20 Jogos "Introdutórios"(Gateway) para a coleção - Parte I | Lista | Ludopedia

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20 Jogos "Introdutórios"(Gateway) para a coleção - Parte I

Fel Barros03/06/2014 às 12:07

Fel Barros

MD

Pessoal, com o hobby em franca expansão, mais gamers do que mesas são feitas. Ou seja, você tem os jogos mas acaba sem pessoas para jogar com você. Para dar uma força, eu decidi criar uma lista com 20 jogos considerados excelentes para "introduzir novos jogadores ao hobby", daí o termo "Gateway (jogo de entrada, porta de entrada para o hobby). A primeira parte da lista , é uma compilação de jogos "universalmente" reconhecidos como canônes para novos jogadores. A 2a parte da lista são de acordo com minha experiência pessoal de 7 anos frequentando/organizando eventos e mostrando os jogos para as pessoas.

Um ponto importante que eu gosto de salientar sempre: Não força a barra! Algumas pessoas não tem paciência, interesse ou vontade de jogar. Saber diferenciar o sujeito que gosta de jogos e escolher o melhor título para ele é uma coisa. Querer chamar os amigos de infância para jogar , nem sempre vai dar certo. Não é porque eles jogaram Imagem e Ação e Dixit que eles vão se interessar por jogos mais complexos.

Finalmente, sobre a lista em si, alguns títulos foram omitidos por terem funções semelhantes a de outros títulos (por exemplo, Love Letter poderia entrar no lugar do For Sale, Coup ou Hey! That's My Fish). Outros foram omitidos propositalmente, como Bang! que além de eu não gostar, ter player elimination, poder durar muito, acho que ele forma jogadores de Bang! Não jogadores em si (similar ao que ocorre com o Munchkin).

Para quem não tem paciência/interesse em passar a lista toda:

1 Ticket to Ride
2 Carcassonne
3 King of Tokyo
4 Dixit
5 For Sale
6 Coup
7 Nexus Ops
8 Pandemic
9 Stone Age
10 Settlers of Catan
11 Takenoko
12 Hey! That's My Fish
13 Niagara
14 Kingsburg
15 Small World
16 Tsuro
17 El Grande
19 Mice and Mystics
20 Escalation

Se você não entender algum termo dito aqui:

http://www.redomanet.com.br/esse-estranho-dialeto-dessas-estranhas-criaturas-parte-i/

Link para a parte II:

http://www.ludopedia.com.br/lista/190/20-jogos-introdutorios-gateway-para-a-colecao-parte-ii

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Itens (10)

1 - Ticket to Ride 22

Ir para o jogo Fel Barros 03 Jun 14, 12:13

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Ticket to Ride é considerado o jogo "universal" para angariar novos adeptos para o hobby. Ele preenche todos os requisitos de um bom gateway: Poucas regras, duração dentro dos parâmetros (cerca de 60 minutos de partida), boa quantidade de decisões ao longo do jogo e boa rejogabilidade (para você não encher o saco de jogá-lo muitas vezes quando estiver introduzindo um grupo novo e nem quando eles pedirem para jogar de novo).

O Ticket to Ride é o mais "genérico" do time dos introdutórios mas eu recomendaria especialmente para esposas, familiares, primos com pouca ou nenhuma familiaridade com jogos de modo geral.

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2 - Carcassonne Big Box 4 15

Ir para o jogo Fel Barros 03 Jun 14, 12:24

15

Carcassonne é um canône, uma das maiores franquias de todos os tempos, com inúmeras expansoes, spinoffs, versões digitais e o mais legal, ele é o "fundador" do Meeple, as famosas peças de madeira que tomaram inúmeros jogos começaram por lá. Carcassonne tem uma regra muito simples: Compre um tile e decida se vai começar uma nova construção ou não. O jogo termina junto com os tiles.

