Joguinho rápido e simples para 2 jogadores, em que cada um é um mercador e quer fazer as melhores trocas de mercadoria antes de seu adversário.
Só que esse tem camelos, e camelos fazem toda a diferença. Sério...
E sem material de apoio para este aqui porque o manual é basicamente um material de apoio.
Regras e alguns comentários sobre o que esperar do jogo você encontra no vídeo aí em cima. Comentários aleatórios a partir daqui.
E dessa vez nem vou falar do jogo em si, a questão é que minhas primeiras partidas de Jaipur foram pelo celular. E eu curti esse contraste que vem crescendo nos board games. É como se a discussão "jogo que precisa de aplicativo realmente é bom?" evoluísse para "tá, então a gente tira a parte física e fica só o aplicativo".
O exemplo principal aqui é a Asmodee que está fazendo isso com toda força, e o catálogo dela vem crescendo desesperadamente.
Mas e aí, isso é bom? Sim e não. Depende do jogo e do jogador.
Fato é, a versão digital substitui setup, preparações, fases mecânicas e contas de Pv por animações fofinhas. E esse é o sonho realizado de jogadores de Through the Ages (Esse é da CGE) e Twilight Struggle (Asmodee). Pensa na maravilha que é jogar Onirim (Asmodee) sem embaralhar cartas a cada 10 segundos.
Você também tem um custo bem reduzido em comparação ao jogo físico, a gente tá falando de algo q era 250 reais caindo pra 12.
Você não tem que carregar caixas, sua coleção vai com você no seu bolso. O que significa que pode terminar aquela partida de Ascension (Asmodee) sentado na privada esperando o tempo passar.
E uma virgula aqui. É claro que eles não iam deixar passar a oportunidade de brincar com as possibilidades gráficas né. Olha esse carcassonne.
Ok, bonito.
Mas e a versão física? É coisa de velho?
Também não né, alguns jogos não se adaptam facilmente a esse novo ambiente. E aqui estou falando do olho no olho. Não estou falando da parte social, tem uma comunidade gigante jogando online e muitos amigos para encontrar por lá. Estou falando de jogos que realmente precisam do olho no olho. Coup (Banana & Co.), Mysterium (Asmodee), Galaxy Trucker (CGE), em que boa parte da graça está ligada aos trejeitos dos adversários. Sem contar alguns jogos de destreza, tipo Jenga (esse tem vários apps), sério, é jenga, mas não é jenga, já é outra coisa.
Não dá para deixar sem comentar a questão sensorial. Parece pouco mas a pega das peças fazem muita diferença (Só ver o tanto de reclamação para produções nacionais). E até a questão de ter tudo a vista sobre a mesa, é bem mais confortável que uma tela né. No fim, seu corpo responde a este tipo de estimulo, seja levantando sem pensar em jogadas críticas, planejando ações com movimentos de mão sem nem ao menos pegar as peças, coisas desse tipo. Tente lançar dados em um aplicativo e lançar dados físicos que você vai entender o que estou falando.
Resumindo. Qual é melhor? Nenhum dos dois. Existe espaço para essas duas modalidades.
Mesmo se você for considerar os jogadores. Jogos digitais são o céu para jogadores solo, ou que não estão com um grupo no momento, ou mesmo para quem quer testar um jogo antes de decidir comprar. Jogos físicos são o céu para quem está juntando os amigos, para churrascos de família, ou mesmo para se desconectar já que o digital já tomou conta do resto da vida.
Quer fazer um teste?
Ascension, Onirim, e até onde lembre Star Realms tem apps gratuitos.
Por sinal, a versão da Steam do Star Realms fez eu comprar a versão física. Jogo as duas, sem arrependimentos.
Cada um tem seu momento. São experiências diferentes.
E aqui fiquei só em App ein. Nem cheguei no Tabletop Simulator, ou Boardgame Arena.
Então, se você joga board games físicos, numa mesa de verdade, e quer testar algo novo >>>> Tábula Venatus.
Comentários e sugestões são sempre bem vindos...
Nada contra os jogos de tabuleiro digital. Inclusive eles auxiliam a você conhecer um pouco do jogo.
Mas pra mim, a grande diferença que tem nos boardgames e a iteração social. É sentar numa mesa com pessoas reais. Sentir. Ver. Olhar no olho. Isso está se perdendo cada vez mais, onde cada um fica num canto jogando sozinho, mas acompanhado de forma online.
Novamente, nada xontra. Inclusive eu jogo pra conhecer algum jogo. Mas pra mim, eles nunca irão substituir o tabuleiro físico, as pecas, e principalmentd a alegria de ganhar (ou perder) na frente das pessoas e se parabenizado (ou xingado).
Pode ser que eu seja um ponto fora da curva, mas como falei acima, boardgame é juntar com os amigos. Sentar numa mesa, papear, xingar, virar a mesa, vibrar junto quando vence o jogo, ficar puto com aquele seu colega que te bloqueou e venceu a partida. E isso tudo no mundo real.
Entoa, pra mim, os apps e jogos digitais nunca substituirão o bom e velho tabuleiro.
Pra mim, que comecei há pouco com os board games, o intuito é interagir com as pessoas e deixar um pouco de lado o mundo virtual (redes sociais principalmente).
Não foram poucas as vezes que nos surpreendemos com a quantidade de tempo que ficamos sem pegar nos celulares enquanto jogávamos um board game.
Isso fica ainda mais perceptível quando crianças estão na mesa de jogo: como a concentração, a paciência e a interação social são estimuladas.
Nada contra os aplicativos ou board games digitais (eu me divirto com onirim por exemplo), mas, pelo menos na minha percepção pessoal dos jogos de tabuleiro, as alternativas digitais não cumprem os principais pontos positivos que são a reunião e a interação entre os jogadores.
O que não impede de serem divertidos e proporcionarem aprendizado, teste de mecânicas, distração etc.
Só acho que se fosse pra jogar board games no celular ou computador eu iria preferir passar o tempo em jogos video games/pc ou indie games de celular.
Eu prefiro sentar na mesa com os amigos pra jogar do que jogar online. Porém, as vezes a jogatina não fecha, falta tempo, etc... daí a versão digital cai bem. Inclusive eu tenho Jaipur, Splendor, Ticket to Ride, Istanbul e jogo online pra passar o tempo...