Ficha Técnica
VAST: As Cavernas de Cristal
1–5 Jogadores
Duração: 75-90 Min
Idade: a partir de 10 anos
Designers: Patrick Leder e David Somerville
Artista: Kyle Ferrin
Publisher: Leder Games (2016)
Distribuição no Brasil: Grok Games (2019)
Contexto
Jogue como uma Cavaleira corajosa, uma horda caótica de Goblins, um Dragão ganancioso, um Ladrão habilidoso ou até mesmo com a misteriosa Caverna. Em Vast, cada jogador controla um desses personagens, com regras específicas e caminhos únicos para a vitória.
Conhecendo melhor cada personagem:
A corajosa Cavaleira tem como objetivo matar o Dragão, para isso ela precisa ganhar bravura completando missões secundárias, explorando e recuperando os tesouros perdidos;
A caótica horda de Goblins quer matar a Cavaleira, e para isso existem 3 tribos que irão se mover e tentar encurralar a cavaleira com a ajuda de monstros e segredos;
O sonolento Dragão precisa acordar e escapar pela entrada da Caverna. Ele começa lento, mas vai entrando na vigília conforme ele vai roubando tesouros, devorando Goblins e explorando a masmorra;
A misteriosa Caverna deve expandir na sua totalidade colocando todos os tiles da masmorra e então colapsar com todos os demais personagem dentro;
E por fim, o ágil Ladrão precisa roubar tesouros para se livrar da maldição e comprar sua liberdade, para isso ele deve agir furtivamente e pegar os tesouros dos outros jogadores e da Caverna. Ele precisa levar 6 tesouros para a entrada.
Sequência de Jogo
Começando o jogo pela Cavaleira, e seguindo na seguinte ordem: 1 - Cavaleira 2 - Goblins 3 - Dragão 4 - Caverna 5 - Ladrão
Os jogadores farão seus turnos, conforme ordenado acima, até que um personagem atinja sua condição de vitória.
A estrutura de jogo da Cavaleira é baseado num sistema de pontos de ação, inicialmente ela tem 2 cubos de ação, e conforme ela revela tiles da Caverna, estilhaça cristais, completa missões secundárias e outras atividades ela progride na escala de bravura, que permite ter mais cubos de ação para usar mais habilidades presentes na sua ficha (bombas, mapas, arco e escudo). A cavaleira tem 4 status: movimento, encontros/percepção, força e seus pontos de vida - que inicia em 7. Os 3 primeiros status iniciam em 1, mas são variáveis por conta da alocação dos cubos de ação que pode ser utilizado para aumentá-los. A jornada da personagem é feita com a exploração da masmorra, onde é possível cair em emboscada dos Goblins, encontrar tesouros lendários e resolver eventos da Caverna, em busca do objetivo final: Derrotar o Dragão!
A Horda de Goblins é caótica, pois o seu jogo é baseado em push-your-luck, em cada turno, de acordo com o seu nível de Fúria, são abertas 1 ou mais cartas de guerra que tem como finalidade povoar as 3 tribos de Goblins - a tribo das presas, a tribo dos ossos e a tribo dos olhos; além disso controlar monstros e utilizar diversos segredos. Em seguida, cada 1 das 3 tribos, na ordem que desejar, será ativada para se mover e então realizar 1 das seguintes ações: Atacar a Cavaleira, Pilhar tesouros, Explorar novos tiles, Revelar-se na Caverna, Esconder e usar de Ações Especiais de cada tribos. As tribos são dispersadas do mapa (voltado para o seu tabuleiro de jogador) ao atacar, serem atacadas ou quando sua população é reduzida a zero. Os Goblins vencem ao derrotar a Cavaleira.
A estrutura de jogo do Dragão é baseado em movimentar e utilizar poderes impressos no seu tabuleiro a partir das combinações de símbolos nas cartas e de suas gemas. Inicialmente o Dragão se encontra imerso no subterrâneo da Caverna, e precisa remover cubos de preguiça fazendo pequenos objetivos para mover os cubos para a vigília, para que possa ter mais cartas em sua mão e possa emergir em um tile de cristal e cumprir seu objetivo que é fugir pela entrada da Caverna.
