Culpe a Rebelião dos Boxers.

Os rebeldes eram jovens chineses fortes e furiosos, justos e seguros da correção de sua causa, que haviam dedicado suas vidas ao estudo das artes marciais. Seus corpos eram duros como jade e flexíveis como uma cana de bambu; seus punhos estavam em harmonia com seus objetivos.

Do outro lado do campo de batalha: homens brancos assustados e intolerantes com armas.

Os brancos venceram a guerra.

Facilmente.

Foi uma lição repetida quando o bem armado exército chinês entrou no Tibete e acabou com o mundo. Em Hiroshima e Nagasaki, outra lição, dada pelas armas do homem branco. A lição foi martelada novamente no Vietnã: os vietcongues combateram os homens brancos até o fim, puramente por habilidade e selvageria, mas ao custo de um país arrasado e uma geração mutilada.

A lição era tão simples quanto brutal: pureza de espírito, iluminação, domínio da mente e do corpo significava menos do que nada contra 60 tiros por minuto em fogo automático total.

Ao longo das décadas, em mosteiros escondidos e dojos de becos, em campos de treinamento de terroristas e academias de polícia militar em todo o Oriente, um estilo de artes marciais radicalmente novo tomou forma. O novo estilo cruzou as barreiras do país, raça e técnica. O asterismo dos monges tibetanos foi combinado com os feitos de vontade de ferro praticados pelos iogues paquistaneses, misturados em um ensopado de estilos de armas japonesas, corpo a corpo chinês e treinamento com armas de fogo semelhante ao usado pelos especialistas ocidentais da SWAT.

Quando John Woo e os irmãos Wachowski começaram a fazer filmes sobre pistoleiros samurais, graciosos e letais com submetralhadoras gêmeas, essa influência também entrou no pote.

O estilo Hollowpoint Monk é tão rápido e mortal quanto uma bala, e como uma bala atingindo um alvo, o estilo de mudança rápida é constantemente deformado e ricocheteado por sua prática.

O ironicamente chamado “Hollowpoint Monk” é um artista marcial moderno que se baseia igualmente no antigo e no novo: koans zen proferidos pela primeira vez pelo Buda, meditações transmitidas de um buscador para outro por séculos, técnicas de tiro de combate do Mossad, filmes de ação legais e citações são fontes de inspiração igualmente valiosas para esses artistas marciais não convencionais e adaptáveis.

Um monge de Hollowpoint não é um artista marcial reconhecido; eles são membros oficiais de nenhum dojo, geralmente proibidos de lutar em qualquer circuito reconhecido. Poucos buscam o lado espiritual das artes marciais, e a maioria aprende o suficiente para ser mortal. Os monges de Hollowpoint são práticos e letais, e a maioria foi combatente a vida inteira. A maioria desses guerreiros da nova escola são gângsteres, policiais e ex-soldados. Os futuros monges de Hollowpoint viveram com violência a vida inteira e aprenderam uma técnica secreta que só melhora sua capacidade de sobreviver. Alguns são monges tradicionais que abandonaram o caminho tradicional por uma chance de estender suas capacidades letais além do alcance de suas armas. Outros são assassinos e sociopatas, tornados ainda mais mortais por uma pitada de teologia e disciplina.