Acho muito legal essas reflexões sobre como estamos nos posicionando dentro do hobby. Jogar Board Game vai além do jogo em si. Em muitos casos, como o meu, o hobby entrou para preencher um espaço que vamos deixando para trás no momento em que entramos na vida adulta. Quando mais novo, era muito fácil passar horas jogando videogame com os amigos, mas a vida adulta requer comprometimento com outras coisas de certa forma mais "importantes". Daí deixamos aquele sentimento guardado e focamos na rotina diária. No momento que encontramos os Board Games, toda aquela nostalgia volta, soma-se a isso a oportunidade de encontrar pessoas com sentimentos parecidos com o nosso. Então não se trata mais do jogo, mas da satisfação envolvida. Nessa hora que muitas pessoas "marcelam" (só quem ouviu o podcast vai entender o termo... Rsrs). Por isso acho importante essas reflexões para que o hobby não se torne algo prejudicial e gere frustração. 

Achei muito importante o cuidado que vocês tiveram ao apresentar o Lucas Andrade, o Lukita, dentro do hobby. É bom lembrar também que ele não começou com o Meeple Maniacs, mas com o Onboard. Também no Youtube e tinha um blog. Fato que Lukitar virou um termo pejorativo de quem abandona o Hobby.

Engraçado que a vibe do início do episódio parecia sessão de AA. Bem da verdade jogos de qualquer tipo podem ser viciantes e BGs o são. Hobbies em si também podem disparar compulsividades. Então volta e meia esses assuntos sempre aparecem.

Eu tenho algumas regras: não pode atrapalhar meu orçamento familiar, não pode atrapalhar minha vivência com minha família, não pode me trazer o sentimento de obrigação.

Compromisso no hobby, só com amigos e com a diversão.

Passei aqui apenas para deixar um abraço analógico para a equipe do CorujaDrops!

Sucesso, galera!

Eu uso o termo lukitar como "quitar" e cai fora do meio 

Eu entrei nesse hobby em principalmente pela necessidade de socializar. E me apaixonei pela mídia por todas as possibilidades narrativas, e variedades dentro dos jogos de tabuleiro.

Infelizmente os jogos de tabuleiro não estão me dando a socialização ao qual eu investi nela, olhando nos últimos meses, tive mais saídas pra bar provenientes de um grupo de whatsapp, do que pra jogar reunir pra jogar jogos (tem mês que eu sequer jogo). E isso é muito significativo uma vez que eu tenho uma dificuldade imensa de socialização.

Hoje mantenho a coleção pelo prazer de colecionar, achei o jogo bonito e tenho dinheiro, compro, porque se eu for comprar e deixar de comprar por ver mesa, estarei apenas me frustando.

Pessoal fala que jogo parado não tá cumprindo função, e falam que a função dos jogos de tabuleiro é socialização, mas eu vejo que a grande maioria das pessoas socializam de outras formas que não o jogo, o pessoal dos jogos é um nicho, e me questiono se realmente o foco do jogo é o jogo em si ao invés da socialização, vide que muitos jogos hoje tem modo solo.


Uma coisa falada no programa, quando falaram de Marie kondo pegar e sentir o sentimento, eu não tenho problema de desfazer de um jogo se ele perder sentido, dei de graça o Bandido pra uma amiga porque não me fazia mais sentido, mas tenho uma penca de jogo que eu não joguei ainda então nem sei se ele tem ou deixa de ter sentido pra mim, e o ruim que por conta que tá sendo muito difícil eu criar amigos pra jogar jogos, vai demorar até eu conseguir joga-lo, se conseguir.