A definição mais próxima da estrutura de jogo da Caverna é a de um mestre de RPG, pois sempre que qualquer jogador revelar tiles e surgir bordas abertas, a caverna deve preencher com novos tiles (mesmo no turno de outro jogador). E no seu turno propriamente dito, a caverna compra fichas de augúrio diversas conforme o número de cristais intactos e tesouros presentes na masmorra. Essas fichas podem ser utilizada para diferentes ações, desde expansão, colocação de novos tesouros, e mudanças na configuração da caverna; até mesmo mover e prejudicar os demais jogadores. Além da utilização das fichas de augúrio, todo turno a caverna expande e insere um novo tesouro. Após expandir em sua totalidade, a Caverna começará o processo de desmoronamento e quando ela destruir 5 tiles com símbolo de cristal ela soterra os demais personagens e vence a partida.
O Ladrão todo turno deve alocar seus marcadores (nos valores 2-3-4) de atributos: Movimento - o valor desse atributo define a quantidade de tiles que ele pode se mover nesse turno; Furtividade - determina o qual bem o ladrão consegue evitar os ataques dos demais jogadores; e a Ladinagem - que determina quantos cubos de ação ele terá para as habilidades impressas em seu tabuleiro de jogador - desde saquear e carregar tesouros da Caverna e gemas do Dragão, escalar paredes e terrenos difíceis, bater carteiras, abrir fechaduras de cofres ou aplicar golpes furtivos na Cavaleira, nos Goblins ou no Dragão. Seu objetivo é coletar e guardar 6 tesouros na entrada da caverna e se livrar da maldição.
Jogando em menos jogadores!
Até o momento tudo que eu falei se aplica a 5 jogadores, mas é possível jogar em diferentes quantidades de jogadores, com o jogo se adaptando e fornecendo cartas variantes e novos objetivos, conforme a configuração. Por exemplo:
Sem o Dragão na partida, a Cavaleira deverá estilhaçar 5 cristal da Caverna para vencer;
Sem a Cavaleira, os Goblins deverá eliminar o Dragão, e se não houver nem Dragão eles devem estilhaçar 5 cristal da Caverna para vencer.
Considerações finais. Prós:
Rejogabilidade: Variante de personagens conforme número de jogadores, Variante de dificuldade, Variante de terreno, Diferentes tipos de personagens;
Apresentação: Arte, componentes, contexto;
Duração: sobre isso é relativo, para mim a duração está dentro do esperado, não é curto, mas não se estende muito.
Contras:
Regras: é uma regra diferente para cada personagem, e é importante deixar bem claro como ocorre a interação entre eles - E não é muito receptivo (inicialmente) para iniciantes por conta da gama de regras;
Final Anti-climático: por ser um jogo de “corrida” por objetivos, a partida simplesmente pode encerrar sem que todos percebam.
De fato existem muitas regras, mas achei mais tranquilo de entender que do Root.
Me pareceu que tematicamente ele é mais intuitivo e fica mais tranquilo entender o papel de cada um e como ele ganhará a partida. Vast é mais despretencioso também, tem mais sorte envolvida e por isso mais gateway. Root por ser um jogo mais tático e ter diferentes formas de pontuar em um mesmo personagem, traz uma densidade a mais de regras e estratégias.
O tabuleiro sendo um player como Caverna pra mim foi um dos pontos mais altos também. Você sempre vai ter uma rodada completamente diferente após a jogada da Caverna e isso é muito bacana, pois exige constantemente sua readaptação.
Para mim o Vast é mais divertido(mas não me entenda mal, tem muita estratégia ali) e o Root de fato é mais queima mufa. Pro meu perfil de player, tendo a preferir o primeiro.
fabriziochiam::De fato existem muitas regras, mas achei mais tranquilo de entender que do Root.
Me pareceu que tematicamente ele é mais intuitivo e fica mais tranquilo entender o papel de cada um e como ele ganhará a partida. Vast é mais despretencioso também, tem mais sorte envolvida e por isso mais gateway por isso. Root por ser um jogo mais tático e ter diferentes formas de pontuar em um mesmo personagem, traz uma densidade a mais de regras e estratégias.
O tabuleiro sendo um player como Caverna pra mim foi um dos pontos mais altos também. Você sempre vai ter uma rodada completamente diferente após a jogada da Caverna e isso é muito bacana, pois exige constantemente sua readaptação.
Para mim o Vast é mais divertido(mas não me entenda mal, tem muita estratégia ali) e o Root de fato é mais queima mufa. Pro meu perfil de player, tendo a preferir o primeiro.
Ademais, excelente texto zabuzeta!
Concordo e assino embaixo.
O vast é mais fácil de assimilar, mas os objetivos ajudam mt isso.