Por Nicolas Shayko (www.thegamernerd.com)
Fonte: https://www.boardgamegeek.com/thread/1280006/gamer-nerd-review-gates-loyang
(http://www.thegamernerd.com/reviews/gates-loyang/#more-3525)
At the Gates of Loyang é um jogo de gerenciamento de recursos para 2-4 jogadores com um elemento de seleção de cartas projetado por Uwe Rosenburg, famoso designer de Agricola e Le Havre. O tema do jogo envolve um fazendeiro asiático plantando e depois vendendo vegetais de diferentes tipos. O jogo tem pouca interação entre os jogadores, e trata principalmente sobre a tentativa de vencer com uma pequena vantagem sobre os seus oponentes.
Os Componentes
At the Gates de Loyang é produzido pela Z-man Games, e os componentes são muito parecidos com o outro jogo de Rosenburg produzido pela Z-man, Agricola. Na verdade, a obra de arte é muito semelhante, claramente desenhada pela mesma pessoa que fez a obra de arte de Agricola. O jogo tem um tema asiático, e, assim, os ajudantes e clientes nas cartas têm uma estética divertida.
O principal tabuleiro possui formato de T para cada jogador. O meio do T tem a trilha de ponto de vitória que vai de 1-20. A parte superior do tabuleiro é a vitrine onde os vegetais são comprados e vendidos. Além dessa função, o tabuleiro tem este formato para que os quatro tipos diferentes de cartas possam ser colocados em pilhas diferentes. A maioria das cartas no jogo são para o baralho principal, que é embaralhado em cada turno. As outras cartas são as cartas de campo usadas para plantar e algumas cartas adicionais são usadas para manter o jogo.
O melhor componente do jogo são os legumes, com formas coloridas e divertidas. Por exemplo, a abóbora é laranja e em forma de abóbora. Na maioria dos jogos, a abóbora seria um cubo laranja, e, em seguida, o nabo seria um cubo avermelhado, e aqui o nabo é moldado como um nabo bidimensional.
Os componentes em geral são de alta qualidade e encaixam bem com a natureza do jogo. Com tantos componentes diferentes, recomendo obter uma caixa organizadora de algum tipo.
A Jogabilidade
Como a maioria dos jogos de Uwe Rosenburg, At the Gates de Loyang é uma fera complexa. Dito isto, eu não vou explicar todas as regras aqui. Em vez disso, eu espero oferecer um sabor sobre a natureza do jogo. Antes do jogo começar, cada jogador escolhe qual vegetal irá plantar em sua casa de campo: trigo, abóbora ou nabo (os outros 3 produtos hortícolas são o repolho, feijão e alho-poró, mas estes não podem ser plantados no campo da casa).
O jogo dura nove rodadas e cada rodada é composta por 3 fases. A primeira é a fase de colheita, onde os jogadores pegam um vegetal de cada um dos campos e revelam um novo campo capaz de ter plantio. Campos produzem vegetais em 3-6 rodadas, e apenas os vegetais mais valiosos podem ser cultivados em áreas que produzem na menor quantidade de rodadas.
A segunda fase do jogo é a fase de cartas, que é o elemento de seleção do jogo. Os jogadores tentam determinar quais são as cartas que irão para o seu tabuleiro e cada jogador recebe cartas. Muitas cartas acabam em uma área comum chamada "The Courtyard". Os jogadores em seguida, pegam duas cartas para adicionar ao seu tabuleiro, uma da área comum do tabuleiro, mais uma de suas mãos.
A terceira fase do jogo ocupa a maior parte do tempo, é a fase de ação. A última pessoa a obter cartas durante a fase de cartas realiza todas as suas ações em primeiro lugar. A ideia por trás de todas as ações possíveis é ser capaz de fazer dinheiro para comprar pontos de vitória. Dinheiro é feito principalmente com a venda para "clientes regulares" e "clientes ocasionais".
Os clientes regulares são como o nome indica, regulares. Cada cliente regular chega até você por várias rodadas querendo os mesmos dois vegetais. Se eles não são entregues, eles se tornam infelizes e então você tem que começar a pagar uma multa por não entregar a eles. Clientes casuais pagam mais do que os regulares, e só pedem itens uma vez, toda vez pedindo 3 legumes. A quantidade exata paga depende de alguns fatores, mas o mais importante deles é que os vegetais são mais difíceis de plantar para vender mais.
Os jogadores podem plantar vegetais em campos estéreis. Estes vegetais podem ser comprados na loja ou que já foram colhidos a partir dos campos em rodadas anteriores.
"A loja" está no tabuleiro de cada jogador e é onde os vegetais podem ser comprados ou vendidos. A maioria dos jogadores não vendem para a loja, muitas vezes, porque não é eficiente.
Outras ações possíveis são o uso de tendas de mercado ou ajudantes. As tendas de mercado permitem a negociação de um vegetal pelo outro, o que pode ser muito agradável para o plantio de novas sementes ou que satisfaçam as demandas dos clientes. Ajudantes são pessoas que dão todos os tipos de benefícios para ajudar um jogador, muitas vezes economizando o dinheiro dos jogadores, outras vezes são benéficos em formas alternativas.
Os jogadores podem comprar exatamente 1 "Two-pack" por turno, o que permite que mais cartas sejam adicionadas ao tabuleiro. Estas cartas são: os clientes ocasionais, os clientes regulares, tendas de mercado, ajudantes ou campos.
Todas essas ações podem ser feitas em qualquer ordem, exceto a última, que move o marcador de ponto de vitória. A trilha de ponto de vitória vai de 1 a 20, e um jogador não pode ir além de 20. Cada turno, move-se 1 espaço ao custo de 1 moeda, e os valores de cada espaço adicional é igual ao número de pontos de vitória que custa. Os jogadores podem pegar empréstimos de 5 moedas a qualquer momento durante o jogo, que não pode ser pago de volta. O problema é que no final do jogo os jogadores voltam um espaço para cada empréstimo tomado. Após nove rodadas o jogo acaba e o jogador com mais pontos de vitória ganha. Moedas se tornam o fator determinante no caso de empate.
Meus pensamentos
At the Gates of Loyang é muitas vezes visto como uma reflexão tardia na coleção Uwe Rosenburg. Com clássicos modernos Agricola e Le Havre, é fácil ver por que seria. Este jogo não pode segurar uma vela para qualquer um desses jogos, mas isso não significa que seja um jogo ruim. Muito pelo contrário. É um bom jogo, digno de jogar e não deve ser comparado com o seu parente mais popular. Eu gosto do trabalho artístico de Loyang mas também colocam-no na sombra de Agricola e Le Havre.
Loyang é, na sua essência, um jogo para amantes de “contar feijão”. Os jogos são sempre apertados e cada moeda de lucro de cada cliente é fundamental para ganhar. A questão de pegar muitos empréstimos paira sobre os jogadores também.
Há pouca interação em At the Gates of Loyang. Muitas pessoas dizem que este é um lado negativo e, se você buscar a interação, não toque neste jogo. Em vez disso, a diversão é claramente de otimização. A única interação vem na colocação de cartas no tabuleiro durante as fases de cartas e através de algumas das cartas auxiliares.
Tenho ouvido pessoas chamando Loyang de "atividade" em vez de um jogo. Essas pessoas simplesmente não gostam deste tipo de jogo. Loyang é algo que não vai se jogar jogo após jogo após jogo, mas é um jogo muito sólido. Se você gosta de otimização, experimente-o.
