Prepara que lá vem textão dos bons!


Jogatinas

Primeira partida do ano foi um GWT + Rails to the North com A Noiva. As vezes tenho medo de enjoar desse jogo, mas cada partida me traz novas formas de jogar, novas manobras e interação entre construções.

Nota 10 com S2

Deu vontade de continuar explorando outros títulos do Pfister, e o jogo mais deixado de lado aqui no grupo era o Blackout: Donkey Kong do Lanzen. A primeira partida foi há mais de um ano deixou um gosto bem amargo.

Bora ver se a opinião muda!





Lanzen trouxe o jogo e me reensinou as regras e de cara já achei mais simples do que lembrava. Partida rápida com 1 horinha de jogo e apenas 2 pontos de diferença. Como eu perdi, fomos para a revanche. Tomei um coro, mas gostei (ui!) do tal “jogo ruim”.

No dia seguinte mais partida para degustação. O jogo virou CRACKout: Honk Kong, fiquei viciado.





E no dia seguinte mais DUAS PARTIDAS! Esses Jows estão loucos!

Depois desse intensivão de 5 partidas ficou claro que “jogo ruim” ele não é, mas revendo a primeira experiência que tivemos, acho que foi um conjunto de fatores que culminaram numa situação longe da ideal para aproveita-lo.

Expectativa: joguei achando que ele era o Mombasa 2.0, o que ele não é. Diferente do irmão Africano que exige um mega-planejamento e onde um turno mal feito destrói seu jogo, o Coreano é um jogo que a cada rolar de dados e limpeza de cartas obriga os jogadores a se adaptarem para extrair pontinhos picados aqui e ali.

Explicação: A primeira passada de regras que não caiu bem, e as 8 fases não fizeram tanto sentido. Com o melhor entendimento atual, caso fosse apresentar o jogo a um novato, diria que é um "Jogo de completar contratinhos".

Design Gráfico: a aparência e usabilidade de um jogo influencia muito o primeiro contato, e a versão que jogamos aqui é é muita falha nessa parte.

Nota 7, antes era um 4. O jogo está longe dos Pfisters clássicos, mas ainda é um bom jogo de cumprir contratos e se virar nos 30.

Tive a oportunidade de ensinar Brass: Lancashire para um Civil. A Carol entendeu o jogo antes da primeira pontuação, mas fez várias vezes a clássica pergunta: “Posso construir aqui com essa carta? (Mostra carta)". Sucesso!

Nota 10, porque é bom demais, e até Civil pode jogar e curtir

No dia seguinte recebi a visita do Michelzinho, que chegou com um saxofone (!?!) e sede por joguinho. Ele foi cobaia para desbravar duas expansões do meu shelf of shame.





Começamos com Isle of Skye: Druids, segunda expansão do jogo. Ela traz um novo display com tiles cheios de pergaminhos e super poderes (5 diferentes). Já da pra sentir aquele cheirinho de Pfister parecido com quando se desbloqueia uma coluna de cartas no Mombasa, aumenta o limite de mão no GWT.

Nota 9 para uma expansão que só melhora o jogo sem adicionar complexidade, chega até a aliviar a pressão da precificação que em alguns grupos (aqui) pode gerar certo AP.

Depois veio Isle of Skye: Journeyman, polêmica primeira expansão que adiciona peso no jogo (de 2.24 para 3.11 no BGG). Traz um novo tabuleiro de jogador com 3 trilhas distintas que podem ser avançadas em busca de pontos, dinheiro e mais super poderes. Novamente o DNA do designer presente forte.

O novo desafio de andar nas trilhas é tentador pelas recompensas, mas pode tirar o foco das janelas de pontuação. Decisões bem boas e por conta do novo peso, um certo APzinho e maior tempo de jogo, porém um partida mais satisfatória.

Nota 8 pelo novo e interessante mini-game, porém não vai encaixar em toda a jogatina.

No dia seguinte jogamos com AMBAS expansões. Tudo junto (promos também) o family game vira um euro médio. É como se a mecânica básica do IoS fosse apenas a engine de um jogo maior (Que batizo de Isle oFULL Skye). Você tem que ficar ligado em preço dos tiles sorteados, na pontuação da rodada, no que está disponível no display do Druids, nas trilhas que quer andar no tabuleiro do Journeyman… se sobrar tempo você olha o que o oponente está fazendo também.

Nota 9 para o conjunto da obra. Um euro médio bem na medida, com baixa-média interação, cheio de corridinhas, serotonina em alguns bônus, desenvolvimento assimétrico dos jogadores e que joga relativamente rápido.

