Alma Mater... Um conceito interessante. Tenho só duas coisas para dizer sobre o assunto. Em primeiro lugar, Alma Mater é uma frase alegórica em latim usada para designar a Universidade em que alguém se formou. Por fim, e o mais importante, Alma Mater Tá na Mesa!
Alma Mater é um jogo lançado em 2020 por Virginio Gigli, Antonio Tinto, Flaminia Brasini e Stefano Luperto. De dois a quatro jogadores, com duração média de 120 min, nele temos que criar a mais prestigiosa universidade durante o Renascimento.
-Eca! Eu jogo para não pensar em estudos!
Sabe nada, inocente. O jogo de tabuleiro é uma incrível ferramenta pedagógica, você joga e nem percebe que está aprendendo (Nota do Casal Slovic: Ficou interessado? Procure o Instituto Jedai para saber mais sobre o assunto). Em Alma Mater temos que contratar professores, atrair alunos, fazer pesquisas para aumentar o prestígio da instituição, e esse é exatamente a grande questão do do jogo. Temos muito o que fazer, mas com pouquíssimos recursos. Há vários caminhos para a vitória e é impossível seguir por todos.
O jogo tem duração de seis rodadas, onde em cada uma temos que alocar nossos mestres para fazer as ações. Porém sempre que alguém coloca seu meeple em uma área, para outro jogador fazer a mesma ação deve colocar dois meeples, o próximo três… Só existem duas áreas onde a colocação é livre, no resto, deve-se pensar muito bem no planejamento da jogada.

A arte e os componentes de Alma Mater chamam a atenção (Nota da Sra. Slovic: Como não amar os marcadores em forma de livro?). O designer gráfico caprichou. A arte é idêntica a Coimbra (Nota do Sr. Slovic: Não por acaso, ambos os jogos têm dois criadores em comum e o mesmo artista). As regras são simples, mas a iconografia pode assustar um pouco no início, mas logo se torna óbvia. A partida flui bem, mas pode travar em certos momentos, com certos jogadores, por causa das regras de alocação. E tome cuidado com aquele colega que não gosta de jogos com mecânica de “take that” (Nota da Sra. Slovic: Em bom português, Toma Essa. O famoso fura olho).
- Está falando comigo?
Não! Mas se a carapuça serve, azar o seu! Isso acontece quando alguém faz a ação de pegar um dos livros da biblioteca do adversário. Mas essa ação é benéfica para ambos, já que quem pegou precisa de livros diversos para recrutar alunos e professores e quem perdeu recebe dinheiro, que é um recurso extremamente escasso no jogo. Sem essa “economia de troca” os jogadores não muito o que fazer na partida (Nota do Casal Slovic: Ouça nosso conselho. Tentamos uma partida no estilo paz e amor, sem ninguém roubando de ninguém, e não foi tão legal. Na verdade foi muito difícil fazer o que queríamos).
Alma Mater tem uma grande rejogabilidade, pois vem com muitas cartas de Professores, de Reitores e de Pesquisa, assim como marcadores de Objetivo. Só alguns de cada são usados em uma partida. E como a disposição dos alunos também varia, cada jogo será diferente.
No geral Alma Mater é mais um grande jogo da escola italiana que vai fazer sucesso, assim como Marco Polo, Newton, Grand Austria Hotel, Leonado Da Vince, e Tzolk’in já fazem. O jogo é bom e muito estratégico. Quem gosta de Coimbra e Lorenzo, certamente vai gostar desse.
E é isso!