Por Mickaël Garcin
Fonte: https://www.boardgamegeek.com/thread/1434658/spoiler-free-fast-review-base-game

A Agência T.I.M.E (TEMPO) protege toda a humanidade, impedindo falhas temporais e paradoxos que ameaçam o universo. Como agentes temporais, você e sua equipe serão enviadas para os corpos de seres de diferentes mundos e realidades para concluir as missões que forem enviadas. O fracasso é impossível, dado que você será capaz de voltar no tempo quantas vezes forem necessárias.
T.I.M.E Stories é um jogo de narrativa e de "exploração do baralho". Cada jogador é livre para dar ao seu personagem um papel tão profundo quanto queira, que irá viver através de uma história. Mas também é um jogo de tabuleiro com regras que permitem reflexão e otimização.
No início da partida, os jogadores estão em sua base inicial, onde irão receber suas missões. O objetivo, então, é completá-las na menor quantidade de tentativas possível, ou seja, voltar ao tempo a menor quantidade de vezes. Para as ações e os movimentos dos jogadores serão utilizados TUs (Unidades Temporais), porém a quantidade utilizada vai depender do cenário e do número de jogadores. Cada tentativa é chamada de “Corrida”, de modo que uma “Corrida” é igual à utilização de todas as TUs disponíveis.
Quando as TUs chegam à zero, os agentes são chamados de volta para a agência, onde então começam sua missão do início, mas já equipados com a experiência de sua primeira viagem. O objetivo do jogo é fazer uma “Corrida” perfeita, enquanto resolvem todos os enigmas para superarem os obstáculos de cada cenário.
O jogo base contém a totalidade de todo o sistema de T.I.M.E Stories e permite que os jogadores joguem todos os cenários, começando pelo primeiro cenário Asylum (hospício). Durante um cenário, que consiste em um baralho de mais de 120 cartas, cada jogador explora as cartas, na maioria das vezes sob a forma de um panorama. Para acessar algumas cartas será necessário possuir algum(ns) item(ns), tudo isso em meio à surpresas, inimigos, enigmas, pistas, e outros perigos.
Você tomará posse de um hospedeiro local para navegar em um determinado ambiente, mas quem sabe o que será necessário para ter sucesso? Percorrerá uma cidade procurando o calabouço na qual o rei Syaan está se escondendo? Sobreviverá na Antártida enquanto enormes criaturas emboscam abaixo da superfície de gelo? Resolverá um enigma em um hospício do século 20? Tudo isso é possível, e você pode até pular de um hospedeiro para outro, ou até mesmo ter que jogar contra seus colegas agentes de vez em quando.
A caixa do jogo terá um insert para permitir que um jogo seja “salvo” a qualquer momento, possibilitando jogá-lo em várias sessões, como se fosse um vídeo game. Dessa forma, é possível “pausar” um jogo em andamento, preservando o estado dos recipientes, os restantes de TUs, as pistas descobertas, etc.
T.I.M.E Stories é um jogo de exploração do baralho onde tudo é possível.
Esta breve visão geral do jogo
T.I.M.E Stories apresentará nossa experiência após o jogo sem entregar nenhum spoiler. Não pretendemos julgar o jogo, mas expressarmos o que gostamos e o que não gostamos nele.
O jogo é um novo tipo de jogo muito difícil de se descrever. Vamos dizer que é um jogo de tabuleiro de
apontar e clicar.
Você interpretará viajantes que viajam através do tempo e habitam anfitriões daquele tempo (permitindo usar um pouco de suas personalidades e habilidades físicas).
Todos os jogadores jogam ao mesmo tempo, e depois de decidirem um local você explorará partes dele dividindo seu time.
Lugares dão a você um certo número de cartas no tabuleiro e cada jogador em uma carta pode revelar sua outra face para ver o que acontece com ele nesta parte deste local (sem mostrar aos outros jogadores que não estejam na mesma carta que eles).
Já que seus jogadores podem discutir livremente o que eles viram e o que farão, você poderá interpretá-los da forma que preferir.
Corridas fazem parte do jogo. Cada corrida é limitada por uma Unidade de Tempo, e cada ação toma um pouco dessas preciosas unidades. É bem provável que você falhará um certo número de vezes antes de concluir sua primeira missão.
Você pode aprender com suas tentativas anteriores, mas não com os mesmos itens. (já que são viajantes do tempo, você se lembra de lugares secretos, mas não pode manter algo que fez na corrida anterior). É extremamente recomendável que anote as coisas.
Nós fizemos três corridas para terminarmos o primeiro cenário com uma duração de quatro horas.
O que achei de nossa sessão:
- A partida fluiu muito bem na primeira corrida mas tomamos uma decisão ruim rapidamente;
- A segunda corrida foi mais estratégica e menos “imersiva”;
- A terceira corrida foi otimizada com todo o conhecimento das tentativas anteriores (você precisa anotar algumas coisas). Algumas cartas tiveram uma imersão de volta mas não muita. (Elas foram consideradas menos imersivas e isso é lógico: vendo as mesmas coisas mais de uma vez devido a história de “viagem no tempo”).
- O jogo realmente passou a sensação de jogar um
Monkey Island ou um
Day of the Tentacule. Ambos jogos de aventura de apontar e clicar.
- 40 euros por essas quatro horas de jogo é realmente o lado caro, mas os componentes básicos são honestos. E tem muita arte boa.
Eu lamento que o tabuleiro não permita estocar cenários extras das expansões.
- A arte é a maravilha entalhada nas cartas. E adiciona muito à ambientação.
- Algumas “armadilhas” (ou caminhos sem saída) são bem divertidos de se ler.
- Os personagens também são interessantes pelas diferenças que trazem à partida ( que combinam com suas personalidades) mas infelizmente não são tomados em conta no cenário base. Você não ganha opções extras por jogar com este personagem ao invés daquele, eles são meramente estatísticas e elementos de jogo apesar de terem uma história realmente bem descrita.
Traduzido por Marcolino