Depois o Lanzen trouxe Trains e jogamos com Michelzinho. Ainda tenho prazer em jogar esse deck building com mapa, mas as vezes parece que as partidas são mais longas do que deveriam.

Nota 7, antes era 8 (e já esteve até no Top 9 do Jow)

Saímos de mini-férias e durante visita a casa do Gregório/Jéssica, avistei um Sid Meier’s Civilization: Um Novo Amanhecer largado na estante. Pedi pra jogar e lá fomos nós para uma explicação torta que resultou em uma partida sem foco em terminar com duração pra lá de 3 horas. Mesmo assim curti o jogo e fiquei bem curiosinho para jogar mais.

Nota 8 pela vontade de jogar novamente e entender/explorar melhor as "estrategi".

Chegando em casa dessas férias, passei 8 horas lixando minhas 96 réguas de angelim (!), e a noite nos preparamos para receber o isR34L que veio passar uma semana com os abigos na região.





Ao ver o Red7 recém adquirido na minha estante, a fanboyzice de Innovation/Carl Chudyk do isR34L pediu pelas cartinhas de arco-iro.

Nessa primeira partida A Noiva trincou a cabeça, travando a cada rodada sem saber o que fazer. Nem as perguntas para as dúvidas ela conseguia formular (lol)! Foi tragicômico, achei que ela nunca mais sentaria num mesa de jogos.

Nota 7 com potencial para melhorar assim que todo mundo tivesse entendendo o jogo

Em seguida jogamos duas partidas do também novo LHAMA. A Noiva curtiu, mas eu e o Israel Fonseca ficamos com uma sensação estranha. Não conseguíamos entender onde estava o jogo, qual era a diversão naquelas ações mecânicas. Parecia algo automático e com poucas decisões. O QUE DIABOS ESTAVA ACONTECENDO?


Percebendo nossa falta de conhecimento sobre carteado, A Noiva revelou uma parte de sua sabedoria discutindo sobre diversos tipos de jogos e formas de pontuar/vencer. Acabamos jogando Cacheta/Pife e nos divertimos, principalmente com uma sequencia de 7–8–10 do isR34L (olha o nível dos jogadores). Saímos do jogo com as palavras chave trunfo, vaza e trick-taking.





Tivemos um dia de pausa de jogatina para afazeres mundanos (ou, pintar 96 réguas de angelim). Trabalho braçal que contou com isR34L e Lanzen, e resultou em um possível envenenamento por produtos químicos.





Terminamos a noite assistindo o video do The Crew do No Pun Included. No dia seguinte o jogo estava na pre-venda em lojas brasileiras pela Devir, com o título de A Tripulação. Um sinal das estrelas?



No outro dia chamamos um casal de civis pra jantar e botamos Red7 na mesa. Mais de 1 hora na mesma partida, A Noiva estava extremamente incomodada depois de ficar meio “trancada” nas jogadas dela. Começou a reclamar “Esse jogo é muito difícil, era pra ter jogado LHAMA, o pessoal não está entendendo como joga” (e as visitas jogando bem de boa lol).

Permanece a Nota 7, mas o jogo mostra que tem mais nuances do que eu esperava, ótimo sinal!

Quinta-feira de manhã tivemos um encontro com um amigão virtual, o Jairo Tx. Ele é designer do Dragon Fest e faz tempo que queria me mostrar o jogo. Como falei no ultimo post de 2020, jogar online era uma barreira para mim, e acabei não tendo contato com as ferramentas por pura preguiça/birra. Aproveitei a presença do isR34L e recebi um curso presencial de Tabletop Simulator.

Infelizmente não terminamos a partida, mas fiquei impressionado com o peso, a arte, o design gráfico e a identidade própria do jogo. Espero contribuir com meu feedback!





A tarde fomos mais a fundo no The Crew. Assiste unboxing, gameplay, review etc. Quando me dei conta o isR34L já estava com um guia para montar o jogo com baralho normal. Momento print and play.

Jogamos no modo estudo, ou seja, jogando e comentando, tentando entender o que era tão legal no jogo, porque a falta de comunicação agrega, o que diabos é um jogo de vaza, e porque estamos usando baralho da Alice no País das Maravilhas (lol). Ficou uma boa impressão do jogo, mas ainda nos sentindo BURROS.

Nota 2 pros jogadores incapazes.

Lanzen se juntou a nós. Era hora de uma experiência a três (!) de Blackout: Honk Kong. Fora o aumento de tempo de jogo sem aumentar downtime, houve uma melhora nas oportunidades de pontuação por áreas do mapa. Adicionamos o tempero de uma regra da campanha que achei legal, dando uma variada na condição de pontuação/vitória.

Nota 7, local onde esse filho do Pfister deve permanecer.