O jogo-base é vendido pela Grow, pessoalmente, eu prefiro o Hunters & Gatherers e o Carcassonne: The Castle. Também acredito que é um jogo para 2, no máximo 3 pessoas. De qualquer modo, gamer ou não, Carcassonne é um jogo que todos devem conhecer e não tem problema nenhum ser o primeiro

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3 - Catan: O Jogo 22

Ir para o jogo Fel Barros 03 Jun 14, 12:34

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Continuando a série de "clássicos" , Settlers of Catan é conhecido por ser o grande marco na "reviravolta dos eurogames". Foi relançado algumas vezes, entrou na live do Xbox e também saiu no Brasil pela Grow. É um jogo "envelhecido" , com inúmeras mecânicas mas que ainda hoje atrai uma legião de novos jogadores e tem até campeonato Nacional valendo passagem para a Alemanha.

O grande apelo do Catan como Gateway é ter uma grande quantidade de mecânicas disponíveis em uma primeira partida. Tabuleiro Modular (a disposição das peças muda a cada jogo), negociação, gerenciamento de recursos, quantidade fixa de pontos para disparar o final do jogo e uma dose razoável de interação, com ótimo uso da sorte.

Pessoalmente, não sou fã do Catan. Acho que ele tem boas chances de se arrastar, especialmente em uma partida de 4 jogadores (só jogo ele em 3 pessoas), tenho uma forte resistência a mecânica de negociação, por envolver muitos elementos "extra-jogo" e a sua alocação inicial de prédios tem um peso grande demais no resultado da partida.

Ainda assim , é um clássico e funciona muito bem para aquela galera do Banco Imobiliário que passava mais tempo tentando negociar as propriedades do que rolando os dados.

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4 - King of Tokyo 13

Ir para o jogo Fel Barros 03 Jun 14, 12:42

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King of Tokyo é um jogo do aclamado Richard Garfield (criador do Magic: The Gathering) lançado pela empresa francesa Iello e que fez grande sucesso, ganhando inúmeros prêmios como jogo family/party ao redor do mundo.

O grande apelo do jogo é o visual. Lembra um pouco os desenhos japoneses com Godzilla, King Kong e outros destruidores de lares. A regra é bastante simples para qualquer pessoa jogar, a duração média é de 30-45 minutos e há BASTANTE interação entre as pessoas proporcionando partidas engraçadas e com bastante fator "ódio no coração".

Pessoalmente, não sou fã do King of Tokyo, especialmente pela eliminação de jogador (se você morre, está fora do jogo), mecânica que considero antiquada e jamais usaria. Não há uma quantidade muito grande de decisões a serem tomadas, o jogo é um super "dicefest" (muitos rolamentos de dados) sendo muito importante jogar pela brincadeira/farra e não tentando vencer (entre atacar, curar e tentar ganhar pontos, qual você escolheria?)

Ainda assim, King of Tokyo é um ótimo jogo para aquele grupo de amigos que jogou Munchkin ou Bang ou simplesmente se conhece há muito tempo e só quer se matar e sacanear o amiguinho durante 30 minutos!

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5 - Dixit 18

Ir para o jogo Fel Barros 03 Jun 14, 12:59

18

Dixit pode ser definido como "Academia" com imagens. O clássico jogo de adivinhar a definição das palavras serviu de inspiração para o Dixit , um jogo francês que , ao meu ver, é um dos poucos casos em que o mérito maior é do ilustrador do que do game designer. A Marie Cardouat fez um trabalho incrível de arte para as cartas e ele ganhou tudo , até o Spiel des Jahres (Oscar dos boardgames).

Para quem não conhece, Dixit é um jogo com ilustrações super abstratas/bonitas e você precisa sugerir um tema. Desde "Pequeno Príncipe" até "Show de Truman" passando por "beijinho no ombro", vale tudo que a imaginação permitir". É bastante divertido e as regras são simples o bastante para qualquer um aprender em 2 minutos.

Pessoalmente, minha única "preocupação" é a dependência da mesa para o jogo fluir. Um grupo de pessoas desanimadas, sem criatividade ou sem interesse em pensar um pouco pode deixar o jogo muito frustrante. Certamente a partida será mais legal com um grupo de Humanas do que um monte de Engenheiros ou matemáticos

Dixit não é exatamente um introdutório ao mundo dos jogos modernos no sentido de apresentar mecânicas ou formar novos gamers mas funciona muito bem como pontapé inicial para despertar o interesse ou simplesmente para aquele seu grupo de amigos de infância que você sabe que não vai jogar Puerto Rico.

