tpcordeiro::iuribuscacio::P.S. Viu só meu camarada tpcordeiro, dessa vez eu não fui agressivo com ninguém e ainda escrevi pouquinho...
Caro @iuribuscacio. Realmente dessa vez vc escreveu pouco. Na verdade quem sou eu para definir quanto vc deve ou não escrever? Eu tb sou prolixo, meu caro, e até por isso sei reconhecer um semelhante. Considere a "crítica" uma forma de feedback para q possa melhorar a eficiência da sua argumentação, até pq não sou só eu q comentei, então não estou tão louco assim ;-)
Quanto a não ter sido agressivo, aí há controvérsias... Mesmo em poucas palavras, vc conseguiu citar, no mínimo de forma pouco agradável, alguns produtores de conteúdo, fora as próprias pessoas q compram jogos legacy, ao implicar q eles rasgam dinheiro, afinal quem tem fama de rasgar dinheiro é maluco.
Sua implicação lógica se desarma a medida q vc pode considerar o mesmo raciocínio para qualquer coisa no mundo q vc "destrua". Está rasgando uma folha impressa errada? Está "rasgando" dinheiro. Está quebrando uma parede em casa para fazer obra? Está "rasgando" dinheiro. Está mastigando o almoço? Está "rasgando" dinheiro.
Não sou ferrenho defensor dos jogos legacy, inclusive já pensei como vc de achar até um tanto excêntrico, mas com o tempo já comprei 8 ou 9 Exit's, sempre dividindo o valor entre outros 3 amigos de trabalho, então no final das contas dava R$20 pra cada. Ou seja, com menos q o preço de um almoço eu tinha uma experiência fantástica, q inclusive as vezes se estendia por mais de 1 dia (jogávamos no tempo livre de almoço). Vários dos momentos q passei os jogando são mais memoráveis do q muito jogo top 10 do BGG.
Não me importaria de dividir um Pandemic Legacy, por exemplo, tb nesses moldes, ainda mais considerando o tanto q falam bem dele. Como já foi falado, é uma experiência.
Acho q qdo vc diz q acha "um absurdo" produtores de conteúdo defenderem destruir um jogo legacy pq eles não pagaram pela cópia, vc está colocando no mesmo bolo não só os q estão puxando o saco da editora (e eles existem com certeza), mas tb os q estão dando sua opinião honesta e, como eu, gostaram da experiência de um jogo legacy. Mas consigo entender o seu ponto de vista.
Caro tpcordeiro
Agradeço o seu feedback, principalmente por sido feito de forma madura, respeitosa e fundamentada, aliás, da mesma forma com que você sempre faz nas suas ponderações. Talvez por ser um pouco mais velho, que a média do pessoal aqui do Ludopedia, e ter sido criado em um tempo, em que as pessoas escreviam cartas e não e-mails, num tempo em que os textos não eram limitados por cento e tantos caracteres, talvez devido a isso, eu tenha certa dificuldade em argumentar de forma tão concisa. Certamente, não vou dizer minha idade, mas basta saber que eu tive aula de caligrafia na escola, (infelizmente minha letra sempre tenha sido péssima, como acontece geral mente com os canhotos), que passei por muitas provas bimestrais, mimeografadas, dos livros da coleção “...para gostar de ler”, que fiz curso de datilografia, e que ainda trabalhei com telex, então já estou por aqui, tem um tempinho, o que me deixa em certa desvantagem em relação ao pessoal que já nasceu navegando na internet.
Em relação ao rasgar dinheiro, com toda a vênia, sou obrigado a discordar do seu ponto de vista, e com todo o respeito à sua digníssima opinião, e falo isso sem uma única gota de sarcasmo que seja, mas mantenho o meu entendimento. Eu acompanho os seus posts, tanto quanto você acompanha os meus, e, por isso, você sabe que eu sempre defendi a liberdade que as pessoas devem ter, de fazer aquilo que lhes aprouvesse com o seu dinheiro. E, com base nesse entendimento, acredito que toda a pessoa tem direito de gastar a quantia que quiser com os jogos LEGACY, aproveitá-los, inclusive destruindo os mesmos no processo.
Só não me entra na cabeça, porque eu sou obrigado a rasgar uma carta, quando eu posso colocá-la de volta na caixa do jogo e nunca mais olhar para ela. Porque eu sou obrigado a colar um adesivo permanente no tabuleiro, quando eu posso utilizar um marcador de papelão e, com ele, cobrir qualquer ícone, conforme a necessidade. Porque eu preciso picotar uma página original de um manual, se eu posso escanear, imprimir e usar uma substituta. Talvez isso aumente um pouco o tempo de preparação (porque usar “set up”, quando nós temos, justamente, um termo em português, com o mesmo sentido), mas acho isso um custo muito baixo para manter a incolumidade do jogo. Possivelmente, isso deve ser reflexo de uma juventude, em que era muito difícil, ou quase impossível, ter acesso a jogos de tabuleiros legais, fora do famigerado quarteto “War, Detetive, Scotland Yard e Banco Imobiliário”. Quem jogou RPG, com um saco e vinte bolinhas numeradas de bingo, ao lado de uns manuais xerocados, sabe o que eu estou falando. Portanto, peço desculpas, mas, realmente, eu tenho uma fortíssima restrição pessoal, a destruir um jogo que me custou dinheiro (e que é uma categoria de objeto que eu tanto prezo, do mesmo modo que você), principalmente quando existe uma alternativa para não fazê-lo, e não consigo concordar com aqueles que o fazem. Mas, a vida é assim, “cada um”, com o seu “cada um”. Talvez na verdade eu seja apenas um chato, mas nesse caso, fazer o que..., eu fui criado assim.
Porém (olha eu não vou usar o termo hipocrisia aqui, porque realmente, eu não quero nem mesmo parecer agressivo), acho no mínimo condenável, que uma pessoa recomendo aos outros, uma receita que ela não usa para si. Obviamente não são todos, mas no caso de alguns produtores de conteúdo, que pregam essa necessidade de “imolação lúdica”, aos deuses da satisfação pessoal, o que na verdade me soa como: “é fundamental que VOCÊ rasgue o SEU dinheiro, gasto no jogo, apesar da editora ter me mandado o jogo e, portanto, EU não precisar rasgar o MEU dinheiro”, eu repilo essa postura, com todas as minhas forças.
Assim sendo, ressalvado todo o meu respeito pela sua opinião, eu sinceramente não posso concordar, em destruir um jogo, mesmo que ele tenha me custado apenas R$ 20,00.
É como voto senhor relator.
Renovem-se todas as homenagens de estilo.
Um forte abraço.
Iuri Buscácio