A Noiva chegou e jogamos um clássico das famílias alemãs: Alhambra. Após a primeira partida ela pediu uma revanche e meteu uma pontuação record na gente. Entendi porque esse jogo é um clássico familiar há 17 anos: poucas regras, bom tempo de partida, puzzle desafiante e fácil de marcar o amiguinho nas maiorias.

Nota 7 que todo bom family recebe antes de enjoar

Na manhã seguinte insistimos em nossa cópia mal feita de The Crew, montada com baralho da Copag, Moedas de Pax Pamir, fichas de Pax Trans e um amigurumi do Ctlhulhu. Jogamos algumas partidas com o Jarvis nos ajudando.

Depois em 3p o jogo improvisado cresceu ainda mais. Fizemos as 4 ou 5 missões iniciais que serviram muito bem o propósito de ensinar o que era um jogo de vaza e como eram as regras básicas do próprio The Crew. O isR34L já pegou uma cópia em leilão de tanto que curtiu. Fiquei tentado a jogar mais, mas quero PAGAR PELA CÓPIA.

Nota 7 por ensinar a mecânica de vaza e contagem de cartas (sim, chegamos atrasados nessa mecânica). Se a genialidade disso tudo junto se confirmar, pode subir ainda mais!

Em seguida foi a hora de relembrar um clássico, talvez o primeiro jogo moderno que me impressionou e aquele que fez eu criar meu instagram dedicado aos jogos: Power Grid.

Sentimento mistos. Gosto do tema e do mercado de insumos, acho legla a variedade de usinas, até curto a arte com cara-de-velha-de-propósito e até entendo sua importância para o hobby e porque é tão clássico, MAS o leilão (em qualquer jogo) me mata. Não sei calcular direito o quanto cada coisa vale e fica uma pressão gigante para não cagar o jogo meu e dos amigo jogando valores errados. Apesar de não tem grande prazer jogando, estou olhando quanto custa uma cópia para poder jogar bem quietinho e dominar essa fera.

PS: Aquele dinheiro de papel é ridículo! Usamos Iron Clays do Brass.

Nota 7, mais por incompetência minha do que pelo jogo em si.

Depois de vender várias arroubas de carne no Slow Jow BBQ, o trio red_djow, Lanzen e isR34L puxou seus notebooks e foi testar Hallertau, novo jogo de fazendinha do Uwe Rosenberg que a Galápagos anunciou por aqui.
Assistimos um vídeo no dia anterior, mas não foi o suficiente pra pegar o jeitão do jogo, então seguimos da pior forma: Tabletop Simulator (pior ambiente), Leitura de Manual enquanto joga (pior prática) e a noite quando a bateria da turma tava baixa (pior horário).

Após a primeira rodada (de 6) o jogo se encaminhou bem e as 10 fases já não assustaram tanto. Me lembrou Viticulture pelo clima mais relaxadinho de jogar e a importância (e sorte) das cartas. A duração foi longa pelo aprendizado, mas jogaria novamente.

Nota 7 pela experiencia conturbada.

No dia seguinte, pós-labuta, pude apresentar a expansão Isle of Skye: Druids pro isR34L e a A Noiva. A expansão só melhora a experiência, pois aumentou a quantidade de peças e expande as opções de montagem e construção de combinhos. Particularmente prefiro terminar o jogo com 15 peças em vez de 8.

Nota 9 para a expansão que a partir de agora vai estar em todas as partidas.

E lá vamos nós novamente para o Red7. Dessa vez A Confusa Noiva parecia confiante, decidimos adicionar As Regras Opcionais (efeitos dos números impares). Meu Deus dos Jogos! Ai o jogo brilhou, fomos até o último round com todo mundo na boa pra vencer! Fiquei de cara com as possibilidades e as saídas inteligentes que o jogo abre. Muita coisa massa pode acontecer nesse baralho de 58 cartas.

Nota 8 (antes era 7) pela genialidade que o jogo faz você achar que possui.

Chegaram Lanzen e Sua Senhora. Decidimos ir pro LHAMA e foi acertado jogar em 5. Dessa forma ele brilha como deveria com bastante barulho a cada final de rodada e depois, todo mundo querendo mais uma partida.

Nota 7. Um jogo sem grandes decisões mas divertidão.

A turma foi dormir mas eu e o isR34L fizemos um tira-teima do Hallertau na madrugadinha. Depois de 1 hora e pouquinho de partida chegamos ao veredito: “Hallertau é um jogo para casais”. A interação é mínima, as fases podem ser jogadas simultaneamente, a liberdade de jogar cartas a qualquer momento elimina o downtime, o tema é agradável e o puzzle do tabuleiro pessoal é suficiente para satisfazer os mais empolgados.