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6 - For Sale 7

Ir para o jogo Fel Barros 03 Jun 14, 18:10

7

For Sale é um jogo antigo (1997) do Stefan Dorra , um game designer conhecido por fazer (e ser premiado) por jogos muito simples. A maioria dos seus jogos envolve leilões ou são jogos de vaza (sueca/truco). Dito isso, For Sale, dessa lista, provavelmente é o jogo com a menor quantidade de regras (talvez empatado com Dixit) mas com certeza não envolve a menor quantidade de decisões.

O jogo tem duas fases. Primeiro, compra-se propriedades em um simples esquema de leilão: Uma propriedade por jogador, você aumenta o leilão ou passa. Se passar, pega a "pior" propriedade disponível e paga metade do seu lance. Quem ganha, paga o valor cheio. Você não ganha dinheiro, então precisa navegar por todos os leilões com a mesma grana que todos os demais. Depois, você vende as propriedades. Um cheque por jogador, cada jogador coloca uma das propriedades ganhas na 1a fase virada para baixo e a maior propriedade leva o maior cheque e assim sucessivamente. No final do jogo, quem tem mais dinheiro ganha. Simples!

Pessoalmente, é um dos meus fillers favoritos. É muito rápido, envolve bastante blefe/custo de oportunidade, regras de 2 minutos e uma apresentação decente.

Não é um jogo pra jogar toda hora nem muitas vezes seguidas mas como um bom "couvert" de vez em quando é ótimo. Para o time da conversão, é uma ótima pedida para "abrir os trabalhos".

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7 - Coup 14

Ir para o jogo Fel Barros 03 Jun 14, 19:04

14

Coup é um jogo que começou como uma versão quase "caseira" de um grupo de jogadores e explodiu logo depois de Essen , tendo várias versões (a mais bonita, obviamente, é a brasileira) e sendo aclamado pela crítica e pelo público. É um jogo que investe, pesadamente, no blefe e na interação entre os jogadores. As regras são razoavelmente simples , é um jogo barato (financeiramente falando) e comporta até 6 jogadores , sem durar mais de 30 minutos.

O grande apelo do jogo, com certeza, é a forma como ele trabalha a interação conhecida como "take that" ou, em bom português, dedo no olho e chegar de voadora. Dessa primeira lista é o mais interativo e uma boa dupla com o King of Tokyo para aquele grupo de amigos que acredita que um jogo só tem graça se você pode sacanear o cara sentado do seu lado.

Pessoalmente, eu fiquei fascinado pelo Coup, na época, peguei a "Groo Edition" porque a La Mame não tinha mais cópias à disposição. Não animei nem um pouco com a versão futurista mas obviamente peguei a versão Capitão Nascimento lançada pela Funbox. Como ponto negativo, eu diria que ele é o jogo mais dependente de "com quem você joga" dentre os 10 e se a galera não entrar no espírito de blefar/trair e todo mundo só pensar no próprio mundinho, a partida será dolorosa e mala.

Cabe ao "missionário" que está explicando a regra dar essa apimentada na brincadeira. O Coup pode ser muito bom e ser aquele tipo de jogo que a galera passa a noite inteira jogando, basta a galera tentar.

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8 - Pandemic 11

Ir para o jogo Fel Barros 03 Jun 14, 19:19

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Pandemic foi o jogo que popularizou o gênero cooperativo (em que todos os jogadores enfrentam o tabuleiro, emulando uma inteligência artificial mas sem um jogador como adversário). O até então desconhecido Matt Leacock virou uma estrela do mundo dos jogos com um título que mudou o mercado. Pandemic é um jogo extremamente simples , premiado , com duração média de 30-60 minutos e a possibilidade de aumentar o nível de dificuldade, como nos videogames. Como pontos interessantes, há uma preocupação com o daltonismo, com a realidade (você precisa buscar cura para 4 doenças e o ponto de partida é Atlanta por ser o local onde fica o renomado Centro de Controle de Doenças americano) e com a inserção de novos jogadores, dada a simplicidade das mecânicas

Pessoalmente, não sou um grande fã do jogo. Respeito e admiro a importância dele para o cenário de jogos e reconheço que funcione muito bem para atrair novos jogadores (desde que eles estejam confortáveis em não poder sacanear o amiguinho), bem como a imensa legião de fãs, então sou minoria. O jogo cooperativo, por definição, exige um forte sequenciamento de ações para que as pessoas consigam vencer. Ao longo do tempo, eles evoluiram para manter a necessidade de "todos pelo mesmo fim" mas há menor dependência de sequenciar (leia-se, você precisa gastar sua ação me ajudando para que na minha vez eu possa fazer outra coisa).

