frevolta::
E quero deixar registrado que ainda nao compreendo até hoje o odio que existe contra os episodios I, II e III.
Eu acho os 3 muito bons.
Não posso responder pelos outros, mas por mim, não é ódio; apenas acho filmes muito problemáticos.
Primeiro, era uma história que ninguém queria assistir... todo mundo queria mais Luke, Leia, Han, Lando e Chewie.
Segundo, que os roteiros têm muitos problemas - principalmente o Ataque dos Clones, que tem um furo de roteiro maior que a cratera de Tunguska, e os diálogos são ridículos. As cenas de Annakin e Padmé no filme II dão vergonha alheia.
Terceiro, e principal: George Lucas é muito bom dirigindo cenas com efeitos especiais, mas um péssimo diretor de atores. Ele não soube extrair do Hayden Christensen e da Natalie Portman a interpretação que seus papéis exigiam, muito pelo contrário. Tanto que acabou com a carreira dele (e quase com a dela também... ela já disse isso em entrevistas). Só os atores mais experientes ali, como o Ewan McGregor e Iain McDiarmuid, que dispensam direção, foram convincentes no papel.
Enfim, acho o II uma bomba, o I chato demais e o III razoável.
Ronan:: Luke se tornou mais humano e plausível com erro, culpa, raiva e medo. E de quebra fica a lição que até mesmo um "mito" tem falhas.
Putz, agora você chegou no ponto que eu queria: isso é desnecessário em Star Wars.
Eu vejo SW como fantasia, como mitologia, como uma fábula que tem suas características muito particulares, como o maniqueísmo, a aventura em estilo matinê, o ritmo frenético e o humor. Goste ou não, são características que sempre definiram a série.
E você encontra isso não apenas nos filmes originais, mas nos prelúdios e em Rebels, por exemplo. Tire isso, e deixa de ser Star Wars.
Por isso querer justificar uma decisão ruim de um roteirista/diretor que não tem a menor idéia da essência de SW é um argumento falho, na minha opinião.
Heróis de fantasia clássica e mitologia são heróis e ponto. Tem falhas e defeitos que ajudam a deixá-los mais interessantes, mas não falhas de caráter. Não são anti-heróis. Idem os vilões - nesses gêneros, eles não precisam de motivação para serem vilões. São maus porque são os antagonistas da história. Estão ali somente para serem a oposição ao herói.
"Ah, Ricardo, mas aí você está infantilizando demais." Ora, raios, SW é uma fábula infanto-juvenil... pessoal está querendo um nível de "maturidade" que não cabe em uma fábula de fantasia infanto-juvenil! A partir do momento que você joga essas convenções pela janela (e que, para mim, são o que definem a saga e a tornam tão divertida), descaracteriza a série.
Simplesmente, isso não cabe em SW, assim como esse maniqueísmo não teria espaço em Game of Thrones.
Enfim, Star Wars, reitero, é fantasia maniqueísta, é mitologia, é uma fábula, é entretenimento puro e simples. Não precisa de "realismo", não precisa ser "sombrio", não precisa ser "maduro" ou "profundo"... Se eu quiser isso, vou assistir Shakespeare!
Abraços!