Nota 7 por ficar na mesma faixa de euros acessíveis para vários públicos e gostosos de jogar.

Falando em tira-teima, tivemos a idéia de jogar um clássicão do Uwe para entender onde Hallertau se encaixava no microverso do autor. Achamos o Agricola: Revisado no TTS e as cabeças explodiram! Cada trabalhador alocado é uma gota de suor escorrendo na testa, a tensão da preparação para as colheitas futuras e alimentação, e aquelas cartas… meu, as cartas. Me senti tão vivo!

Nota 9. Estou em busca de uma cópia. Ajudem o Jow a realizar esse sonho, porque deve ser a quarta vez que me apaixono por esse clássico e não tenho coragem de comprar.

isR34L foi dessa para uma melhor (a casa dele). Obrigado Jow por ajudar a reacender a chama do joguinho aqui no Jowzinho!





A Noiva me convidou para um Isle of Skye e topou adicionar Journeyman. Jogo foi liso e agradável, aquele Euro médiozinho com boa duração e fritação suficiente.

Nota 8 para Journeyman, bem legal mas nem sempre vai ser bem vindo. Um 9 pela experiência geral.

A convite do isR34L conheci Carnegie no BGA, novo jogo da Quined Games que a Mosaico Jogos vai localizar. Com duas partidas já deu pra pegar o espirito do jogo. Tem a pegada Puerto Rico que o Lpporto bem comentou no seu review. Achei pesadinho mas na segunda partida já tínhamos caminhos e estratégias a explorar, sinal de que o jogo cresce a cada partida. Minha única preocupação é o tempo de jogo, que em 2 já foi pra lá de 1 hora, isso com tudo automatizado no BGA.

Nota 8 por ser aquele Euro que agrada, apesar do peso inicial.

Coleção


Primeiramente, parei de listar na Ludopedia os RPGs que tenho. Na prática são só 2 ou 3, mas acaba deixando meio poluída e a visão dos BGs. Agora mantenho a coleção de BGs exclusivamente, assim como faço no BGG.

LHAMA (Dragon’s House)





Depois de meses de reclusão e 2 adiamentos de viagem, finalmente eu e A Noiva saímos um pouquinho de casa. Ficamos alguns dias em Floripa, A Ilha da Magia, onde pude matar a saudade da época de jogador de Magic: The Gathering visitando a Dragon's House. Me impressionou o tamanho do estoque e variedade de BGs, praticamente todos os jogos lançados nas ultimas semanas. Depois de olhar muito as prateleiras e a conta bancária, compramos um LHAMA da PaperGames.

Red7 (Ludus Sapiens)





Na volta para casa passamos em uma lojinha nova na região de São José, no Kobrasol. A Ludus Sapiens (do Marciel) tem atendimento TOP e acervo atualizado. Após olhar novamente a conta bancária resolvemos levar mais um PaperGames pra casa: Red7. Tinha jogado uma vez online no BGA com o Lanzen e ficou boa impressão.

Taco Gato Cabra Queijo Pizza (Amazon)





Uma das noites de jogatina o isR34L sugeriu o tal Gato Cabra Queijo Pizza. Assistimos o gameplay do De Quem é a vez? e morremos de rir. Para minha surpresa A Noiva ficou louca pra jogar (nunca vi aquele fogo nos olhos dela). Comprou na Amazon (clicou duas vezes e comprou DUAS cópias sem querer lol).

Promo Bandido Missão Impossível 2





Cobrei um valor simbólico só para ajudar no envelope e combustível, mas nunca esperava receber esse agradecimento:

Foi um prazer te conhecer! Nosso hobby esta cheio de gente incrível como você! Por isso é muito gratificante fazer parte dele!!!

Alien RPG (New Order)

Fiz a pre-venda, o dinheiro acabou, não consegui cancelar, a encomenda chegou, foi aberta para conferencia e (por sorte) vendida rapidinho. Nunca vou ficar tão agradecido pelo rapaz que mostrou interesse em adquirir, me ajudou bastante nas contas.


Destaques


Praga Caput Regni: Eu sei que não deveria olhar, eu sei que não é a hora, mas não pude evitar. Euro com combos e hexagonos. TTS que me espere. (enquanto escrevia isso ele foi anunciado pala Mosaico, que os deuses me ajudem!).

Ultimate Railroads: não preciso falar nada. Trenzinho + Russia + Expansões. Um dos worker placements que eu mais gosto!

Lançamentos


A Ilha dos Gatos: Polinômios + Gatos, tem que ser bom!

The Quest for El Dorado: Corridinha do Knizia, aguardei muito por esse.




Até Fevereiro com mais TEXTÃO!






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