Essa dependência, pra mim , é cruel demais, pois colabora para a existência do jogador alfa, aquele que manda em todo mundo. Gosto de tomar minhas próprias decisões para um bem comum mas sem precisar de tanta comunicação. De toda maneira, quando apresentar o Pandemic a alguém, tente deixá-lo pensar no melhor caminho , para que ele se sinta parte integrante , seja na vitória ou na derrota, ter alguém ditando o que deve/não deve ser feito é uma armadilha fácil para transformar um excelente gateway em um "nunca mais quero jogar"!

PS: Em breve estará disponível no Brasil, com o título de Pandemia, lançado pela Devir Brasil.

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9 - Nexus Ops 5

Ir para o jogo Fel Barros 03 Jun 14, 20:20

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Nexus Ops é um clássico da famosa Avalon Hill, empresa conhecida por produzir a grande maioria dos famosos jogos "ameritrash"/temáticos lançados na década de 80 e 90. O Nexus Ops foi um dos últimos títulos , antes do fechamento das portas após a aquisição da Hasbro, em 2005. Um jogo de pancadaria sci-fi com direito a extração de minérios , cartas especiais e muita rolagem de dados. Eventualmente, ele foi relançado pela Fantasy Flight.

Nexus ops se enquadra em um nicho mais específico. Ele não é tão simples de jogar , tem bastante texto em inglês mas funciona incrivelmente bem como um introdutório de pancadaria. Para aquela turma que aprendeu inglês jogando videogame, para o povo que passava horas intermináveis jogando War , esse é o jogo ideal para começar.

Pessoalmente, não sou fã de jogos de porrada. O Nexus Ops, no entanto, tem o aspecto "briga de faca no elevador" , pois o espaço é muito restrito e você não pode ficar guardando caixão na Oceania e na América do Sul, tem que partir pra cima. Além disso, as áreas conquistadas geram recursos toda rodada, então essa administração é algo bacana pra mim. Como ponto negativo, fica o uso de inglês, a sorte não é tão baixa , o que pode incomodar alguns (eu adoro) e a versão nova não ser tão bonita quanto a antiga.

Nexus Ops, junto com o Small World, são os meus jogos de "pancadaria" preferidos para apresentar novos jogadores ao hobby.

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10 - Stone Age 16

Ir para o jogo Fel Barros 03 Jun 14, 20:27

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Stone Age é um jogaço de 2008 (que ano!) por um designer que era um ilustre desconhecido , com arte do genial Michael Menzel, um dos maiores premiados artistas do meio e que , até hoje, continua sendo um dos mais aclamados jogos de alocação de trabalhadores de todos os tempos.

Stone Age é a minha recomendação 01 para introdução aos modernos. É um jogo fantástico, profundo, possível de ser jogado por 2,3 ou 4 jogadores sem perda de qualidade, apresentação visual incrível, tempo de jogo na faixa de 1h-1h30, regras simples, estrategicamente desafiante e com interação de jogo europeu. Foi o jogo que eu mais joguei/expliquei pessoalmente nos eventos e um dos que eu mais joguei online, com mais de 100 partidas.

Pessoalmente, o Stone Age é parte integrante e imóvel da minha coleção desde o lançamento. Mesmo anos depois , continuo adorando jogar, atualmente, prefiro em 2 pessoas, não gosto da expansão (as cabanas extras são legais) e é um dos meus jogos favoritos de todos os tempos. Como ponto negativo, a duração é modulada pelos jogadores, então é possível arrastar um pouco. E as regras não são tão rápidas de se explicar quanto outros títulos.

A aparente sorte do rolamento de dados é bem menor do que parece. Um jogador experiente, independente dos rolamentos, tem grandes chances de vencer um novato. Se você quer formar um gamer, um cara que vai estar sempre na sua casa, buscando/pesquisando e que vai entrar de cabeça nessa, comece com o Stone Age. Não tem erro!

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