Uma das mais belas construções do mundo, o Taj Mahal foi um tributo ao amor do imperador Shah Jahan a sua falecida esposa Muntaz Mahal. Após a morte de sua amada, o imperador mandou construir um imenso palácio em sua homenagem, e por mais de 20 anos, construtores de toda Índia trabalharam em uma das mais perfeitas obras do mundo, por causa de sua simetria de seus pisos, coberto por mosaicos. Curioso? Então venha, pois Maharani Tá na Mesa!
Maharani é um jogo criado em 2012 por Wolfgang Panning. Para dois a quatro jogadores, com duração média de 40 minutos, em Maharani os jogadores são construtores designados a completar o piso do Taj Mahal.
- Então somos meros pedreiros?
E tem algum demérito nisso, cabeça de concreto? O tabuleiro representa o piso do palácio, dividido em quatro quadrantes. No centro há uma roda, onde fica disponíveis quatro tiles, que se move a cada tuno. No seu turno, o jogador deve escolher um dos tiles, colocar no tabuleiro e pontuar. Há seis tipos diferentes de piso e o jogador pode colocar um de seus trabalhadores em pisos de cores diferentes, em cada setor. A pontuação depende da quantidade de pisos idênticos e de trabalhadores adjacentes.
- Então é só colocar lajotinha? Que jogo bobo.
Calma aí, seu trolha. Tem algumas regras bem interessantes que ainda não citamos. Além de ser conhecido por seus pisos de mosaicos, o Taj Mahal também é lembrado por suas fabulosas colunas internas. É aí que começa o problema. No tabuleiro há indicações de onde ficam as colunas. Nos tiles de piso também tem essas marcações e para se colocar uma peça, ambas devem bater (Nota da Sra. Slovic: Se já jogou Carcassonne, você deve estar familiarizado com isso. Cidade com cidade, estrada com estrada, campo com campo… Só que aqui são colunas).
Outro detalhe importante na colocação dos pisos está ligado aos quadrantes e na roda central. Cada setor está associado a um animal, que está impresso na roda e no tabuleiro. A roda está posicionada de modo que cada tile fique em um quadrante. Não há nenhum custo para se colocar o tile no quadrante que ele está, mas para pôr em outro, é necessário virar o marcador de animal de onde está o piso. Cada jogador tem um marcador de cada animal e para desvirá-los, gaste-se uma ação.
Mais uma complicação está na colocação dos trabalhadores. O tabuleiro é posicionado na mesa de forma que cada jogador fique de frente para uma das entradas do palácio (Nota do Sr. Slovic: Se não for possível, cada entrada fica marcada com a cor do jogador). Os tiles têm uma seta e se, quando colocado, essa sete estiver na direção da entrada do jogador, pode-se colocar um trabalhador nele.
Assim que um setor é totalmente preenchido, faz a contagem da quantidade de trabalhadores nele. Quanto mais trabalhadores o jogador tiver, mais pontos ganha. Quando o último quadrante for pontuado, o jogo termina.
No geral, Maharani é um jogo bem interessante. Suas regras são bem simples: colocar um tile e pontuar. Mas o desafio está nos detalhes da colocação. As vezes você pode colocar um tile só por pôr e pontuar pouco, mas dá ao próximo jogador uma oportunidade de ganhar muitos pontos. Não é fácil planejar suas próximas jogadas, mas é totalmente possível prever como sus atual jogada afetas seus adversários. Dá para travar os adversários (Nota da Slovic: Eu que o diga. Puta jogo chato!). Vale a pena conhecer Maharani. Ele é rápido, fácil de aprender, mas não é simplório. Muito pelo contrário. Namastê!