida “ok”, não tem ares de tutorial não. Um ou dois erros no pandemic podem dinamitar uma partida inteira, o ilha é bem menos punitivo. E nessa ideia de gerenciar crises, em pandemic você se sente esmagado pelas urgências no bom sentido(sim, existe bom sentido pra essa vibe hehe) já no ilha, a depender do turno, você nem usa as 3 ações, estilo: “tô por 1 carta de pegar esse artefato pessoal, vou drenar aqui e passo a vez pra ficar perto do local, ok?” aí dependendo do que o jogo fornecer você pode ter o famoso “turno inútil”. Em diversas partidas isso não se apresenta, mas por vezes acontece mais de 1 vez na mesma jogatina.
Nos 2 boards você ora aos deuses toda vez que passa vez, cruzando os dedos para ao passar, o jogo te dar mais 2 pecinhas do quebra cabeça , ou melhor 2 cartas desejadas, sendo que junto com elas você pode revelar e resolver uma famigerada carta de pandemia ou inundação. De forma espelhada elas irão aumentar a velocidade que o jogo resolve as coisas contra os jogadores, e resetar, ou melhor, gerar uma reembaralhada o que fará com que locais já em situação complicada terminem de ir pro saco, o que se traduz em surtos no pandemic, ou afundando e saindo do tabuleiro no ilha. No primeiro você quer evitar surtos que são uma das formas de perder, e no segundo evitar que esse baralho fique cada vez menor o que leva a uma ilha menor que é consumida mais rápido.
Uma possível reflexão final
Ambos estão segmentados em conquistar como um grupo, partes de uma vitória (4 partes por sinal) mas pandemic é como assistir uma temporada de série, e ilha proibida um filme. Não em referência ao tempo gasto jogando, mas em referência ao nível de detalhamento e coisas acontecendo. Freneticidade está presente em ambos, mas o pandemic claramente trabalha mais variáveis! Essa postagem não foi apenas para chegar ao final e dizer que o ilha proibida é digamos um recorte do pandemic, mas sim que ele serve para quick match ou para casar com 1 ou 2 outros jogos rápidos ou médios. Esses 2 jogos entregam “servição” se você for fã da abordagem, caso não, pode rolar o feeling de tarefa infinita, que ocorre em todos esses jogos de cooperação que tem uma fase pra reposição de ameaças que se torna contínua e que vai escalonando. Então tirando esse desagrado que alguns jogadores sentem, e que é direito de todos para os quais os jogos não dialogaram, não divertiram, ambos são mais do que decentes exemplares desse tipo, desse feeling de superar o jogo de forma tática e aqui e ali estratégica. Se for pra dizer quem é o homem e o monstro quem é? qual dos dois merece um lugar ao sol, a resposta é simples mas não precisa ser unilateral. Tem uma quantidade boa de jogadores que curtem cooperativo no grupo? Pode pegar os dois. Precisa escolher um deles? Vá de pandemic por ter mais camadas(inclusive uma camada de 100 reais a mais no preço hahaha, mas a grosso modo “vale”) desde que saiba combater o alpha player (sim, o mandão ou mandona que pilota todo mundo) pois pra quem joga muito, parece bobagem, mas pandemic pode gerar aquela vibe “faço o quê”? em novatos.
Então finalizando sobre esse gerenciamento de crise (que como dito não é uma mecânica, mas um feeling de partida), sempre vai ter hater ou pessoas que não curtem muito. “Aff matei os zumbis e vem mais”, “limpei as doenças e vem mais”, “apaguei o fogo” e vem mais (nesse caso estamos falando de Zombicide/pandemic/flashpoint) Quem não curte costuma chamar de “enxuga gelo”... Daí isso serve pra forbidden Island, horrified, até mesmo eldritch horror (portais e monstros q ressurgem), ou seja todo Coop com respawn de coisas algozes dos jogadores (Kick ass, dead of winter etc). Vale dizer que em uns é mais gritante, em outros meio que moderada a reposição dos problemas que o jogo propõe. Eu inclusive acho interessante como opinião, como preferência lúdica. Remete a senso de cumprimento, recompensa, perfil de jogador, uma série diversificada de fatores.
Então por enquanto é isso, até o próximo reino a explorar, batendo forte, e também batendo de “kina”! 
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