Maha Lilah foi criado na antiga Índia, como parte de uma família de jogos de tabuleiro de dados, que incluía o Pachisi e o Gyan Chaupad, sendo este último o seu nome original. Foi orginalmente divulgado pelo escritor Harish Johari (1934 – 1999) que dedicou sua vida a difundir a cultura e a espiritualidade hindu para o ocidente. Este jogo milenar pode ser considerado um oráculo, pois diz ter sido projetado pelos videntes e santos da índia como uma ferramenta para entender a relação do eu individual com o Eu Absoluto. As 72 casas do tabuleiro, permitem os jogadores traçar os caminhos que representam o curso de suas vidas. Cada casa representa uma virtude ou um vício, um aspecto da consciência ou um plano da realidade e poderá ser interpretado com os comentários que explicam seu significado (incluso no Manual do Jogador e GPS do jogador Lilah). O progresso do jogador no tabuleiro é ditado por um dado que, pela tradição, correspondente às forças do carma. Encontros repetidos com as cobras e flechas no tabuleiro revelam a trajetória do jogador, que, ao iniciar uma partida, traz um questionamento sobre algo ou um propósito que vem de encontro com uma busca de um maior autoconhecimento e até mesmo em um desapego gradual das ilusões do ego.

Versões ocidentais do jogo são bem conhecidas hoje, como o “Jogo das Cobras e escadas”, cujo objetivo é percorrer o tabuleiro, ultrapassando as barreiras das cobras, que fazem os jogadores retroceder e das escadas que permitem subir e encurtar o trajeto do jogador, tendo como vencedor, aquele que primeiro atingir a cada 72 do tabuleiro.